28 junho 2011

Nós (os Ocidentais) − E os Outros

1972 em Saigon após um ataque americano


Michael Dibdin, romancista britânico, falecido em 2007, em seu livro “Lagoa Morta”, trata de forma romanceada a intricada rede das identidades civilizacionais. Zen, o demagogo nacionalista veneziano do romance, diz: “Não é possível haver amigos verdadeiros sem inimigos verdadeiros. A menos que odiemos o que não somos, não podemos amar o que somos. Essas são as verdades antigas que estamos penosamente redescobrindo depois de mais de um século de cantilenas sentimentais. Aqueles que as negam, negam sua família, sua herança, sua cultura, seu direito inato, seus próprios seres! Eles não são perdoados”

O discurso dos direitos humanos faz parte da agenda política das nações do mundo ocidental, porém, basta um simples olhar para se constatar que há poucos motivos para se nutrir esperanças quanto a possibilidade de o homem se mostrar algum dia mais humano com seus semelhantes.

Nós, ocidentais, desejamos uma civilização universal que, trocando em miúdos, não passa de um anseio de poder disseminar os padrões de consumo e da cultura popular onde estamos inseridos.

Recentemente esse mundo ocidental se moveu de “íntima compaixão” pelos sofredores dos regimes ditatoriais dos países árabes. Ventos da democracia do “Tio Sam” varreram as mentes dos jovens do oriente médio fazendo-os sair às ruas para protestar contra seus governantes. É certo que muitos grupos de jovens orientais receberam apoio logístico, (treinamentos e financiamentos) dos EUA, como também notório é, o fato de que passada a euforia, muitos jovens que foram escorraçados das fronteiras de seus países estão hoje numa grande enrascada: “A União Européia está fechando as fronteiras para os emigrantes”.

Os grandes defensores dos direitos humanos que atiçaram os espíritos dos jovens árabes na recente “Primavera Histórica”, estão, de maneira hipócrita, tirando os seus corpos do imenso caldeirão fervente que atearam fogo, ao não receberem em seus próprios países os “heróis” árabes dissidentes, sob a alegação de que não têm emprego para tanta gente.

Segundo um recente relatório do Governo Chinês,os EUA não só tem um terrível histórico doméstico de direitos humanos como também são a principal fonte de muitos desastres desses direitos em todo o mundo”

Samuel P. Huntington, em seu livro, “O Choque de Civilizações”, afirma: “O problema fundamental nas relações entre o Ocidente e o “Resto do Mundo” é, consequentemente, a disparidade entre os esforços do Ocidente – em especialmente dos EUA – para promover uma cultura ocidental universal, e a sua decrescente capacidade para fazê-lo”.

Na hora de uma crise global, o que conta mesmo para as pessoas é o sangue, a crença, a fé e a família. Nessa hora, elas se congregam com as que têm semelhanças de ascendência. E os outros? Ora, os outros são os outros, não são nosso sangue.

Até quando o mundo ocidental com seu modelo mercantil de lidar com as pessoas vai entender que não se pode querer a igualdade de pensamentos e sentimentos? Até quando o Ocidente vai remar contra a correnteza que diz que a perda da identidade de um povo é uma ameaça a sua sanidade e o desistir da espontaneidade e da individualidade é uma mutilação da vida?


Por Levi B. Santos

Guarabira, 28 de junho de 2011

23 junho 2011

Saudades do São João de Minha Infância


Ah, que gratas recordações da simples gente de crenças robustas, moradores daquela aprazível rua na qual um velho bangalô acolhia meus pais, meu irmão (do meio), minha irmã caçula e eu! Só quando as noites de São João em Alagoa Grande (PB) coincidiam com os demorados cultos noturnos na igreja que frequentava, situada bem no final da São José (rua que era uma continuação da minha saudosa 13 de maio), é que a tristeza e a melancolia me invadiam. Não sei mesmo o que poderia acontecer comigo se meus pais soubessem que meus pensamentos, mesmo dentro do recinto sagrado, estavam muito mais centrados no lado de fora do que no interior do Templo, pensamentos que não comungavam com o enfadonho e longo ritual religioso do pregador, que me fazia perder a maior parte da festiva noite junto aos meus amiguinhos em seus folguedos juninos. Na maioria das vezes, tirava a sorte grande e não participava dos cultos religiosos, o que me deixava mais solto e livre para apreciar a beleza esplendorosa das lanternas multicores pregadas nas paredes de fora das casas, acima de cada janela e portas, se estendendo linearmente de cada lado da rua até se perder de vista. Lanternas em forma de pirâmides, de cubos, umas redondas como fole de sanfona, outras em forma de estrelas de variadas cores; todas escondendo a luz tremulante das velas em seu interior.

Lembro-me perfeitamente das noites de S. João, em que a lua cheia dava um toque todo especial aos balões multicores soltos pela gurizada irreverente e alegremente alvoroçada. Os balões de variados tamanhos subiam céleres, levados pelos ventos em meio a um céu límpido, e, aos poucos, iam se transformando em pontinhos de luz bruxuleante, em meio às estrelas cintilantes. Que maravilha era o espetáculo das girândolas cruzando o céu sobre nossas cabeças, encerrando o show pirotécnico. Logo após esse extasiante espetáculo, corríamos todos às nossas casas para recolher espigas de milho verde em palha a serem assadas nas brasas ainda avermelhadas do que restou das fogueiras. 

Nas prazerosas noites de São João, poderia citar uma por uma, todas as pessoas que residiam naquela bucólica, festiva e engalanada rua de barro batido, desde o largo da padaria de Seu Abdias onde ficava o pequeno pavilhão destinado às quadrilhas juninas, até desembocar em uma pequena vereda junto à linha do trem, onde ao lado e no alto de uma ribanceira, à semelhança de um pequeno castelo, ficava encravado o majestoso e rústico armazém de Zé Hipólito, local onde se vendiam estivas, cereais e produtos agrícolas.

Quando, ao declinar da tarde, soava a melodia sinfônica da Ave Maria de Gounod, precisamente às 18 horas, adultos e meninos, ainda deglutindo pedaços de pamonhas e queijos de coalho, acorriam à rua para acender suas tradicionais fogueiras. Quão gratificantes eram àquelas horas rápidas de gozo esfuziante passadas em pleno meio da rua, inesquecíveis momentos que compensavam as agruras e fadigas da vida tão duramente trabalhada.

Hoje, ainda sonho com os chuveiros de gôtas belas e fosforescentes que exalavam muita fumaça branca; o cheiro da pólvora dos traques, dos beijos de moça, mijões e pequenos rojões não me saem da memória olfativa e afetiva.

Decorridos quase sessenta anos daquele idílico tempo, encontro-me, agora, detido aqui, diante do computador, a rememorar as saudosas noites de São João do meu tempo de menino.

Ouvindo o pipocar dos fogos, entremeados com o som de velhas cantigas juninas cantadas pelos passantes lá fora na rua, e inalando o cheiro da canjica de milho verde vindo do meu fogão, trago a esse recanto uma das saudosas músicas nordestinas mais tocadas durante o mês de junho nos anos sessenta:                                                                                        


Olha Pro Céu 

Composição: Luiz Gonzaga / José Fernandes


19 junho 2011

A Lengalenga do “Sigilo Eterno”




Em seu recente livro − “1822”, Laurentino Gomes diz que, "em 1824(dois anos após o grito de independência de D Pedro I) os da linhagem real portuguesa, na pessoa de D. João VI, queriam porque queriam manter o direito de governar os povos por herança e delegação divina. Procuraram apoio junto às potências européias para não se desfazerem de sua rede de privilégios, negócios, cargos e laços familiares que durante mais de trezentos anos prevaleceram entre a colônia e a metrópole".


Os termos “Herança e delegação divina” tem tudo a ver com o bordão “Sigilo eterno”, usado recentemente para proibir a divulgação de fatos de nossa história (período da ditadura militar) que estão escondidos debaixo de sete capas. Conta-nos Laurentino Gomes, que na época de D. Pedro I, a elite burguesa junto com a família real não queria mexer nas sutilezas diplomáticas. A alegação interesseira que se fazia naquela época, no fundo, é a mesma que, hoje, os baluartes políticos (Collor e Sarney) bradam aos quatro cantos do país.


Representante de um império em tudo parecido com o da época de D.João VI, o Sr. Sarney, defende a manutenção do sigilo eterno sobre documentos históricos como forma de evitar que "feridas" sejam abertas. Note-se que os argumentos são os mesmos usados pelas forças poderosíssimas que nos colonizaram há quase duzentos anos, com outra tradução: "O povo brasileiro não tem o direito de conhecer sua história".

O que nos surpreendeu foi o recuo da presidente Dilma, ao desistir ou tirar de sua agenda positiva o tão sonhado projeto da lei de acesso a informações públicas que estavam em sigilo. A maior mandatária da nação, parece ter sentido a mesma pressão dos tempos em que foi duramente perseguida pelos militares. Segundo a revista ISTOÉ desta semana, ela, ao admitir a tese obscurantista de que alguns fatos e documentos merecem sigilo eterno, ficou ao lado de poderosos grupos de plantão que impedem através da força o acesso às informações sobre o passado da nação. Historiadores se declaram perplexos com a posição do governo. “É um imenso retrocesso” afirma José Murilo de Carvalho, membro da Academia de Brasileira de Letras.


Por Levi B.Santos

Guarabira, 18 de junho de 2011


Assista, agora, o pronunciamento do senador oposicionista, Jarbas Vasconcelos, sobre o polêmico fim do sigilo eterno:


10 junho 2011

“Três Marias” no Ataque da Seleção Presidencial



Pesquisa do Instituto Gallup (ano 2000) diz que nove entre dez brasileiros acreditam que o país estaria melhor se a participação feminina na política fosse maior. Revela ainda a pesquisa que a maior parte das pessoas acredita que as mulheres são mais honestas e mais eficientes que os homens para conduzir questões como redução da pobreza, combate a corrupção, melhorias na educação, entre outras atividades.

Dilma, nossa presidente, parece mesmo está de saco cheio com o desempenho dos seus ministros mais próximos. A saída de Palocci deixou-a, finalmente, livre para eleger um triunvirato feminino que regerá, doravante, a orquestra denominada Brasil. Dizem as más línguas que as três são de personalidades fortes, que não levam desaforo para casa. Mas a presidente parece estar com a razão, pois, como disse Alphonse de Lamartine: Há sempre uma mulher na origem de todas as grandes coisas”

E agora, temos a reger o nosso destino, as três mulheres mais poderosas da república: Dilma, Gleisi Hoffmann, e Ideli Salvatti . Essa última foi fisgada do ministério da pesca para convencer os peixes (deputados e senadores) do aquário tenebroso (Congresso) a obedecerem às poderosas ordens femininas.

O governo deixou os “planetas” de fora e agora passou a ser das “estrelas”, em consonância com o romance As Três Marias” de outra mulher a escritora cearense, Rachel de Queiroz.


Com certeza, antes de tomar a decisão de chutar os homens da república das bananas para bem longe, a presidente Dilma deve ter lido esse sensacional romance feminino que conta a história de Maria Augusta, Maria da Glória e Maria José, que por serem amigas inseparáveis, ganhou dos seus colegas professores, o apelido de “As três Marias”.


Rachel de Queiroz, nos meus tempos de escolar, escrevia sempre na Última página da Revista “O Cruzeiro”, e os temas por ela explorado iam da política à economia, à sociologia e a fatos do cotidiano do brasileiro simples do interior.

Há um trecho do romance em que, rapidamente, a imaginação me fez associar o triunvirato, Dilma, Gleisi Hofmann e Ideli Salvatti às figuras das três Marias:

e, à noite, deitadas na grama e olhando para o céu, as meninas se reconhecem na constelação com a qual dividem o nome. A estrela de cima é Maria da Glória, resplandecente e próxima. Maria José se identifica com a da outra ponta, pequenina e trêmula. A do meio, serena e de luz azulada, é Maria Augusta ou simplesmente Guta, como sempre preferiu ser chamada”

É uma pena que as noites estreladas sempre estejam a intercalar com os dias de verão, dias quentes em que o Astro-Rei, SOL (Lulla) aparece com a sua luz ofuscante a irritar os nossos olhos. Ah, ia esquecendo, que, ainda bem, estamos no início de inverno, onde os raios do SOL. por alguns dias, permanecem obliterados por densas nuvens. Nuvens essas, protetoras, como aquelas que protegeram os Hebreus no seu êxodo do Egito para a Terra prometida.


...Oremos por essas três aeromoças do grande Boeing em turbulência, chamado Brasil


Ensaio por Levi B. Santos

Guarabira, 10 de junho de 2011

06 junho 2011

Sarney: “Meu Passado, Presente e Futuro”



O escritor − poeta − romancista é aquele ser que está sempre deixando o reflexo de si mesmo na escrita. A escrita funciona como um espelho que revela o que nós somos fundamentalmente. Por isso é que se diz que deixamos um pouco de nós em cada frase que editamos.

O imortal − presidente do nosso Senado − sempre escreve uma coluna às sextas-feiras na Folha de São Paulo. Lí, reli e refleti bastante sobre o seu último ensaio (de 3 de junho último) cujo título “Tempo Presente”, levou-me a viajar no tempo.

Em seu artigo Sarney, que está nos holofotes da política há cinco décadas, passa para o leitor o seu mal estar existencial, ao iniciar a sua fala dessa forma: “Estou, ultimamente, certo de que um fenômeno está surgindo no mundo atual: a compressão do tempo. Ele está cada vez mais chato e achatado. Parece que a cada dia fica mais curto”.

Ora, como poderia não estar exausto e sentindo a chatice dos dias, uma pessoa que, aos 81 anos de idade, ainda mantém o mesmo jogo de cintura que o fez se adaptar ao regime de exceção dos militares, que o fez e ainda o faz dançar conforme a música, tanto é que vem se mantendo incólume como político influente em todos os governos, seja de direita ou de esquerda, não importando a cor partidária? Como não se sentir cansado e enjoado um homem que esteve nos últimos 50 anos, no centro de vitórias políticas e sorvendo derrotas acachapantes, como as dos tempos do cruzado, em que incitava invasões de supermercados e currais de gados para baixar a inflação galopante de 100% ao mês? Como não sentir no corpo e na alma, o refluxo do peso das aflições quando foi submetido às pressões vindas de todos os lados, por envolvimento nos mais polêmicos escândalos nacionais?

Hoje, aos sessenta e quatro anos de idade, posso afirmar que Sarney povoou o meu passado. Ele está no meu presente. Nos meus tempos de idealista eu tinha esperança no futuro. Mas esse futuro chegou, e com ele veio colado o espectro “Sarney”. Sarney, é, portanto, meu presente, passado e futuro.

Em um trecho do seu ensaio na Folha, ele assim escreve: “Santo Agostinho perguntou e respondeu: ‘Mas o que é o tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei, mas se eu tentar explicar não sei’”

Modéstia das modéstias, Sarney, você é o tempo, cara!!! O tempo do cidadão brasileiro dos da minha idade, registra, do começo ao fim a sua passagem.

Mas, o sábio e astuto imortal, no final do seu texto, sem querer querendo revela um movimento de sub-reptícia “eternidade”, quiçá, de sua verdade escondida, ao citar este trecho do grande poeta T. S. Eliot: “Tempo presente e tempo passado/Estão ambos talvez presentes no tempo futuro/ E o tempo futuro contido no tempo passado”.

O ensaio de Sarney na Folha de São Paulo teve o condão de evocar em mim fatos de um passado, que não é presente, nem futuro, posto que ficou definitivamente enterrado. Sei que de nada vai adiantar, mas não custa nada trazer um trecho utópico do velho idealista Rui Barbosa, que eu recitava de cor na sala de aula diante de minha professora, nos tempos em que me iludia com meus gastos livros de História do Brasil:

“A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal de nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo o nosso descrédito é a miséria suprema desta pobre nação”.

P.S.: Sarney, para o bem ou para o mal, pelo menos na política à brasileira, você é meu passado, presente e futuro!


Ensaio por Levi B. Santos

Guarabira, 07 de junho de 2011

Imagem: http://www.nanihumor.com/2011/02/sarney-e-cadeira-1.html

04 junho 2011

Desce Depressa Palocci (ops, Zaqueu)!!!




A imprensa não quer deixar de lado o imbróglio recente na casa civil da presidência da república, cujo personagem central (Palocci), vem relutando em explicar como multiplicou por vinte os seus bens em apenas quatro anos, num ambiente econômico estável e sem inflação. Dizem que é "ensurdecedor" o silêncio do ministro da casa civil, que deve explicação sobre o seu rápido enriquecimento. O certo é que, em menos de 20 dias, o superministro virou um espectro, do qual ninguém quer de fato aproximar-se.

Mas eis que estamos no país dos paradoxos. Para que maior paradoxo do que este?: Tempos atrás, num impulso delinquente, a máquina do estado se mobilizou para violar o sigilo do mais fraco – o caseiro do ministro-mor. Agora, numa atitude contraditória, a cúpula dos fariseus políticos não quer que venham à tona os negócios nebulosos do ministro com os poderosos, ou mais fortes.

Como cidadão brasileiro, e almejando um país mais democrático e menos injusto, desejo que a presidente seja bem sucedida em seus empreendimentos, e prime pela clareza no gerir da coisa pública. Desejo, enfim, que ela ponha o compromisso com a justiça e a transparência em suas ações acima da amizade interesseira.

Diante do enfraquecimento provocado pela crise “Palocci”, e, amparado pela bancada evangélica que tanto pressionou o governo nas últimas semanas pelo veto ao “kit-gay”, bem que Dilma poderia recorrer a uma passagem emblemática narrada nos evangelhos, que fala de Zaqueu – o publicano.

Zaqueu, era o chefe dos coletores de impostos. Segundo os historiadores, era quem comandava a extorsão no meio público no início da Era Cristã, lá na Palestina. De acordo com os teólogos, ele era um homem rico, mas sabia que sua riqueza não vinha das mãos de Deus.

Quem sabe se Dilma não poderia sair incólume dessa crise, caso procedesse como o mestre dos mestres que, num momento em tudo parecido com o atual, ao avistar o rico e solitário cobrador de impostos em cima de uma árvore, disse prontamente: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa!”.

Esse rico homem público de que fala o evangelista Lucas, por não suportar mais o peso na consciência, procura e encontra em Cristo, um amigo verdadeiro em que pode realmente confiar, tanto é que diante do Mestre foi logo dizendo: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”. (Lucas 19 : 8)

Quem sabe, após muita conversa no riquíssimo apartamento Palocciano (de seis milhões de dólares), Dilma pudesse arrancar de seu querido ministro a confissão tão sonhada e encerrasse de uma vez por todas a crise governamental? Teria a ocasião de ouro de falar em alto e bom som, tal como Cristo disse diante de Zaqueu: “Hoje entrou salvação nessa ‘casa’!”.


P.S.: Um artigo recente no Blog de Reinaldo Azevedo diz: "...a situação do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que já parecia enrolada, se complicou bastante a partir de hoje. Uma reportagem de Leonardo Coutinho na VEJA desta semana mostra que o mega-apartamento que o ministro aluga há quatro anos, em São Paulo, de 640 metros quadrados, pertence a uma empresa de fachada que está em nome de um laranja de 23 anos, que mora em um casebre de fundos na periferia de Mauá, no ABC paulista, ganha R$ 700 por mês e teve o celular bloqueado por falta de pagamento".


Por Levi B. Santos

Guarabira, 04 de maio de 2011