A arte de fazer sensacionais sermões para as massas tem sido revitalizada nas últimas décadas. As reformulações têm sido uma constante, a fim de cativar os expectadores a ensimesmarem-se diante de um drama teatral de péssimo gosto, que poderíamos denominá-lo de “cristianismo de resultados imediatos”.
Nesse grande teatro dos absurdos, interessa mais a forma de dizer, do que o que se diz. Os “preletores-atores” da modernidade são homens de raro talento e de uma utilidade real (R$). São pregadores mais eloqüentes do que aqueles vestidos de batinas e barretes quadrados em suas cabeças, que pregam do alto de seus ornamentados púlpitos para uma multidão apática e sonolenta.
Os que mais se destacam são aqueles dotados de todas as qualidades imaginativas, racionais e gestuais. São os menos sensíveis, isto é, são aqueles que sabem impressionar sem demonstrar que lá no fundo são insensíveis aos afetos mais humanos.
Esse comediante de “deu$” capta tudo que o impressiona na Bíblia. Seleciona coletâneas previamente ensaiadas, para seus discursos acalorados e falsos milagres. É uma pessoa genial em lotar vastos salões e estádios. É lá nesse recinto que o seu fantasma se eleva, fazendo sua cabeça tocar às nuvens. Não é o seu coração, mas é a sua cabeça que faz tudo.
São atores que se acham demasiado ocupados em imitar, e que vivem eternamente afetados no íntimo deles próprios. A lágrima que escapa dos seus olhos comove mais que todos os prantos. Nessa trágica comédia gospel, muitos que os ouvem, se dedicam a copiar as suas loucuras e diabruras. No entanto, o olho do prudente capta o ridículo desses espetáculos que a massa ignara não enxerga.
Todo o talento deste “grande homem de deu$” consiste em não sentir, mas inescrupulosamente representar. Os gestos de seu desespero são decorados e foram ensaiados diante de um espelho. Ele sabe o momento exato em que vai tirar o seu lenço para enxugar a lágrima que a emoção deixa rolar. O tremor de sua voz, as palavras suspensas, os sons sufocados e arrastados, o frêmito dos seus membros, a vacilação dos joelhos, os furores, o trejeito patético, a macaquice “sublime”, o soco no ar, a voz rouca se extinguindo ─ , nada chega a lhe perturbar e nem lhe causar melancolia e abatimento da alma. Pelo contrário, tudo isso funciona como um gel anestesiante que inunda o seu divinal “ego”, provocando-lhe delírios e alucinações. As lágrimas desses folclóricos comediantes descem dos seus cérebros, enquanto aquelas do homem sensível brotam do coração.
Às vezes, esse ator midiático se ajoelha no piso brilhante de seu palco, como um sedutor que se ajoelha aos pés da mulher que não ama, mas quer enganá-la. Nada é verdadeiro no palco desse embusteiro gospel. A postura, o modo de caminhar, os bordões para inflamar a plateia ─ tudo é maravilhosamente falso.
Esse ator de terceira categoria não é um piano, nem uma harpa, nem um violino; ele não tem acorde que lhe seja próprio, mas tem o acorde e o tom que lhe convém. Fala sempre, e sempre bem; é um adulador profissional e um grande cortesão. Sim, um grande cortesão da palavra mágica, um fantoche maravilhoso que assume toda espécie de formas ao bel prazer do barbante que está nas mãos do seu “senhor”.
Nesse grande teatro dos absurdos, interessa mais a forma de dizer, do que o que se diz. Os “preletores-atores” da modernidade são homens de raro talento e de uma utilidade real (R$). São pregadores mais eloqüentes do que aqueles vestidos de batinas e barretes quadrados em suas cabeças, que pregam do alto de seus ornamentados púlpitos para uma multidão apática e sonolenta.
Os que mais se destacam são aqueles dotados de todas as qualidades imaginativas, racionais e gestuais. São os menos sensíveis, isto é, são aqueles que sabem impressionar sem demonstrar que lá no fundo são insensíveis aos afetos mais humanos.
Esse comediante de “deu$” capta tudo que o impressiona na Bíblia. Seleciona coletâneas previamente ensaiadas, para seus discursos acalorados e falsos milagres. É uma pessoa genial em lotar vastos salões e estádios. É lá nesse recinto que o seu fantasma se eleva, fazendo sua cabeça tocar às nuvens. Não é o seu coração, mas é a sua cabeça que faz tudo.
São atores que se acham demasiado ocupados em imitar, e que vivem eternamente afetados no íntimo deles próprios. A lágrima que escapa dos seus olhos comove mais que todos os prantos. Nessa trágica comédia gospel, muitos que os ouvem, se dedicam a copiar as suas loucuras e diabruras. No entanto, o olho do prudente capta o ridículo desses espetáculos que a massa ignara não enxerga.
Todo o talento deste “grande homem de deu$” consiste em não sentir, mas inescrupulosamente representar. Os gestos de seu desespero são decorados e foram ensaiados diante de um espelho. Ele sabe o momento exato em que vai tirar o seu lenço para enxugar a lágrima que a emoção deixa rolar. O tremor de sua voz, as palavras suspensas, os sons sufocados e arrastados, o frêmito dos seus membros, a vacilação dos joelhos, os furores, o trejeito patético, a macaquice “sublime”, o soco no ar, a voz rouca se extinguindo ─ , nada chega a lhe perturbar e nem lhe causar melancolia e abatimento da alma. Pelo contrário, tudo isso funciona como um gel anestesiante que inunda o seu divinal “ego”, provocando-lhe delírios e alucinações. As lágrimas desses folclóricos comediantes descem dos seus cérebros, enquanto aquelas do homem sensível brotam do coração.
Às vezes, esse ator midiático se ajoelha no piso brilhante de seu palco, como um sedutor que se ajoelha aos pés da mulher que não ama, mas quer enganá-la. Nada é verdadeiro no palco desse embusteiro gospel. A postura, o modo de caminhar, os bordões para inflamar a plateia ─ tudo é maravilhosamente falso.
Esse ator de terceira categoria não é um piano, nem uma harpa, nem um violino; ele não tem acorde que lhe seja próprio, mas tem o acorde e o tom que lhe convém. Fala sempre, e sempre bem; é um adulador profissional e um grande cortesão. Sim, um grande cortesão da palavra mágica, um fantoche maravilhoso que assume toda espécie de formas ao bel prazer do barbante que está nas mãos do seu “senhor”.
P.S.: Clique no vídeo abaixo para assistir a pequena amostra de uma aula na Escola de Formação de Atores Gospel
Por Levi B. Santos
Guarabira, 26 de novembro de 2009
14 comentários:
Como você descreveu bem esses mercenários da fé... Só não lhes chamo de filhotes do diabo porque até o próprio fica de boca aberta com tanto descaramento; pensando quem terá dado cria aos tais...
Confrontei um deles só para ter mais raiva...
Continue seu grito, tem ouvidos atentos. Abraço.
Atribu-o o "sucesso" desses fanfarrões ao povo que se viciou a fala entorpecente destes traficantes de uma droga que eles mascaram e a chanam de "poder de deu$. Porem o pobre dependente desta droga quando volta da nóia se depara com a realidade da sua vida sofrida.
Parebens pela coragem meu Queriddo.
Pois é, mestre Levi, é com muita dor na consciência que reconheço; outrora já desejei ser como um desses – digamos – pop star super pregadores.
Mas que desilusão!
Preguei muito (quantidade), em diversos lugares – desde meus 11 anos – mas confesso que a maior parte dos meus sermões, era vazios e pobres de conteúdo.
Assim como a maior parte dos pregadores modernos, muito eloqüente é verdade, mas pobre de conteúdo.
Pregações que mexem os esqueletos, emocionam, empolgam, arrancam “glórias a Deus”, mas não provocam reflexões e nem mudança no caráter.
Não passam de chavões, clichês e frases de efeito.
Hoje, minha missão é a de conscientizar as pessoas, libertando e ajudando-as, a si tornarem mais responsáveis e maduras.
Denunciando os falsos profetas que:
São estelionatários da graça:
Ensina o povo a barganha com Deus em troca de bênçãos.
Pregadores de ilusão:
Prometem vitórias, livramentos e proteções em um mundo contingencial.
Irresponsáveis:
Geram crentes frustrados e decepcionados com Deus.
Infantilizadores:
Produzem alienados, pessoas que tem medo de enfrentar a vida.
Manipuladores de auditórios:
Brincam com os crentes como se fossem meras marionetes.
Lobos devoradores:
Que só pensam em ganhar dinheiro em nome de Deus.
Enfim, acredito que a melhor definição é a do Apóstolo Pedro, que chama os tais de “Falsos mestres”.
Precisamos de cada vez mais, artigos como este, que alertem e abram os olhos dos inocentes e ingênuos.
Parabéns!
Um grande abraço.
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Esquizofrenia coletiva... O que mais se pode dizer a respeito de uma coisa dessas?
.
Levi de tanto eu falar deles eu me cansei e ao ver esse vidio, uma palavra ficou entalada em min. Me desculpe mas eu tenho que por para fora, esse ai e outros são grandes filhos da Puta mesmo, a mãe deles que me perdoe pois elas podem ate ter sido mulheres de Deus, são eles que não são diginos de suas mães, e olha que ate uma prostituta é mais honesta do que eles, pois elas vendem seus corpos para sobreviver e eles adulteram a verdade para se esbaldarem.
No templo de Jerusalém, um Cristo indignado empunhou um chicote para expulsar os comerciantes ladrões que enchiam os bolsos de dinheiro à custa do ludibrio.
Os antigos pais dos televangelistas atuais, cobravam preços exorbitantes pelas oferendas que a plebe ia oferecer no altar, como sacrifício. E hoje, os seus filhos: os RR, os Macedos, os Valdomiros e outros trapaceiros continuam a fazer comércio das coisas sagradas, na maior cara de pau, maculando o cristianismo via satélite para todo o mundo.
Como não se indignar com esse estado deprimente?
Se Cristo, naquela época protestou veementemente de forma pública e eficaz, não podemos nos furtar em deixar nossa indignação e nosso repúdio contra esses fariseus podero$o$ , através desse precioso instrumento que é a Internet.
Eles vão ter que nos ATURAR, doa a quem doer!
Eu perguntaria aos blogueiros indignados com tamanha falta de vergonha desses atores gospel impecavelmente vestidos de paletó e gravata:
Se Cristo, hoje, pudesse dar uma volta por essas terras de D. João VI, qual arma usaria no lugar do chicote, para extinguir essa raça de malandros e impostores que usam a Bíblia para fins espúrios?
Não tinha visto este vídeo ainda....
Impressionante, tudo combinou direitinho...
O cenário, com suas luzes, seu mega culto, com seu shomen ator, tem até efeitos especiais, porém o mais cômico-tragédia, é a propaganda do seminário teológico para outros "atores" junto com o vídeo.
Em relação a que dispositivos disponibilizados de nossa época, Jesus usaria para expulsa os novos bandidos do templo.......deixemos nossa mente criativa imaginar....
Será que Ele usaria uma metralhadora ou seria uma bazuca?
Um grande abraço.
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Ah Marcio vc economizou nas armas, mais eu penso que Jesus usaria um lança chamas para torrar esse bando do Ali Babá.
"Cristianismo de resultados imediatos”.Isso da um livro enorme!
Como bem disse a Guiomar logo acima "Continue seu grito, tem ouvidos atentos. Abraço!
Levi meu Caro mestre "bronzeado", que belo texto.
Como disse o nosso irmão Gresder (tá bravo o menino hein?), também já estou cansado de dar "murro em ponta de faca".
Isso que acontece no meio gospel é deprimente e me dá vergonha de ser evangélico. (não disse vergonha do evangelho)
Mas deixe-me fazer algumas ponderações:
Antes de sermos “cristãos revoltados”, temos que nos lembrar que somos cristãos.
E queira ou não queira, esses homens , e tantos outros que já expus em minhas postagens, são nossos irmãos.
De fato Jesus em certa ocasião, teceu um chicote, e também andou dando umas “bicudas” em algumas bancas de comerciantes do templo. Mas, (e sempre tem um “mas” nos meus comentários) não acredito que ele tenha chicoteado alguém.
Infelizmente nossa revolta, faz aflorar na gente, o que realmente somos, ou melhor, como ainda somos.
Veja só:
Trecho de comentário de Levi:
“Se Cristo, hoje, pudesse dar uma volta por essas terras de D. João VI, qual arma usaria no lugar do chicote, para extinguir essa raça de malandros e impostores que usam a Bíblia para fins espúrios?”
Trecho de comentário do Marcio:
“Em relação a que dispositivos disponibilizados de nossa época, Jesus usaria para expulsar os novos bandidos do templo.......deixemos nossa mente criativa imaginar....
Será que Ele usaria uma metralhadora ou seria uma bazuca?”
Trecho de comentário de Thays:
“Ah Marcio vc economizou nas armas, mais eu penso que Jesus usaria um lança chamas para torrar esse bando do Ali Babá”.
Viu só Levi?
E ainda tem o comentário da Guiomar e do Gresder, que eu não vou colocar aqui, pois ultimamente eu tenho pegado muito no pé dele rsrsr.
Não estou fazendo uma crítica, com o intuito de ofendê-lo meu irmão, jamais faria isso com uma pessoa que admiro tanto, nem ao Marcio, pois tive a oportunidade de falar pessoalmente com ele , e chamei-lhe a atenção para o erro que cometera.
Pode parecer utopia, mais gosto de pensar que se Jesus voltasse a passar por uma situação dessas, ele usaria aquela arma que o tornava o Ser mais perigoso de sua época...
O amor!
Obrigado Levi meu irmão, espero não ter arranhado nossa “amizade virtual” que pra mim é tão real.
Fiquem na paz!
Sabe Levi, a medida que eu lia seu artigo, iam-se formando em minha mente a figura de alguns desses pregadores profissionais...são tantos!
Os tais se inserem perfeitamente na sociedade do espetáculo midiático da nossa atual sociedade.
São extremamentes talentosos e fariam uma carreira mais eticamente promissora se mudassem de profissão: ao invés de animadores e manipuladores de emoções em igrejas, deveriam provocar emoções nos palcos dos teatros da cidade.
O Edson, sempre ponderado e amoroso deu um outro tom à discussão. Bem, pelo menos, eu não disse que eles eram fdp nem que deveriam morrer em lança chamas rssssss meu conselho até que foi legal: Troquem os púlpitos, pelos palcos.
abraços a todos
Ops!!
Eu lancei a pergunta:
Qual arma Cristo usaria para expulsar os vendilhões dos templos da modernidade?
Forcei a imaginação e finalmente deu um “estalo”. Vou agradar a gregos e troianos (rsrsrs)
A arma que Cristo usaria seria a lançadora de gás lacrimogêneo, pois, que eu conheça, é a única arma que não provoca morte, nem lesões corporais graves. Ela faz apenas os bandoleiros fugirem desabaladamente do local onde estavam provocando baderna.
Mas aqui pra nós, a indignação de Cristo ao usar um chicote para expulsar os “negociadores de deus” do Templo, não deixa de ser, também, uma forma de amor. No caso: amor pelas almas iludidas na sua boa fé.
Ah Levi, quando você não me faz rir com seus cordéis, me faz rir com sua retratação bem humorada.
Confesso que não me contive e ri sozinho aquí em casa...devo estar ficando meu doido.
Chicote pode irmão! O que não pode é basuca e lança-chamas tá.
Sabe que gás lacrimogênio junto com spray de pimenta, geram as lágrimas mais abundantes? Rsrsrs
Abração levi, meu mestre "bronzeado"
.
Edsom o que jesus faria ou u lalaria eu nao sei, mas só sei que estes ai sao uns ... mesmo, e ponto rsrsrs
Postar um comentário