Na igreja é proibido
De certos temas falar
Mas aqui é permitido
Tudo pode-se perguntar
Num modo bem divertido
Do que se assiste por lá.
Só se fala de pecado
Na igreja e seu espaço
Mas o Deus humanizado
Está aqui no cyberespaço
Por todos muito estudado
Sem cai-cai, e estardalhaço.
Mentira, aqui se desfaz
Trapaças que todo tempo
São pregadas em Catedrais.
Que tristeza ver um templo
Virar chão de Satanás
No seu maior passatempo.
Crente aqui não tem cartão
Pra ser membro virtual
Comenta com o coração
De uma maneira natural
Sem ter medo de pressão
De igreja e o seu curral.
Deus aqui humanizado
Faz-se irar o legalista
Que em tudo vê pecado.
Quem é esse moralista
De um Jesus falsificado
Que tem pose de artista?
Carregando o seu andor
E bradando o seu bordão
Esse artista com ardor
Quer matar o seu irmão
Maltratando o pecador
Por não querer sua unção.
Vi aqui na blogosfera
Debate muito inflamado
Fera engolindo fera
Por causa de um pecado
Um de muitos, amigo era
Foi por fim crucificado.
Vi pastor pedir vingança
Com arrogância, sem amor
Vi outros com pujança
Defendendo o pecador
Que por ser uma criança
Briga e brinca sem rancor.
Vi maldade e aberração
Em nome de Jesus Cristo
Vi reteté e vi unção
Como nunca tinha visto
Pastor caindo no chão
Gritando: “poder é isto!”
Dentro do “cristianismo”
Vi tanta macumbaria
Vi circo e vi cinismo
Vi foi muita zombaria
Que até o ateísmo
Dele se envergonharia.
Se tu dizes que és crente
E queres a volta da Lei
Deixa essa fala indecente
Que só tem Teologês
Recebe a graça urgente
Sem medo e com lucidez.
Na blogosfera a Pandora
Deu saída aos seus bobos
Que de forma impostora
Difamaram com arroubo
O defensor da pecadora:
A “ovelha em pele de lobo”.
Na blogosfera tem gente
Que quer trazer a censura
Numa febre efervescente
Pela tal da ditadura
Não é crente, é descrente
Viciado em linha dura.
Por: Levi B. Santos
Guarabira, 18 de novembro de 2009
13 comentários:
Mais uma vez, parabéns pelos dotes cordelistas, meu amigo!
Abraços
.
Nesta bobos e feras eu achei
Dentre aborrecimentos e alegrias
Dentre as pessoas que encontrei
Que apesar de suas heresias
Eu aprendi a admirar
No Eduardo um grande amigo
Que teima em afirmar
Que Adão tinha um umbigo
Parabens Levi!
Só lendo esses seus repentes pra me alegrar mesmo!
Caminhamos sem parar
Nosso alvo é Jesus Cristo
A ovelha que quiser
Entrará no Seu aprisco
Tem ovelha que muito questiona
Como o nosso amigo Eduardo
Tem aquela que nos faz rir
Como o Levi Bronzeado
Tem aquela que faz pensar
Como o Marcio e Gresder Sil
Outras fazem chorar
Pelo evangelho no Brasil
Desculpe-me, não resisti
E cedi à tentação,
pois dormia ouvindo meu pai
Prosear em meu colchão
Cordéis de 20 minutos
E os causos do sertão.
Beijos Levi!
Edson MOura
Gresder Sil tu és um bardo
Menestrel do amor e da dor
E o teu amigo Eduardo
É um grande pensador.
Das agruras do teu fardo
Que descreves com ardor
Fico sempre no aguardo
Pra comentar com fervor.
Edson Moura meu amigo
Do tempo de teu pai eu sou
Que na feira sobre um abrigo
Escutava um cantador
Que bom o tempo antigo
Dos violeiros a compor.
Teu jeito de comentar
Não negas que és um bardo
Tens o dom de inventar
Parecido com o Eduardo
Que aqui vem esquentar
Com os seus fortes petardos.
Abçs,
Levi B. Santos
Meu sangue nordestino não conseguiu resistir a tanta poesia; Permita-me querido e expressar o que sinto agora:
Os teus versos me transportam para os braços de um pai que não conheci; Pego carona no comentario do meu irmão Edson e como gostaria de ter ouvido versos ao pé do ouvido para me fazer dormir. Agora posso sossegar, tenho os teus versos para ler e depois dormir. Fique tranquilo não estou procurando meu pai, mais o repeito é o mesmo.
Prezado Presb. Jair dos Santos
Que bom meu amigo, saber que somos irmãos de sangue Nordestino.
Nordeste (de cabra da peste -, rsrsrs) que nos tempos de meus pais e avós,não tinha escola, mas tinha humildes e iletrados poetas de cordel, que com seus versos e suas rimas,no meio da feira, fazia sorrir o povão sofrido do nosso querido torrão.
Tenho muitas saudades daquele tempo que não volta mais.
P.S.: Tem mais alguns versos de cordel aqui nos arquivos do meu blog, para você matar a saudade do tempo de seus avós.
Um grande abraço,
Levi B.Santos
Meu amigo Levi
Não me arisco em rimar
Pois não sou bom em prosear.
Me junto e solidarizo
Com meu outro amigo Eduardo.
Deixemos para quem sabe
A arte de rimar e prosear.
Pois só discutimos Fé
Se for teologia da Fé.
Um abração a todos, e desculpe-me, por estragar o seu cordel.
Pois não deixarei de participar
Através de comentar e rimar.
rsrsrsrsrs
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Levi, nesse você pegou pesado; mas o pior é que os parvos nem vão entender os teus versos, estão mui bem elaborados, eu diria elitizados, para os de tão pobre entendimento, não alcançarão nem a nota ré.
Eles não sabem subir uma simples escala musical, quanto mais "repentear" em tão nobres versos.
Deixa eles pra lá e vamos nós "prosear".
Prezado Márcio
Grato mais uma vez por sua passagem por esse recanto de prosa. (rsrsrs)
Você junto com Eduardo
Só discutem o que é fé?
Que faço eu com meu fardo
Quando me sinto um Tomé?
Abçs,
Levi B.Santos
Prezada Glaucia Carneiro
Tu tens toda a razão
Eu peguei meio pesado!
Se rimei com o coração,
Penso que fui perdoado.
A cada cordel que faço
Apimentado mais escrevo.
Se alguns não satisfaço,
Pedir desculpas eu devo.
Até o Cordel N° 3 - Se Deus quiser!
(rsrsrs)
Levi!
Meu companheiro de trincheira!
Não é que estamos mesmo tocando a Santa Subversão de Jesus!
Abs,
Danilo
Mestre Levi, recentemente publiquei um artigo intitulado: “O reino dos excluídos”, modéstia a parte, ficou muito bom.
Porém, é com humildade que lhe peço, vossa análise desta postagem. Pois reconheço a profundidade e o valor intrínsecos de seus argumentos.
Aguardando............
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Postar um comentário