O dramaturgo Nelson Rodrigues (de saudosa memória), fanático torcedor do FLU foi o inventor da história do “Sobrenatural de Almeida”. Esse memorável comentarista esportivo do Jornal “O Globo do Rio” agradava os torcedores tanto do Vasco, como do Botafogo, do Flamengo e do Fluminense, com suas crônicas carregadas de humor, principalmente após as partidas do seu venerado time.
Almeida, era o personagem sobrenatural que dava sempre uma mãozinha, ajudando o Flu em suas sofridas vitórias. E como o Nelson exaltava esse personagem!. É que o Fluminense, time do seu coração, sempre pregava sustos, principalmente nas grandes decisões. Ontem, não foi diferente, contra o temível “Boca”, na decisão da semifinal da Libertadores da América ( feito inédito). O Flu fez tudo que podia em matéria de passes errados e jogadas infantis, jogando lento e com os nervos à flor da pele.
Só quando estava perdendo por 1X0, foi que o “Sobrenatural de Almeida” resolveu aparecer no lotado e silencioso Maracanã. E, como décimo-segundo jogador cooperou em dois gols milagrosos que certamente entrarão para a história. Como sublinhava o velho Nelson Rodrigues em suas sensacionais crônicas, o gol da vitória ou da virada tinha um gosto diferente, pois, sempre surgia nos descontos e em grande parte de forma irregular, de mão, de impedimento. Às vezes a bola ia para fora e aparecia a mão do Almeida para desviá-la para dentro do gol.
Nessa noite, o Sobrenatural de Almeida deitou e rolou no segundo tempo da partida, quando em apenas vinte minutos, por três vezes, atraiu a pelota para o fundo das redes do indigitado goleiro Argentino.
Nelson, torcedor emblemático do Fluminense, lá de cima, deve ter assistido e torcido muito na noite histórica de ontem. Alguns torcedores seus admiradores, dizem que a alma do “Sobrenatural Almeida” mora no Maracanã.
Estejamos todos prontos, para no dia dois de Julho nos encantar com as proezas desse personagem invisível que, adora estar no Maracanã em dias de decisões históricas do Fluminense.
SALVE O TRICOLOR!!!
7 comentários:
Saudações tricolores. É tudo verdade a respeito do Sobrenatural da Almeida. Foi com uma mãozinha sua que em 1995 a bola foi desviada para a barriga de Renato Gaúcho e daí para o gol do título sobre o Flamengo no histórico 3 a 2. O texto está ótimo. Salve o fluminense.
O Nelson também dizia que só os "idiotas da objetividade"ignoram a influÊncia e força da torcida tricolor nos momentos de decisão. Foi assim no maracanã, quando mais de oitenta mil torcedores empurraram o time para a classificação histórica contra o temido Boca.
Saudações tricolores.
Flu rumo a Tóquio.
Até o nosso poeta maior da música brasileira estava lá, Chico Buarque, e pode ver o arqueiro Fernando Henrique construir uma parede, tijolo por tijolo, num desenho sólido, viu o goleiro flutuar no ar como se fôsse um príncipe, viu a torcida dançar e gargalhar como se fosse música, e viu os olhos de Riquelme embotados de cimento e lágrimas, viu o boca agonizar no meio do passeio público, viu o fluminense destronar o boca como se fosse máquina e se acabar no chão feito um pacote flácido.
Salve o Flu e salve Chico Buarque, porque o que o fluminense fez no Macara foi pura poesia.
Gostei do texto, parabéns, e que contra a LDU, bons ventos te inspirem para um novo texto sobre a próxima vitória tricolor. Um abraço.
Porra cara, o teu texto tá o máximo. Viva o Flu, Evoé. Salve o Flusão. Vai atropelar a LDU. Já somos Campeões. Salve aqui tricolores sofridos, o Amigo RAmom Lacerda, Thiago Bronzeado, Osiel BAtista, tricolores ilustres que sofrem faz tempo sem um título. Vamos tirar a barriga da miséria!
Prezado Levi,
a coluna do Rubens Nóbrega de hoje (9) traz comentário acerca do seu agradecimento sobre minha homenagem ao seu Fluminense, intitulada Pó-de-Arroz, publicada na sexta passada (6).
Como bom vascaíno e brasileiro, creio que cumpri apenas o meu dever de enaltecer a equipe que trouxe a alegria e o entusiasmo de volta ao nosso futebol.
Lamento apenas a goleada sofrida pelo seu Flu, diante do Grêmio. Mas, o futebol não é feito apenas de alegria. Há o tempo de sorrir e o tempo de chorar.
De qualquer maneira, um abraço e apareça no meu blog no endereço http://medewal-meuscausos.blogspot.com/.
Um abraço,
Waldeban
Tem um erro crasso no teu texto. O Sobrenatural de Alemida não ajudava o Flu, atrapalhava. Quem ajudava o Flu era o Gravatinha.
Parabéns pelo blog.
Boa, Levi. "Sou tricolor de coração" ou "salve o tricolor paulista"...
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