14 julho 2010

UM LIVRO EM ABERTO

A Escritura Sagrada em sua leitura dinâmica não obedece à temporalidade linear, pois em cada época e em cada geração, o leitor é convidado a reinterpretar subjetivamente àquilo que lhe foi transmitido.

A memória da saga judaica não pode ser estabelecida como algo fixo ou morto. O processo histórico entre o povo de Israel e seu Deus, hoje, retorna para nós em forma de ecos ou sons repetidos e percorre um caminho que nunca foi trilhado antes.


É impossível se apoderar do texto sagrado para sempre, pois ele é a tradução fiel da capacidade subversiva da linguagem criativa, linguagem esta que está sempre se renovando em seus sentidos, no mundo visível-invisível de nossas experiências. A sua singularidade, às vezes contraditória, revela simplesmente o nosso lado humano paradoxal.


A Escritura funciona como um sonho de um sonhador analisado, cuja interpretação, no início da análise, é uma, e no final ganha um nova re-significação. Por isso mesmo, as suas narrativas são infinitas através dos tempos, em outros termos, não existe texto sagrado fechado. Ela, no seu processo de transmissão, entrelaça presente, passado e futuro. A leitura de Deuteronômio (29: 14 e 15) explicita que os textos sagrados formam um livro aberto, e não fechado como muitos entendem: “ E faço esta aliança com o seu juramento, não somente convosco. Que hoje estais aqui conosco perante o Senhor nosso Deus, mas também com aqueles que não estão aqui conosco”.


O que a tradição judaica tem a nos ensinar, é que ela não é herança preservada pela fixidez de uma transmissão mecânica. A abertura da escrita sagrada nos dá o direito de reinterpretar a sua memória através de uma aventura infinita, em que os traços a ser reescritos traduzem a percepção histórica de cada geração.


O ritmo, o timbre, o som da melodia sagrada e os seus movimentos são reinaugurados por nós, que vivemos numa eterna passagem, numa eterna páscoa.


Em cada releitura, renovamos signos, tornando novas a cada manhã, as palavras das Escrituras Sagradas de um povo rico em afetos transcendentais forjados em sua estrangeiridade. Freud o “Judeu sem Deus”, foi buscar na psicanálise esse “conhecido-desconhecido”, esse “estrangeiro de si mesmo” que habita em cada um de nós em sua verdade transitória; foi buscar na desconstrução das representações míticas do povo hebreu, os fundamentos da alteridade, a partir do país do “outro”.


Ensaio por Levi B. Santos

Guarabira, 14 de julho de 2010

42 comentários:

Eduardo Medeiros disse...

Levi, não tenho como agradecê-lo por ter escrito esse texto. Quando alguns saem da gaiola, se vêem numa liberdade de ação e de pensamento que nunca tiveram e então cometem o maior equívoco que alguém pode cometer: Relegar as Escrituras a estorinhas da carochinha. As tradições judaicas são muito mais do que isso. A dinâmica desse povo singular que teimou em não dar cara ao seu Deus e deixá-lo invisível, imanente mas também transcendente, é a síntese da busca do homem por si mesmo e pelo outro. A história da religião de Israel é a história de todos nós nessa caminhada sempre mutante e sempre deslumbrada com os mistérios da vida e da meta-vida.É a história dos nossos fracassos e das nossas buscas de explicar porque a vida é assim. Nada está fechado. A vida é um rio que se não se deixa represar. Ela corre livre e sempre lutará para vencer os obstáculos do seu curso, mesmo que para isso e por isso mesmo, Deus evoluiu com o caminhante. A cada nascer de um novo dia, renovam-se as compreensões da ética do Sinai.

Anônimo disse...

Edu,

Creio que seu comentário é um desabafo contra mim (huahuahua, dane-se né?).

Mas vamos lá.

Vejo sim o livro judaico como "conto da carochinha" e muito mal elaborado.

Porque não tem um mínimo de coesão.

Você diz que o livro judaico é poesia? Sim, só se for poesia de boteco.

Poesia encontramos nos escritos mitológicos, que, me parecem de uma excelente elaboração.

Também não concordo com tua idéia de que os judeus não deram uma cara ao seu deus, fizeram pior, colocaram uma máscara, deram uma "personalidade" própria, pintaram-no.

Invisível sou eu, você acha que Javé é invisível, de forma alguma?

Quando você diz que a história da religião de Israel, você deve dar glória aos romanos, eles são os responsáveis disto chegar até nós.

Se fosse qualquer outro povo seria totalmente diferente.

Edu, você já leu outro livro/base de outras religiões?

Atualmente estou dando uma pincelada no alcorão e no livro dos mórmons, este último não perde nada para os escritos judaicos-cristãos.

Ele também não seria uma ótima contribuição para a humanidade?

E eu, ainda continuarei parafraseando o "grande" livro inútil que são os pergaminhos encontrados sei lá onde por não sei quem, montados e entregues a mim.

Abraços,

Evaldo Wolkers.

Eduardo Medeiros disse...

Evaldo, não pensei exatamente em você quando escrevi meu comentário, mas de certo, inconscientemente, você estava lá representado rsssss
Dizer que a Escritura judaica é estória da carochinha e muito mal elaborado só demonstra que você ainda não estudou os textos em seu enfoque literário, teológico e existencial.
Sua leitura é superficialíssima. (assim me parece). Você lê o texto como um crente simples que não conhece literatura. E eu sei que o seu nível é bem alto, por isso, me espanto com suas palavras, o que para mim deixa claro que você ainda não foi ao texto bíblico com conhecimento prévio necessário para se poder espremer o leite e o mel desses escritos milenares.
Quando eu disse que os israelitas não deram uma cara para Javé, eu não quis dizer que eles não o antropormofizaram em vários momentos, espelhando na divindade, muito de si próprios. Eu me referia à ojeriza que eles vieram a ter pós-exílio de representar Deus em forma de estátua, de ídolo.
Mas você não deve saber que o Deus pós-exílio dos grandes profetas já não é antropormófico e é quase completamente transcendente. É o que um escritor chamou do “desaparecimento de Deus”.
Eu admiro e respeito todas as fés. Isto está dito lá no texto de apresentação da minha sala do pensamento desde o início. Você cita o Corão e o livro dos Mórmons, e o que são eles senão livros muito recentes em muito baseado nas escrituras dos antigos judeus? O livro dos Mórmons, que eu li quando tinha uns 20 anos, é uma cópia mal feita do estilo bíblico.
Então, meu querido, continue escrevendo as suas estorinhas e quando você tiver um conhecimento mais aprofundado de literatura antiga, teologia bíblica, história de Israel, exegese; quando conhecer um pouco dos escritos midráxicos, talmúdicos e os comentários modernos dos atuais rabinos, você lerá a Bíblia com outros olhos.
E cuidado se você for tentar reescrever os escritos de Alah. Já te falei que o povo cujo profeta é Maomé não admitem que infiéis como nós faça tal coisa. Bummmmm....sacou? haaaaa ahhahahaha
Aliás, você sabe que os mulçumanos dizem que nenhum infiel pode interpretar o seu livro sagrado, né? Então, cuidado...

Anônimo disse...

Edu,

Iniciastes teu comentário como um verdadeiro crente defensor de suas teorias totalmente relativizadas tendo-as como verdadeiras, utilizando-se de um combate não aos conceitos mas, à minha pessoa e intelecto, me julgando incapaz de entender e interpretar a tão complexa cópia mal-feita das mitologias gregas-nórdicas-pagãs.

Sim, citei dois livros pós-judaicos intencionalmente porque já usei os livros pré-judaicos em outra ocasião e não sendo compreendido.

A questão é que a "interpretação" não literal que você tanto apóia não tem significado algum porque:


1) História:
Se o livro não é literal, então, não serve como histórico, inclusive, o pior, não serve mesmo porque a maioria dos fatos apontados ali nunca aconteceram.

2) Moral:
Não server como base moral porque a mesma origem da moralidade é a fonte de sua refutação, onde, a mesma origem da proibição por exemplo de se matar alguém, posteriormente, ordena a morte. A mesma origem da proibição do adultério é comparsa de um adultério posterior.

3) Psicologia:
Me diga onde este livro ajuda no desenvolvimento psíquico? (Sei que o Levi vai apontar vários, mas, de cara para mim não fazem sentidos, rsrs)

Para que então serve este livro senão repleto de contos?

É isto que a Bíblia judaico-cristão é, uma colcha de retalhos mal copiada de outros povos.
Os judeus NÃO tem uma história própria, o Velho Testamento originaram-se dos povos que eles conviveram.

Vou iniciar uma revolução denominada "Irmandade da mãe foca" (mother foca, huhauaha), com a mensagem "Destruição à Bíblia judaico-cristã, jogue fora seu amuleto". Acredito que se esse livro sumir das prateleiras, daqui a uns anos não vai fazer diferença nenhuma.

Huahuahauahua.

Evaldo Wolkers.

Ednelson Rodrigo Sales Coelho disse...

Resumindo: Freud explica.

Abçs.

Ednelson Rodrigo Sales Coelho disse...

Evaldo querido, em vários eu vejo isso, mas em você o no Gabriel, a religião destruiu-os por completo, principalmente o que seria a base de nossa peregrinação terrena: fé Nele.

Sei que você hoje se acha hoje um "descobridor dos sete mares", mas de acordo com Jesus, você se afunda mais e mais na descrença. É muito triste, pelo menos para mim, ver uma pessoa tão inteligente forçando-se a não crer no que É. Nem você e nem ninguém podem destruir o que É, pois o que É é eterno, e mesmo que você destrua-o em si mesmo, Ele mesmo ainda continuará a lhe chamar.

Abçs de alguém que ora, não só por você, mas por todos da CPFG.

Anônimo disse...

Huahuahauahu,

Edson, não perca seu tempo por mim orando àquele "o que é, o que é", que não é e de fato não será, talvez seja, cerveja.

E digo mais, "fénele".

A, sim, digo mais, quanto a ser o "descobridor dos sete mares", você está enganado.

Na verdade eu sou o descobridor de porra nenhuma.

Mas que insistência idiota que vocês tem em dizer que a "religião" fez mal, sendo que o próprio mal é relativo, será que não está fazendo mal a você?

Um grande abraço,

Evaldo Wolkers, o descobridor de porra nenhuma.

Anônimo disse...

Ops,

Onde está escrito Edson, lê-se Ednelson.

Evaldo Wolkers.

Anônimo disse...

O problema é a paranóia com o sagrado (=secreto). Depois que alguém des-entendeu que "a Bíblia não pode ser alterada", que "quem tirar ou acrescentar alguma coisa irá para o inferno" (um erro crasso de interpretação, sabemos), as pessoas, sobretudo as criadas em "lares invangélicus" desligam o cérebro cada vez que vão ler a Bíblia.

Concordo com Edu e Levi. Apesar de a Bíblia conter tremendos absurdos, como preconceitos dos mais diversos e assassinatos cruéis, ela é (também) a nossa história. Estamos falando da história de um povo que teve uma trajetória milenar e fantástica. Se sobre o Brasil, com 500 e poucos aninhos, já temos muito do que nos envergonhar, imagina em relação a um povo tão antigo como o hebreu e vivendo numa época e numa cultura completamente diferente da nossa.

Brincar sim, menosprezar não. E todo radicalismo é burro, quer queiram, quer não.

Anônimo disse...

Concordo com o ISA,

Todo radicalismo é burro.

Evaldo Wolkers.

Eduardo Medeiros disse...

E Valdo, desculpe se fui um pouco grosso (uiiiii) com você, mas era necessário prá você parar de falar do que conhece só superficialmente. Não que eu seja um graaaaande conhecedor dos mistérios ocultos da Bíblia, nada disso. Mas não se pode pegar um livro milenar com o a Bíblia e simplesmente jogá-lo no lixo. Isso é burrice. Não que você seja burro, mas a sua ojeriza aos evangélicos te fazem delirar...(parafraseando o que disseram à Paulo, RSS).

Os motivos que você lista só reforçam o que eu disse: Sua leitura da bíblica é pré-determinada pelas suas crises de fé que devem ter sido muito dolorosas para você. Não negue que isso aconteceu!!!!!!!! Você sai do estado de “graça do caminho” e debandou-se para o lado do estado de vergonha e desgraça por um dia ter crido nesse livro que hoje você o relega como seu destino mais apropriado o monturo.

Aqui não é o melhor lugar para te dar uma aula de literatura bíblica mas quem sabe eu faça isso lá pela confraria ou pela minha sala?? Hhhhhahahahaha humilheiiiiii heeeeeee

Meu amigo, sem brincadeiras agora, me desculpe se de alguma forma eu te ofendi. Juro pelas barbas de Javé que não foi minha intenção. (perco o amigo mas não perco a ironia heeee) não reclama não pois estou aprendendo a ser irônico e olhar de nariz impinado para o que eu considero idiotice com você e com seu cumpadi, o anjo do mal Gabriel.

Eduardo Medeiros disse...

E O LEVI NÃO FALA NADA NÃO, É??? ELE JOGA A BOMBA E DEIXA AGENTE SE MATAR AQUI???

Eduardo Medeiros disse...

AH, ESQUECI.

EDNELSON, RECENTE PAPAI, TUDO BEM? PÁRA DE JOGAR PÉROLAS (ORAÇÕES) AOS PORCOS (BILL, EDSON, JÚLIO CÉSAR WOLKRS, MARCINHO). HEEE

PODE ORAR POR MIM SEMPRE QUE QUISER, POIS ORAÇÃO NUNCA SE REJEITA. APRENDI ISSO COM A MINHA SANTA MÃE E SE ELA DISSE QUE É ASSIM, ENTÃO ASSIM SERÁ.

Anônimo disse...

Edu,

Me ofender merda nenhuma, eu curto muito tudo isto (huahuahau).

Mas por favor, não use o santo nome do Mestre Levi em vão.

Ele é assim mesmo, deixa a gente "pecar", para depois destruir a cidade (parafraseando de novo,rsrs).

Mas o mestre é assim mesmo, dá o toque na bola na abertura da partida e só aparece pra balançar a rede no final do segundo tempo, rsrs.

Abraços,

Evaldo Wolkers.

Anônimo disse...

Ops,

Onde escrevi "ofender" leia "ofendeu".

Levi B. Santos disse...

CHEGUEI!

Caramba! Peço desculpa a todos os comentaristas dessa sala. É que nas quintas feiras só estou com tempo disponível,para internet a partir das 20 horas, devido as minhas atividades profissionais (rsrs)

Mas foi uma surpresa agradável, essa dialética carregada de emoções que o texto provocou.

Estou exultante, pois sei que não estou só na dissecção dos meandros da alma humana.

Para esquentar ainda mais o debate transcrevo alguns adendos ao texto “Um Livro em Aberto”. Depois de vocês deglutirem, eu volto

No seu livro “Psicanálise, Judaismo: Ressonâncias” - Renato Mezan, professor da PUC, dotourado em psicanálise e em História do povo Judeu, afirma que o Judaísmo de Freud , isto é a maneira pela qual ele vivia, consciente e inconscientemente, se constituiu em uma das fontes da psicanálise. Freud, apesar de ser rotulado de ateu, aparece mais como um canal, ou um veículo, através do qual o Judaísmo reproduziu os frutos mais estranhos e fecundos. Há quem considere a psicanálise uma “ciência judaica”. Não foi a toa que ela surgiu depois da eclosão do anti-semitismo como doutrina organizada.

Albert Einstein dizia que a “intelligentsia judaica” era composta de “filhos pródigos” do judaísmo, porque todos romperam com a religião de seus pais. Contudo, continuaram a mergulhar nos Livros Sagrados, com o mesmo ardor de seus antepassados.

Em suma, diz Betty B. Fucs (psicanalista da UFRJ e escritora), “os traços do exílio e do êxodo inscritos na história do povo judeu desempenhou papel essencial na descoberta do inconsciente”.

Levi B. Santos disse...

CONTINUANDO:


Peter Gay (do England Psycoanalytic Institute da Yale University) no seu livro “Freud – Um Judeu sem Deus”, traz um citação interessante de R.S. Lee (prelado versado em psicanálise), que vou transcrever aqui:

“Os cristãos deveriam criar uma nova teologia do Paraíso, que fizesse justiça ao instinto da vida. Mas a análise pode fazer mais que isso: pode clarificar a relação do crente com sua igreja, enquanto mãe, e com seu Deus enquanto pai, e evitar desse modo o perigo de uma religião dominada pela culpa e pelo superego”.

C. E. Jung (criatura de Freud que o sucederia) foi expulso da elite edênica da sociedade de psicanálise (primeira versão), justamente por ficar do lado da religião que ele considerava como parte intrínseca e núcleo duro da estrutura do inconsciente coletivo, a qual denominou de “arquétipo”.


À GUISA DE CONCLUSÃO

Depois desse pequeno resumo, vocês concordariam que tanto a religião como a psicanálise falam dos mesmos temas (consciente, inconsciente, desejos, repressão, culpa, etc) em campo aparentemente opostos?

Eduardo Medeiros disse...

Levi, a resposta é um evidente, sim. Mas elas são somente “aparentemente opostas”, pois pode-se fazer um diálogo profícuo entre elas e daí, construir novas abordagens tanto para a religião quanto para as ciências da mente. Você vem fazendo isso muito bem. Eu ainda não entrei de cabeça nessa abordagem porque me falta um conhecimento mais profundo da psicanálise, por isso, faço minhas abordagens ao texto bíblico pela via que me é mais familiar: a teologia, a literatura, os símbolos. Aliás, não só a psicanálise ficou taxada como “ciência judaica”, como também a teoria da relatividade foi chamada pelos nazistas de “ciência judaica”, o que obrigou Einstein a fugir da Alemanha. Então, quando eu falo que precisamos mergulhar nas tradições, na literatura e nos temas arquétipos da Bíblia, é só uma constatação de que a leitura que uns amigos nossos faz é superficial demais. Não vou falar quem são nossos amigos por ética, senão eu falaria que é o Bill, o Evaldo, o Edson...

volto depois para continuarmos essa conversa.

Anônimo disse...

Edu,

Desculpe então, se para você aqueles que não conseguem enxergar a "ré-velação" (tão clara não é?) que tu alcançaste dentro desta colcha de retalhos intitulada "cultura judaica", que, no fundo, bem no fundo, não tem nada de judaica, pois os judeus pré-israelitas me parecem mais povos a-culturais, pois, não criaram, mas, copiaram tudo que encontravam pela frente, criando sua pseudo-história.
Se teus olhos enxergam algo util nisto tudo, desculpe minha ignorância e não percepção cabalística das revelações do sujeito intitulado Javé, ou Jáfoi, ou Jávem, ou melhor ainda Jáera.

Peço então desculpas ao Javé por ter lido o livro dele três vezes, por ter lido no mínimo vinte livros baseados no dele e, por ter lido Freud, mitologia, um pouco de psicologia, filosofia, mesmo assim, peço desculpas ao Brother Javé por não valorizar o belo e inerrante, psico-grafado livro.

Abraços,

Evaldo Wolkers.

Ednelson Rodrigo Sales Coelho disse...

Edu

Pode deixar mano, pois mesmo que o Evaldo não queira, orarei por ele também. Aprendi com aquele que mesmo pregado na cruz, orou por aqueles que o pregara. Esse é o meu caminho, o Dele.

Levi

Não desprezo Freud ou qualquer psicólogo, psicanalista que tentam ajudar o ser humano em suas crises existencias, só que há coisas entre fé e esses ramos que não combinam, entram em choque, porque há coisas que somente com os olhos da fé se discernem, ou não lembramos que os seus viveriam pela fé?Só isso.

Abçs a todos.

Eduardo Medeiros disse...

Hhhahahaaa , Evaldo, você é o rei da boa ironia. Gosto disso. “jafoi” foi, impagável. Os judeus têm si uma história. E uma história muito rica. Eles copiaram outras culturas para produzir seu livro sagrado? Evidente. Já ouviu falar que ninguém é uma ilha? Mas não houve só “copiação”, houve sobretudo com-textualização, re-significação, cons-trução. Viu, to pegando também a mania do professor J Lima..heeee

Um dia eu perguntei a um professor porque se havia “revelação”, ninguém se entendia sobre o que de fato queria dizer o que foi revelado. Ele ficou rindo...te respondi sobre o que eu acho da “Revelação”? Não, né, ficou meio obscuro. Mas eu sou um pouco como a Torah, tenho meus significados ocultos...kkkkkkkkk

E pára de dizer que o livro é do jafoi, quer dizer, jaera, putz, javé, pois o javé nunca escreveu uma linha sequer do seu próprio; livro assim também aconteceu com seu Filho.

Abraços javísticos para você.

Levi B. Santos disse...

Prezado Evaldo


A sua revolta e repúdio à descrição dos historiadores oficiais do mundo judaico, são também minhas, em determinados aspectos.

Nos sentimos, realmente, desconcertados ao constatar que as tradições judaica-cristãs em vez de se tornarem mais fracas com o tempo, se tornaram mais poderosas no decorrer dos séculos.

Freud em seu fenomenal livro “Moisés e o Monoteísmo”, fala que “...a religião mosaica não se desvaneceu sem deixar traços; algum tipo de lembrança dessa tradição continua a operar como fundo de cena, e adquiriu grande poder sobre as mentes das pessoas, e conseguiu transformar o deus Javé no deus mosaico, à feição do próprio líder Hebreu”.

O velho material judaizante vem sendo utilizado em todos os eventos heróicos de nossos dias, capazes de inspirar os poetas da modernidade. Até mesmo Alexandre – “O Grande” – se lamentava de não encontrar um Homero.
É certo que os acontecimentos de eras passadas, narrados em forma de mitos, exercem sobre nós uma enigmática atração, talvez seja um “insight” para voltarmos ao encantamento de nossa tenra infância ─ época de ininterrupta felicidade.

Se tudo o que resta do passado são as incompletas e enovoadas lembranças, a que chamamos de tradição, conformemo-nos, pois elas oferecem ao artista uma atração peculiar, que deixa o sujeito livre para preencher as lacunas da memória de acordo com os desejos de sua imaginação, segundo a sua intenção. São elas, enfim, que estimulam a nossa escrita carregada de humor e sarcasmo.

Levi B. Santos disse...

Caro Ednelson


Moisés era um homem de fé – não resta dúvida.
O que não podemos negar é que por trás dessa cortina de fé do grande líder hebreu, existia um projeto político de formar uma nação. E para que esse governo ditatorial tivesse êxito e pujança, foi necessário buscar um deus forte e poderoso, para ser seu estandarte maior (O Deus dos Exércitos).

Anônimo disse...

Amigo LEVI,

Maravilhoso artigo sobre a escritura sagrada.

Concordo com a fala do ISA:

Quando falamos da bíblia...falamos de história....

"Estamos falando da história de um povo que teve uma trajetória milenar e fantástica"..

Desculpe-me pela ausência, estes dias tenho estado meio atropelada...rs...

Beijos querido.

Anônimo disse...

Edu,

Não falei que a palavra do mestre Levi é uma espada de dois gumes?

Grande Levi, eu li "Moisés e o Monoteísmo" e também percebi o que me disse.

Na verdade não interessa quem o o quê incentivou ou escreveu os textos, não interessa nem se as pessoas não existiram, a questão é que utilizamos os mesmos para dar uma luz (ou não) ao nosso curso.

Mas, olhando para o passado não sei se estes escritos nos levarão para um final feliz, rsrs.

Abraços,

Evaldo Wolkers.

Marcio Alves disse...

Caramba LEVI, o “bicho pegou fogo” por aqui e até o EDNELSON apareceu para dar o ar da graça. Rsrsrsrs

Apesar de ser contraditório em minha opinião, eu concordo tanto com o EDUARDO quanto com o EVALDO.

Veja bem, nós – EU, EDSON, BILL e EVALDO – estamos na fase do repudio a toda e qualquer religião, já em contrapartida o EDUARDO, assim como você LEVI já passaram é muito desta fase, tanto é, que você EDUARDO consegue enxergar beleza, sendo um admirador profundo das religiões, com seus inúmeros mitos, símbolos e rituais, coisa que não acontece ainda conosco, não sei se assim como vocês, nós conseguiremos ver alguma beleza e utilidade nas religiões algum dia.

Portanto EDUARDO, respeito sua reverencia a todas as formas de cultos e crenças religiosas, mas tente entender não com a cabeça de ancião como é a sua, antes do nosso ponto de vista....temos que viver intensamente todas as fases da vida, se não, mais cedo ou mais tarde justamente esta fase irá voltar e assombrar cobrando para que se viva ela não se estando nela....ou seja, não tente reprimir as revoltas contidas em nosso ser contra, não as pessoas, mas as religiões.

Marcio Alves disse...

LEVI

Os comentários estão tão envolventes que acabei até esquecendo de comentar o seu lúcido texto.....me perdoe. Rsrsrsrsr


Sintetizo o meu comentário dizendo que o valor do texto bíblico será dado por cada um através da interpretação que se dá para o mesmo.

Abraços

Levi B. Santos disse...

Caro Marcio

Quer dizer que eu e o Edu já passamos dessa fase? - kkkkkkkkk

Pode ser, mas, de vez em quando eu tenho uma recaída, e regrido ficando igualzinho a vocês, com as veias satíricas ingurgitadas. (rsrs)

Ah... com o tempo vem a moderação, que no final das contas, é constituída por restos ou retalhos do nosso passado, temperado com os ideais fluidos do presente.


P.S.: Estou triste, pois seus textos, hoje, não terminam mais da forma sacra de alguns dias atrás:

"Porque dele, e por ele, são todas as coisas; glória pois a ele eternamente.Amém".

Esdras Gregório disse...

Levi da dó destes “meninos”, são garotos querendo provar que tem mais coragem, quem é mais cruel, quem bate mais rsrs.

Duvido que daqui a uns dois anos eles estejam assim tão auriçados e rebeldes, eles precisam de apanhar um pouco com a vida e perceber que a religião tem o seu valor no seu tempo, e para muitas pessoas.

Querer provar ou negar, desmentir ou ignorar a Bíblia e seu Deus, são coisas passadas, “Deus esta morto”, mas da para construir um edifício de mármore magnífico sobre seu tumulo.

Sua palavras são antigas, mas da para resignfica-las para nós hoje, seus personagens foram envoltos em lendas, mas só foram porque eles eram tão reais e tão poderosos que imprimiram isso naquela gente que os imortalizaram.

Dizer que os homens e acontecimentos não são reais e desconhecer o impacto de pessoas e atos grandiosos que produziram os mitos mais importantes da história, uma lenda tem fundo histórico se não é lenda, um herói é só se torna um mito por ter sido uma pessoa marcante real para o seu tempo que não soube ver sua humanidade por trás de sua aparente missão divina.

Eduardo Medeiros disse...

Levvi, vê pode o Marcinho falar isso! “Cabeça de ancião” é o pai! Haaaaa haaaa

Mas numa coisa você está certo: Vocês tiveram uma experiência ruim com a “igreja” e como são pessoas inteligentes e corajosas, começaram a desconstruir os dogmas antes seguidos. Mas quem nunca comeu mel quando come se lambuza...Quem ainda não tem autonomia de ir e vir nos mitos da religião, sabendo da sua importância para os antigos e as re-significações possíveis hoje dos mesmos antigos mitos, tendem a jogar a criança fora junto com a água do banho...

Noreda Já percebeu esse equívoco e está mais moderado. A religião ainda é castradora da liberdade de pensamento (principalmente no nosso contexto cristão)? Claro que é. Por isso o Cristianismo não vala prá nada? Não, sonoramente, não!

Gresder, você está certo. Só grandes eventos e só grandes personalidades são capazes de produzir mitos. A pós-modernidade está repleta de mitos.

Devemos seguir o que diz Boff: “A montanha é montanha. A montanha não é montanha. A montanha é montanha”. Os nossos amigos ainda estão na fase da negação de que a montanha não é montanha. Talvez fiquem por aí para sempre, mas terão deixados para trás um potencial cultural acumulado de milênios de história sagrada.

Anônimo disse...

Edu,

Concordo com o pensamento de que os mitos tiveram seus efeitos na sociedade, tanto na forma cultural quanto na forma intelectual.

Porém, entretanto e portanto, o que me assusta é "realmente" isto, nossa sociedade e sua moral serem construídos em cima dos mitos (principalmente quando os tem como verdadeiros).

Diga-se de passagem (em outras palavras), que nossa sociedade foi desenvolvida com base em "fantasias", na sua maioria "eróticas".

Sendo assim, minha total indignação com os mitos e seus efeitos não está relacionada com "decepção" religiosa como o Gresder insistem em afirmar.

Na verdade já deixei claro que minha "indignação" contra o cristianismo não é vinda do cristianismo, o que, seria denominado de revolta mesmo, mas, minha indignação iniciou-se no conhecimento da literatura da mitologia em si. Sendo assim, se toda mitologia for apenas mitologia, porque damos valor às religiões que se iniciaram na mitologia?

Sim, até mesmo frases tão simples de Jesus como "Céus e terra passarão mas minha palavra permanecerá" me remete agora à poesia grega, sendo uma frase totalmente sarcástica em cima de outra frase dita por Ovídio: "Em toda parte onde o poder de Roma se estende sobre as terras submissas, os homens me lerão". Ou seja, enquanto Roma existir, minhas palavras permanecerão.

Aí, vem Jesus e diz que as suas palavras persistirão ainda que o império Romano caia.

A minha pergunta seria se Jesus como Deus estava sacaneando com a frase de Ovídio por já conhecer sua poesia, ou, se Jesus homem leu Ovídio, ou até mesmo se nenhum Jesus, mas, poetas da atualidade (romana da época) trabalharam em cima da construção do mito juntando toda parada pré-concebida.

Por isso nego em meu consciente/subconsciente a questão da valorização da religião e seus efeitos.

Ou seja, como seríamos hoje sem tais mitos/religiões? Talvez até melhores, não temos como saber.

Abraços,

Evaldo Wolkers.

Marcio Alves disse...

LEVI, DUZINHO, GRESDER e EVALDO

Esse debate sobre religião realmente esta longe de acabar.

Na minha modesta opinião, acho que o valor da religião somos nós que damos, ou seja, ela não tem valor em si mesmo, portanto, pode e deve ser descartada......se o sujeito é místico como o DUZINHO, que viva sua religiosidade fora das cercanias religiosas....para que ou porque ainda de ser ter religião, uma vez que se descobriu que todas são instituições geradas e inventadas pelo próprio espírito do homem? Até deus não escapa desta criação humana.

Que cada um então invente a sua, que assim tiver necessidade e desejar, mais isto é para os fracos e doentes, pois os fortes conseguiram sobreviver e re-significar trazendo sentido para suas vidas de outras formas.

Que tiver pronto ótimo, quem não tiver que continue a ser escravo da religião, mas eu mesmo cansei da religião...se nós escrevemos contra a mesma, não é por simples rebeldia ou frustração, como uma forma de desabafar e descarregar as experiências mal vividas, mas antes para alertar as pessoas que assim desejarem, pois o pior cego não é o que não enxergar, mas antes aquele que enxerga mas insiste em não ver....para estes, que continue acreditando em doentes, fadas, gnomos, anjos, demônios e deus, mas para os que tiverem coragem de olhar para fora da caverna e contemplar o vasto e perigoso universo, eu os aconselho a se prepararem para enfrentar a vida sem a doce e traiçoeira ilusão.

Marcio Alves disse...

Que isso DUZINHO????

Mais respeito com meu pai......falar nisto, você é mais velho que meu pai, sabia. Rsrsrsrsrss

Não esquenta não DUZINHO, logo, logo eu vou também fazer parte deste grupo seleto, mas claro, quando este dia chegar, você já não mais estará vivo. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Marcio Alves disse...

Putz LEVI! Envolvi-me tanto com o debate sobre religião, que acabei por esquecer-se de comentar o seu comentário do meu comentário. Rsrsrsrss

Quanto à forma sacra com que os meus textos terminavam “Porque dele, e por ele, são todas as coisas; glória pois a ele eternamente.Amém" jaz no tumulo do meu subconsciente....como não tem jeito de deletar, estou tentando re-significar o meu passado – lembra da minha postagem “re-significando o passado-passado mas não perdido”? – tentando ajudar as pessoas a não serem vitimas da neurose, culpa, alienação e ilusão produzidas pela religião.

Levi B. Santos disse...

Não sou mais aquele menino crente temeroso de castigo e carregado de deveres eclesiásticos, mas compreendo como é difícil semear o conhecimento da psicologia profunda entre os “piedosos” , principalmente devido a grande força da religião que os domina. Para esse homem piedoso que acolhe a “revelação”, Deus continua dentro dele encerrado, sem que nada o traia.

Por mais que se tente reduzir a dimensão da espiritualidade do piedoso, expondo a nossa luz da razão que diz que o seu deus é um delírio, algo me diz que não iremos lograr êxito. Para o devoto, o culto a Deus já é um nome para o seu vazio. É o “delírio religioso” que o faz esquecer a miséria de sua existência. Somente tais homens tem lugar cativo no mundo da “religião”, porque seus desejos são talhados em um deus correspondente a sua vontade.

O crente piedoso defende com todas suas forças o seu “real” que para nós é “ilusão”. Se essa “ilusão” se tornar desacreditada, sem que haja um suporte, seu mundo inteiro desmoronará, talvez para um quadro de neurose pior que a eclesiástica.

Por outro lado, não considero que a educação libertada do peso das doutrinas religiosas não traga alguns ares de mudanças na natureza psicológica desse homem. Talvez, o nosso deus racional, que também é poderoso, não seja tão capaz de efetuar uma purificação a-religiosa no coração do iluminado de luz celeste que para se exorcizar, lança suas sombras infernais sobre os outros que não professam sua fé.

Não acho que devamos desprezar os mitos, ainda mais, sabendo que o nosso inconsciente (por exemplo nos sonhos), expressa, um conteúdo em linguagem mítica.

Entendo que os mitos, são bem vindos, desde que possamos decifrá-los para o nosso próprio conhecimento interior. O grande perigo é quando os usamos para projetar os nossos recalques nos outros de um clã diferente ─ pivô de toda intolerância entre os povos.

Anônimo disse...

Mestre Levi,

Creio que este parágrafo era tudo que eu precisava ouvir:

"Entendo que os mitos, são bem vindos, desde que possamos decifrá-los para o nosso próprio conhecimento interior. O grande perigo é quando os usamos para projetar os nossos recalques nos outros de um clã diferente ─ pivô de toda intolerância entre os povos."

Acho que minha "imersão" no estudo dos mitos vai ser muito útil.

Abraços,

Evaldo Wolkers.

Levi B. Santos disse...

CONTINUANDO:


Jung, que ligou o inconsciente coletivo à religião, acreditava como Rudolf Otto, que o “numinoso” envolvia um sentimento profundo, único vivido durante a experiência religiosa, sentimento esse arrebatador que fazia do homem, antes vítima do que criador. Ele considerava a religião uma função inerente a psique. Ele viu que a religião aproximava mais o homem do seu universo simbólico e mitológico.

O grande problema que se nos antepõe (esse o Evaldo vai gostar), é quando o vivenciar mítico de um grupo religioso, faz do seu deus o único verdadeiro, em detrimento da experiência religiosa aparentemente diferente de um outro povo.

Se cada religioso considerasse o seu lado “cão” e o seu lado “anjo” como conteúdos intrínsecos de sua psique, expurgaria da religião essa competitividade doentia que faz de determinado povo, o escolhido pelo verdadeiro Deus, enquanto os outros são marginalizados para o pólo negativo ou diabólico.

Não sei, meu caro Edu, se um dia a religião será purificada dessa guerra eterna entre os deuses. Talvez um dia, essa “guerra” travada entre as instâncias do consciente e do inconsciente de cada ser humano seja enfim entendida, para que o mal estar da civilização seja amenizado.

O mal não está na religião em si, mas no homem que plantou através das instituições religiosas, um ideal de perfeição inatingível, mediado pelas doutrinas cujo alimento é a renúncia forçada dos instintos.

Eduardo Medeiros disse...

Evaldo, te parafraseando: Levi, isso é tudo o que eu precisava ouvir:

"O mal não está na religião em si, mas no homem que plantou através das instituições religiosas, um ideal de perfeição inatingível, mediado pelas doutrinas cujo alimento é a renúncia forçada dos instintos."




A linguagem religiosa é mitológica e simbólica e não pode ser diferente já que trata de dimensões espirituais, de significados e porquês da existência. Sem o mito, não haveria a filosofia. O mito foi a base do triunfo da razão. Mas o racionalismo já foi criticado lá no século XIX pelos filósofos da Escola de Frankfurt. Mas ainda hoje se quer meter goela abaixo que o racionalismo materialista é tudo o que precisamos para sermos feliz. Quanta irracionalidade...

Até o mais frio e atuante ateu precisa às vezes sonhar. E o sonho pertence ao reino do mito e do símbolo, e estes, são as linguagens da religião.

Levi, sei que utópico um dia as religiões abandonarem o radicalismo, a pretensão de ter o único caminho para Deus. O cristianismo principalmente terá uma dificuldade imensa em fazê-lo. Mas já houve vários teólogos cristãos que quebraram esse paradigma que cria todo o mal nas religiões. É certo que eles não foram ouvidos pela maioria, mas eu, como “herdeiro” desse pensamento, continuo crendo e escrevendo sobre. “Voz que clama no deserto preparai os campos para uma nova era de tolerância entre os povos onde Deus será tudo em todos”.

E esse Deus não terá nenhuma cara e terá todas as caras. E isso será bom.

Anônimo disse...

Edu,

"E esse Deus não terá nenhuma cara e terá todas as caras. E isso será bom."

Nesta tua frase você eliminou a possibilidade da crença em um Deus, tipo, Ele será o tudo e o nada.

Ele terá nenhuma e todas as caras.

Significa que esse "Deus" não fará diferença para as próximas gerações.

Que assim seja,

Louvado seja o nada.

Abraços,

Evaldo Wolkers.

Anônimo disse...

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