“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” ─ este enunciado, que é considerado um dos pilares básicos do Cristianismo, tem sido objeto de muitas interrogações através dos tempos.
O pai da psicanálise, que se debruçou durante toda a sua vida, estudando os meandros da alma humana, achou esquisita essa formulação Neo-Testamentária.
Podemos amar o inimigo? Isso é possível? O amor como algo precioso, se deve gastá-lo com qualquer que não o mereça ─, como àquele que nos é estranho?
Foi o psicanalista Jacques Lacan (1959 e 1960) quem se aprofundou no tema, fazendo uma releitura das obras de Freud (Judeu pelo lado paterno e Cristão pelo lado materno).
Lá onde Sigmund Freud parou, ante o paradoxo do enunciado cristão, Lacan retoma a especulação sobre o amor ao inimigo, afirmando categoricamente: “Amar o seu semelhante é amar a si mesmo; é amar ao outro, mas um outro, que está em mim mesmo, e não somente quando o outro é amável, mas também quando o outro conhece a angústia ou o sofrimento, pois esta angústia já foi ou poderá, talvez ser minha um dia. Amar o inimigo é entender que a maldade que eu pressinto no outro está igualmente em mim e não tem por efeito encorajar a agressividade, mas ao contrário, visa contê-la, limitá-la e fazer barreira. Se o outro é a minha imagem, lhe fazer mal será fazer mal a mim próprio. Destruir o outro seria um atentado contra meu próprio “eu”.
Quando nos lançamos sobre o outro com sadismo, ferocidade e ódio, ele já não é mais nosso semelhante, e sim um objeto a mercê de nosso bel prazer.
Na história que o evangelista Lucas conta do Samaritano, levanta-se uma questão: Por que este samaritano esteve tão tocado de compaixão? Por que ele e não os outros, representantes da Lei, que passaram de modo indiferente junto ao ferido? Talvez, simplesmente, porque neste homem ferido à beira da estrada, o Samaritano pode se enxergar. Ele teve a capacidade de se ver no outro. O sofrimento do outro era o seu sofrimento. Deve ser por este mesmo motivo que quando choramos sobre um doente, derramamos lágrimas sobre a imagem de nós mesmos, representado pelo moribundo.
Por outro lado, quando, com conhecimento de causa acusamos o outro de invejoso, estamos simplesmente corroborando que um dia já experimentamos secretamente a inveja, Ao ver ali a nossa frente o indivíduo com este sentimento a aflorar, reprovamos nele aquilo que já foi ou ainda faz parte de nós.
Se o outro não é percebido como nosso semelhante, se o outro não permite mais essa identificação, então surge a indiferença, que pode culminar lá mais na frente com a produção da agressividade.
Para a ontologia do relacionamento humano não importa, talvez, o que Deus é em sua essência, mas sim o que Deus é naquele que pensa diferente de nós. À medida que nos afastamos do outro que nos é estranho, nos distanciamos do verdadeiro “ser”.
O homem só pode corresponder à relação com Deus da qual ele se tornou participante, se ele na medida de cada dia atualiza ou vê Deus no outro e no mundo.
O pensar midiático dos dias atuais tem nos transformados em “estrangeiros” de nós mesmos. Ficamos exilados em nossas próprias casas. Sentenciados a entender os outros e por ninguém ser entendido. Por vezes, deixando a frivolidade errante que leva nossos pensamentos a lugares comuns, às vezes paramos e nos massificamos com o “isto” ou “aquilo”, provocadores de efêmeros gozos. Mas, logo, logo, somos transportados a um deserto, aonde iremos descobrir um raio de silêncio em meio ao infernal tumulto sem sentido do cotidiano. É neste silêncio que começamos a sentir, e ouvir o inominável “estrangeiro” dentro do nosso Ser, que nada mais é, que o nosso outro incomodado pela estranheza da diferença.
“Ao estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás, pois estrangeiro fostes na terra do Egito”. (Êxodo 22: 21)
Ensaio por Levi B. Santos
Guarabira, 08 de dezembro de 2009
O pai da psicanálise, que se debruçou durante toda a sua vida, estudando os meandros da alma humana, achou esquisita essa formulação Neo-Testamentária.
Podemos amar o inimigo? Isso é possível? O amor como algo precioso, se deve gastá-lo com qualquer que não o mereça ─, como àquele que nos é estranho?
Foi o psicanalista Jacques Lacan (1959 e 1960) quem se aprofundou no tema, fazendo uma releitura das obras de Freud (Judeu pelo lado paterno e Cristão pelo lado materno).
Lá onde Sigmund Freud parou, ante o paradoxo do enunciado cristão, Lacan retoma a especulação sobre o amor ao inimigo, afirmando categoricamente: “Amar o seu semelhante é amar a si mesmo; é amar ao outro, mas um outro, que está em mim mesmo, e não somente quando o outro é amável, mas também quando o outro conhece a angústia ou o sofrimento, pois esta angústia já foi ou poderá, talvez ser minha um dia. Amar o inimigo é entender que a maldade que eu pressinto no outro está igualmente em mim e não tem por efeito encorajar a agressividade, mas ao contrário, visa contê-la, limitá-la e fazer barreira. Se o outro é a minha imagem, lhe fazer mal será fazer mal a mim próprio. Destruir o outro seria um atentado contra meu próprio “eu”.
Quando nos lançamos sobre o outro com sadismo, ferocidade e ódio, ele já não é mais nosso semelhante, e sim um objeto a mercê de nosso bel prazer.
Na história que o evangelista Lucas conta do Samaritano, levanta-se uma questão: Por que este samaritano esteve tão tocado de compaixão? Por que ele e não os outros, representantes da Lei, que passaram de modo indiferente junto ao ferido? Talvez, simplesmente, porque neste homem ferido à beira da estrada, o Samaritano pode se enxergar. Ele teve a capacidade de se ver no outro. O sofrimento do outro era o seu sofrimento. Deve ser por este mesmo motivo que quando choramos sobre um doente, derramamos lágrimas sobre a imagem de nós mesmos, representado pelo moribundo.
Por outro lado, quando, com conhecimento de causa acusamos o outro de invejoso, estamos simplesmente corroborando que um dia já experimentamos secretamente a inveja, Ao ver ali a nossa frente o indivíduo com este sentimento a aflorar, reprovamos nele aquilo que já foi ou ainda faz parte de nós.
Se o outro não é percebido como nosso semelhante, se o outro não permite mais essa identificação, então surge a indiferença, que pode culminar lá mais na frente com a produção da agressividade.
Para a ontologia do relacionamento humano não importa, talvez, o que Deus é em sua essência, mas sim o que Deus é naquele que pensa diferente de nós. À medida que nos afastamos do outro que nos é estranho, nos distanciamos do verdadeiro “ser”.
O homem só pode corresponder à relação com Deus da qual ele se tornou participante, se ele na medida de cada dia atualiza ou vê Deus no outro e no mundo.
O pensar midiático dos dias atuais tem nos transformados em “estrangeiros” de nós mesmos. Ficamos exilados em nossas próprias casas. Sentenciados a entender os outros e por ninguém ser entendido. Por vezes, deixando a frivolidade errante que leva nossos pensamentos a lugares comuns, às vezes paramos e nos massificamos com o “isto” ou “aquilo”, provocadores de efêmeros gozos. Mas, logo, logo, somos transportados a um deserto, aonde iremos descobrir um raio de silêncio em meio ao infernal tumulto sem sentido do cotidiano. É neste silêncio que começamos a sentir, e ouvir o inominável “estrangeiro” dentro do nosso Ser, que nada mais é, que o nosso outro incomodado pela estranheza da diferença.
“Ao estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás, pois estrangeiro fostes na terra do Egito”. (Êxodo 22: 21)
Ensaio por Levi B. Santos
Guarabira, 08 de dezembro de 2009
10 comentários:
Muito bom o texto. Amar que nos é agradável é fácil, todos as pessoas tem essa tendência. Difícil amar os inimigos, os estranhos, os equisitos.
Escrevi no meu blog sobre competição que ocorre nas denominações hoje. Como amar no meio dessa loucura. Se quiser conferir, segue o link: http://filhoimperfeito.blogspot.com/2009/11/competicao-santa.html
Que texto Belíssimo!
(Li duas vezes)
Toca no mais profundo da nossa subjetividade de si ser, sentir, pensar e agir.
Na minha analise, resumo o seu texto de relacionar-se com o outro em:
“Toda vez que nos relacionamos com o outro, estamos nos relacionando com Deus – pois Deus esta no outro – e com nós mesmo”.
Mestre Levi, quero dar minha pequena e humilde contribuição diante de tal magnitude textual........
“O inferno são os outros”, afirma Jean-Paul Sartre.
Com toda licença a Jean-Paul Sartre, mas quero re-significar sua frase, dizendo:
“O inferno sou eu para os outros”
Os nossos maiores problemas – tirando as tragédias naturais e acidentais – advêm do relacionamento com o “outro”.
Jesus como ninguém, falou e nos ensinou princípios de se conviver com o próximo.
Inclusive um texto – em minha opinião – distorcido e empobrecido pela unanimidade evangélica, é o de Mateus capítulo Sete:
“Não julgueis, para que não sejais julgados”.
“Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”.
A interpretação comumente aceita é de que, o “não julgueis para não ser julgado”, esta relacionado com Deus.
Ou seja, devemos nos cuida para não julgar os outros, para não sermos julgados e condenados por Deus ao inferno.
Mas eu acredito que, não é bem isso – ou nada disso – de que Jesus se referia.
Aqui, Jesus dá uma aula de princípios e valores relacionamentais:
1-"Não julgueis para não ser julgados":
Não é uma ameaça divina, mas sim uma constatação.
Se julgarmos os outros, os outros nos julgarão.
Não devemos tentar enquadrar, modelar, padronizar os outros dentro de nossas “medidas santas”.
Ou seja, é de um relacionamento com base na reciprocidade.
Se quisermos ser amados, temos que primeira amar.
Se quisermos ser recebidos bem, temos que primeiro receber bem.
Se quisermos amizade, temos que oferta amizade.
Se quisermos carinho, temos que dá carinho.
Se quisermos ser compreendidos, temos que primeiro compreender.
Se quisermos ser perdoados, temos que primeiro perdoar.
2-“E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?”
Antes de olharmos para o defeito das outras pessoas, devemos fazer uma introspecção, e analisarmos a nossa vida.
Podemos estar apontando para o arqueiro do nosso próximo, sendo que em nossos olhos esta uma trave.
Muitas vezes em nossas acusações contra o outro, corremos o serio risco de sermos injustos, pois se não praticamos aquele determinado erro, fazemos outros.
Não podemos nos relacionar com os outros na base da justiça retributiva, do toma lá da cá, mas antes do perdão, se não transformaremos a vida dos outros em um inferno e por conseqüência a nossa também.
Pois ninguém vive individualmente, estamos todos interligados, influenciando e sendo influenciados.
Antes de olharmos para os outros, devemos fazer o constate exercício de olharmos para nós primeiro.
Continua...........
Continuação.........
3-“Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.
Interessante não é mesmo?!
Apesar de todo relacionamento esta fundamentado na reciprocidade, e, antes de querer mudar as pessoas, precisamos mudar a nós mesmos, porém......Jesus nos ensina, que precisamos “tirar o arqueiro do olho do nosso irmão”
Achei fantástico este principio.
O que Jesus esta querendo nos ensinar aqui – em minha opinião – é de que, quando formos tirar o arqueiro do olho do nosso próximo, devemos sempre ir a partir da nossa própria experiência – daí a expressão; tirar primeiro a trave do meu olho, para daí e a parti daí, e só daí, tirar o do meu próximo.
Porque ensinamos o que sabemos, mas reproduzimos o que somos.
Em um aconselhamento, não adianta ir com o monte de versículos bíblicos, frases feitas, chavões religiosos, mas antes, temos que aconselhar a parti das nossas próprias experiências.
Exemplo clássico disso é o perdão.
Como posso ensinar aqueles que estão a minha volta o que diz a bíblia sobre perdão, se eu nunca experimentei?
Não seria isto covardia de minha parte?
Aplicar sobre a pessoa aquilo que nunca vivi?
E mais ainda, que autoridade eu tenho, para falar de algo que não pratiquei?
Se não vivi, ou vivo tal experiência na pratica da minha vida, eu não posso ensinar para as pessoas qualquer conceito teórico.
È muito fácil e cômodo falar daquilo que nunca passei, pois afinal, só sabe o que é perdão, quem já teve que perdoar.
O discipulado de Jesus, não sé dá com cursinho bíblico, mas é feito no chão da existência humana.
4-“Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem”.
Saber a hora de falar, esperar o momento certo para dizer é uma arte da comunicação.
Que principio maravilhoso!
Muitas vezes, o que temos para falar é tão especial, que se falarmos antes do tempo, ou se a pessoa não estiver preparada para ouvir e entender, corremos o sério risco de lançar perolas aos porcos.
Portanto, não basta como falar e o que falar, tem que saber também a hora de falar.
Em síntese, a regra de ouro do relacionamento pessoal é:
“O que quereis que vos faça os homens, fazeis vós também”.
Um abraço Mestre Levi, e obrigado pelo inspirador e reflexivo texto-perola.
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Um dia totalmente quebrado eu entrei numa igreja batista e lá eu ouvi bem essa frase do pastor que era a síntese da mensagem: “ninguém esta longe demais de Deus” isso entrou em min de tal forma que mesmo se eu esquecesse a frase, a Palavra estaria guardada em mim pelo resto da vida.
Ao ver as pessoas assim jamais deixaremos de sentir amor, pois apesar dos desencontros que temos com as pessoas que esbarram em nossas vidas e por mais “indigna” que a julguemos, elas não estão distante demais para Deus, ou seja, o olhar dele esta sobre elas, e isso lhse dá o seu valor.
Ver assim, sentir assim produzira em nos amor real a todos os nossos “desafetos” que encontramos no caminho pela vida. E digo mais, digo da minha propiá experiencia de vida, só assim o amor ao inimigo sera possível.
Olá Gresder!
A racionalização por você executada em seu comentário faz sentido porque ajuda, sobremaneira, na compreensão do “outro”.
Quanto à Psicanálise, quero lhe dizer que ela é uma instância muito importante para que possamos entender a alteridade.
Na verdade, somos autômatos do nosso inconsciente, que nada mais é que aquele “porão” obscuro de onde parte a nossa energia instintual mais profunda. Lá está ele (o inconsciente) a nos comandar, através dos “atos falhos”, dos lapsos, dos chistes., das reações surpreendentes. Ao dormirmos, a censura que age durante o dia, é relaxada, deixando aflorar os sonhos que são a linguagem simbólica dos desejos latentes que por não serem realizados foram depositados no inconsciente, desde a nossa mais tenra idade.
Tudo começou a ser escrito em nós (cristãos) quando fomos expulsos do ÉDEN Uterino, e depois, expulsos do Éden idílico de nossos primeiros anos.
Lá (no inconsciente) estão as ferramentas com que o Deus cristão trabalha: a serpente, a Eva e o Velho Adão e toda a história simbólica do Jardim de delícias, que passou a ser QUEDA e sofrimento, à medida que foi se formando a consciência.
A fé, agora, é o único caminho que nos leva a repensar o Éden, quando tudo era “santa inocência”.
Sentimos saudade desse paraíso, como diz mui apropriadamente o autor do hino da Harpa cristã de número 2 : “Oh que saudosa lembrança tenho de ti ó Sião, terra que eu tanto amo”
Queremos para o Éden voltar (uma prova que em “Adão” estivemos lá), como diz o autor do hino de número 36 da H. Cristã: "Da linda Pátria estou bem longe; cansado estou; eu tenho de Jesus (Novo Adão) saudade.Oh quando é que eu vou?"
A psicanálise não me faz desacreditar em Deus. Ele está lá no meu inconsciente.
“Se O sinto, logo Ele existe”.
Prezado Márcio
O seu longo e emocionante comentário, enriquece sobremaneira o texto por mim postado.
Através da analogia metafórica que farei nesse momento entre a composição musical e a interioridade de cada o indivíduo, chegarei bem perto daquilo que eu queria demonstrar com meu ensaio.
Ao comparar cada indivíduo com uma composição musical, estarei eu racionalizando que cada pessoa, tem lá no fundo a sua música preferida. Reside aí o cerne da questão - “alteridade”: as notas musicais são sempre a mesma em cada ser. O que varia na formação da melodia é apenas a disposição das notas musicais na pauta (partitura).
“Cantar um canto novo”(como diz o autor do Livro de Salmos) é também parar para ouvir a melodia que sai do outro.
Essa música que sai do “outro”, mesmo não sendo sua, deve ser ouvida e reconhecida como a canção do outro, mesmo que o ritmo não lhe agrade.
Abçs,
Levi B. Santos
Então ele postou-se frente ao espelho e entendeu que dizer "eu te amo" para a imagem refletida, era a única maneira verdadeira de dizer "eu te amo" para qualquer um, visto que ao olhar o outro, ele deveria ver a si mesmo.
Beleza de ensaio Levi, abraços calorosos!!
"Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?"
esta foi a pergunta do homem, mas o que ele não esperava, era que Jesus O FARIA RESPONDER a essa pergunta, mas de um pnto de vista diferente.
"...Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira.
Jesus o fez enxergar que o importante não é saber quem é o nosso próximo...mas sim de quem é que nós podemos ser o próximo.
amar ao próximo Levi, é perfeitamente possível, é como se eu ganhasse um violino e mesmo sem nunca ter colocado as mãos em praticasse exaustivamente...certamente algum dia eu iria conseguir extrair daquele pequeno objeto, melodias maravilhosas.
Vou parar por aqui irmão, pois ao contrário do meu irmão Marcio, eu não costumo escrever comentários 4 vezes maior que o próprio artigo rssss...porque não consigo ainda ser tão profundo do jeito que essse menino (Marcio) é.
Fique na paz Levi
Que belo comentário, esse seu, heim Mestre Levi?!
“Ao comparar cada indivíduo com uma composição musical, estarei eu racionalizando que cada pessoa, tem lá no fundo a sua música preferida. Reside aí o cerne da questão - “alteridade”: as notas musicais são sempre a mesma em cada ser. O que varia na formação da melodia é apenas a disposição das notas musicais na pauta (partitura).”
Realmente, saber se ouvir é também saber ouvir o outro.
Agora em relação a amar o outro de verdade, acredito ser uma longa e demorada construção em que, cada dia que passa, vai-se aprendendo e aperfeiçoando o amor.
Lendo o seu comentário ao Gresder, me deu saudades da minha velha e querida Assembléia.
Foram tantos hinos da harpa belíssimos, que cresci e aprendi a gostar que lendo os trechos dos hinos que tu escreveste, gerou-me uma nostalgia.
Bem, vou parar por aqui, por que se não, como disse o meu sócio Edson Moura, eu me empolgo tanto, que às vezes escrevo comentários mais longos do que a própria postagem do autor do blog. rsrsrsrsrs
É que não sou tão profundo que nem ele – Edson Moura – e outros – Gresder, Eduardo, Levi e etc – são, pois a verdadeira profundidade esta em escrever pouco mais objetivo, como os maiores pensadores que em uma única frase conseguem reunir e sintetizar um pensamento.
Um abraço
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
1 João 4:20 Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?
É complicado, essa questão de amar o inimigo, amar o estranho.
Observações feitas durante minha existência, percebi que em tudo o que condenei o próximo, passei por experiência parecida.
Fui provada, só para mostrar se eu faria diferente, constatei, na maioria das vezes, que faria igual; daí aprendi a lição.
E sobre ajudar o inimigo, vivi também a experiência de ter que ajudar o inimigo acidentado.
Daí eu olhei para mim mesma... e pensei, eu ainda pensei se eu deveria ajudar, era um ser humano ferido; eu ajudei.
Mas me coloquei a pensar em que tipo de ser humano eu era, que tipo de pessoa eu era.
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