tag:blogger.com,1999:blog-32291124.post3785237505261010857..comments2023-10-23T13:17:14.819-03:00Comments on Ensaios & Prosas: O Natal e os Anjos do "Senhor Mercado"Levi B. Santoshttp://www.blogger.com/profile/06225852189975361955noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-32291124.post-70870926069792189972017-12-24T23:45:24.682-03:002017-12-24T23:45:24.682-03:00Em tempo!
No último artigo que escrevi sobre o Na...Em tempo!<br /><br />No último artigo que escrevi sobre o Natal, tento moderar um pouco as coisas:<br /><br />http://doutorrodrigoluz.blogspot.com.br/2017/12/o-natal-e-nossa-cultura.html<br /><br />Um abraçoRODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZhttps://www.blogger.com/profile/11194206186123507005noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-32291124.post-64625748243795184742017-12-24T23:38:53.151-03:002017-12-24T23:38:53.151-03:00Caro Levi.
Primeiramente, feliz Natal ao amigo.
...Caro Levi.<br /><br />Primeiramente, feliz Natal ao amigo.<br /><br />Sobre o culto ao deus Mercado nesta época, sem dúvida trata-se de uma terrível alienação. Porém, considero que o costume das pessoas se presentearem (ou pelo menos os pais aos seus filhos) pode se tornar algo positivo quando o fazemos com moderação.<br /><br />Como escrevi na minha postagem de hoje, o fato do Papai Noel ter uma inspiração na figura de São Nicolau, o qual presenteava as crianças no século IV, pode ter o seu lado útil. Daí cada pai buscando o melhor para o seu filho, pode escolher um presente que de fato contemple um aspecto pedagógico. Só que não é isso que acontece na prática.<br /><br />Infelizmente falta uma educação de qualidade ao povo brasileiro e a nossa população continua refém do consumismo há muitas gerações. Porém, vale a pena textos como o seu para as pessoas melhor refletirem acerca do assunto.<br /><br />Um abraço e boas festasRODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZhttps://www.blogger.com/profile/11194206186123507005noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-32291124.post-17800467690309226082017-12-21T18:06:54.692-03:002017-12-21T18:06:54.692-03:00George
Acho que tuas reflexões carregadas de indi...George<br /><br />Acho que tuas reflexões carregadas de indignação(realçadas pelas geniais expressões, como <i>("sociedade sonãmbulos", "Homo capitalisticus", "ditadura da felicidade")</i> , suplantaram o que tentei passar em meu magro ensaio. <br /><br />Digo com toda sinceridade: teu comentário, feito com a pena de quem já percorreu muita estrada no âmbito da literatura e das Relações Políticas Internacionais, resumiu de forma brilhante e incisiva tudo que um dia sonhei por no papel. <br /><br />Como é bom ser Mestre, não é? As palavras fluem num dinamismo tremendo, com a maior naturalidade. (rsrs)<br /><br />Abçs,<br /><br />LeviLevi B. Santoshttps://www.blogger.com/profile/06225852189975361955noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-32291124.post-76322692326285459482017-12-21T11:48:32.931-03:002017-12-21T11:48:32.931-03:00Excelente reflexão,para estes dias natalinos de co...Excelente reflexão,para estes dias natalinos de consumo desenfreado.<br />O tal do "deus mercado" mercantilizou a vida, e o capitalismo selvagem que lhe sopra as labaredas, dominou nosso modo de sentir a vida, comandando nossos sentimentos completamente. Hoje esse capitalismo nos inspira um modo peculiar de sofrer, de amar e viver a vida. Sofremos pelo que não queremos, aspiramos coisas pelas quais não sabemos. Sofre-se por não ter altas somas de dinheiro, sofre-se por não ostentar toda pompa em cargos e posições "destacadas" na "sociedade dos sonâmbulos", sofre-se e deprime-se por não ser "alguém", segundo a gramática mercadológica do capitalismo. Esse capitalismo "esquizofrenizou" o mundo, e as pessoas cada vez mais padecem de depressão ante e pós consumo. A exacerbação do consumo insuflado pelo capitalismo nas "veias", faz-nos deprimidos e tristonhos por não escalarmos a trilha do "sucesso" absoluto em tudo que se faz, faz-nos excluídos quando não seguimos a "ditadura da felicidade" (nem que seja a base de lexotans, alprazolans, diazepans, entre outros barbitúricos mais alucinógenos), faz-nos "menos" importantes quando não podemos consumir tudo e todas as coisas inúteis de que não precisamos para sermos felizes. Bauman, Bourdieau, Boaventura e outros sociólogos já denunciavam esse "moinho satânico" em que estamos enredados. No Natal o homem coisifica-se ainda mais, objetiza-se "marquetizado", cede completamente dominado, aos arreios que a sociedade consumerista lhe impõe. A ideia do menino Jesus que renasce em dezembro (aliás uma mentira histórica, pois não nasceu nessa data), é mero pretexto de fim de ano para incrementar os negócios dos grandes empresários e industriais do país. Porém, no império dos sentidos do nosso tempo, a felicidade capitalizou-se, e o "homo capitalisticus" se realiza em fazer-se refugo, refugo humano, nesse jogo em que o ser humano sempre sai perdendo. Desumanizaram o Natal, desumanizaram o próprio homem, escravo da matéria anunciada, como um dia cantou Drummond. O capitalismo é uma serpente que devora a própria cauda, e o maior problema é que vai fagocitando seu hospedeiro, sugando-lhe às forças, à medida que o põe de joelhos, subjugado ao poder do seu monetarismo excruciante. Esse mercado desregulado e despolitizado que querem os grandes financistas do mundo globalizado só produz desigualdade e miséria, um mundo de flagelados que têm cada vez menos, e na outra banda, um conjunto de palácios para endinheirados que têm cada vez mais. O tal "Natal" só funciona para os abastados, para os desvalidos, redunda no máximo em esmolas periódicas de dezembro!Esse é o engodo da globalização hegemônica que muitas vezes "gostamos" de engolir por essa época! <br />George.<br />Georgehttps://www.blogger.com/profile/08519829219574274643noreply@blogger.com