19 novembro 2010

“NEGAR A SI MESMO” — O QUE É?!



Jesus dizia a todos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo...” -- Lucas 9:23


Debrucemo-nos sobre a verdadeira idéia do que seja o “negar a si mesmo”, a fim de tentarmos compreender esta solene e profunda constatação do Mestre dos mestres.

A maioria das interpretações que se faz no meio religioso coincide em traduzir essa expressão dita por Cristo como se ela quisesse significar a negação e conseqüente repressão da satisfação de todos os apetites carnais, ou desejos instintivos, que quase sempre são considerados como inclinações para o mal. Tudo isso corrobora com aquilo que estava dentro dos limites da lei de Javé, e que para não ir contra a “lei de do amor de Deus” ou o amor aos homens, deveria ser negado.

Conta o mito que o jovem Narciso, belíssimo, nunca tinha visto sua própria imagem. Um dia, passeando por um bosque, encontrou um lago. Aproximou-se e viu nas águas um jovem de extraordinária beleza e pelo qual se apaixonou perdidamente. Desejava que o jovem saísse das águas e viesse ao seu encontro, mas como ele parecia recusar-se a sair do lago, Narciso mergulhou nas águas, foi ás profundezas á procura do outro que fugia, morrendo afogado. Narciso morrera de amor por si mesmo, ou melhor, de amor por sua própria imagem ou pela auto-imagem".

O narcisismo é o encantamento e a paixão que sentimos por nossa própria imagem ou por nós mesmos, porque não conseguimos diferenciar um do outro. Freud criticava a humanidade em geral, pois nela, ele vislumbrava o narcisismo, essa bela imagem que os homens possuem de si mesmos, como seres ilusoriamente racionais e com a qual estiveram encantados durante séculos.

Nietzsche defendia que havia duas negações, quando assim escreveu: existe a negação que encerra em si mesma a minha imoralidade. De um lado, eu nego um tipo de homem que até agora tem sido considerado como superior: o dos bons, dos benévolos, dos caridosos; de outro, contradigo uma espécie de moral que chegou a adquirir a certa preponderância, chamada mais claramente de a moral decadente, a moral cristã”.

O psicanalista Jurandir Freire via a presença do narcisismo no cristianismo, quando assim falou em uma entrevista concedida em 2003: “o pedido do tipo “seja tão perfeito quanto um dia você foi antes da queda” explica bem o funcionamento narcísico, o nosso velho e bom funcionamento narcísico. Eu diria quem dera que a gente continuasse nele em certos aspectos. Então eu sofria porque eu tentava decifrar o outro, e sofria ou então queria me transformar, e não sabia que eu chegava a um estado de perfeição que só podia imaginar como sendo da plenitude narcísica, que um dia eu havia tido”.

Ser um Narciso é ser alguém que está sempre se olhando concentrado em um espelho, e sua vida parece consistir em procurar unicamente seu reflexo no olhar dos outros. O outro não existe como indivíduo, mas apenas enquanto espelho. É bem verdade que muito do que passamos em nossas crises existenciais tem ligação com o narcisismo.

O embevecimento com a própria imagem levou Narciso a morrer afogado em “si mesmo”. Quando o desejo egóico de afirmar-se como o centro do universo, de ser reconhecido e admirado por todos, de ser o primeiro e o único, é sempre levado à frente em detrimento do outro, esse ser humano se isola, definha e morre em sua própria solidão.

P.S.: Diante do que foi exposto, ficam aqui, três questionamentos dirigidos aos leitores que se interessarem em fazer uma profunda reflexão sobre o que seria que Cristo queria dizer com essa emblemática expressão: “NEGAR A SI MESMO”.


1.O “Negar a si mesmo” (dito por Cristo) seria o mesmo que reprimir os desejos profundos e intrínsecos de nossa natureza em benefício de algo maior?

OU

2. Esse “Negar a si mesmo” significa simplesmente dizer NÃO ou um BASTA a esse encantamento narcísico, a essa bela imagem que fazemos de nós?

OU

3. Esse “Negar a si mesmo” diz respeito ao reconhecimento do nosso lado SOMBRA que, inconscientemente, projetamos no outro? Nesse caso, o “não negar a si mesmo”, seria o mesmo que não admitir o fato de que o comportamento “estranho” do outro, reflete o nosso eu interior coberto pela máscara social?

OBS: Para melhor entendimento, essa terceira opção poderia ser resumida da seguinte forma:

3. Será que esse “negar a si mesmo” não seria o reconhecer que o nosso eu interior está coberto pela máscara social?


Ensaio por Levi B. Santos

Guarabira, 19 de Novembro de 2010

41 comentários:

Esdras Gregório disse...

Levi acho que no sentido filosófico, o negar a si mesmo é o negar a nossa vontade de queremos sermos o nós mesmo imaginado e não o nós mesmo real.

O nós mesmo imaginado é aquele que tudo pode, tudo faz, que se vinga impunemente, que não tem limites na fertilidade da imaginação de empreendimentos e façanhas, que tem todo poder, é que é só poder sem fronteiras, esse é o nosso eu mesmo imaginado, e cultivado em nosso mais profundo desejo de Ser.

Já o negar a si mesmo conforme Jesus queria se fazer entender, eu não sei, a não ser como os cristãos entenderam até agora.

Esdras Gregório disse...

1.O “Negar a si mesmo” (dito por Cristo) seria o mesmo que reprimir os desejos profundos e intrínsecos de nossa natureza em benefício de algo maior?

A meu ver isso é impossível, esse negar seria aniquilação total e não repressão, pois o que é intrínseco é parte escencial da integridade do conjunto.

OU

2. Esse “Negar a si mesmo” significa simplesmente dizer NÃO ou um BASTA a esse encantamento narcísico, a essa bela imagem que fazemos de nós?

Sim! Razoável, creio ser possível des-focar-se de nós mesmo, ao menos de forma consciente, pois como base estrutural e inconsciente ainda seremos o centro absoluto de nosso universo.

OU

3. Esse “Negar a si mesmo” diz respeito ao reconhecimento do nosso lado SOMBRA que, inconscientemente, projetamos no outro? Nesse caso, o “não negar a si mesmo”, seria o mesmo que não admitir o fato de que o comportamento “estranho” do outro, reflete o nosso eu interior coberto pela máscara social?

Aqui parece que você concluiu e não necessariamente levantou um questionamento. Tem como Levi você reformular claramente a pergunta sem nós induzir a uma resposta pronta rsrs.

Levi B. Santos disse...

GRESDER

Tentarei deixar mais clara a terceira pergunta,resumindo-a:


Será que esse “negar a si mesmo” não seria o reconhecer que o nosso eu interior está coberto pela máscara social?

Eduardo Medeiros disse...

Levi, que bela reflexão.

sinceramente não tenho cacife para adentrar aos recantos psicológicos de Jesus mas posso dar a minha visão a partir da teologia e do tipo de espiritualidade de Jesus conforme vejo nos evangelhos mas já escolhendo a última das opções por eu achar mais próxima à abordagem teológica e espiritual que eu faço.

Jesus não era moralista nem legalista, isso é óbvio e fica patente no constraste em diversas passagens principalmente em mateus em que ele confronta essa atitude nos fariseus.

não dá prá saber se de fato essa era historicamente a posição de jesus ou se é apenas reflexo da comunidade de mateus formada por judeus e que enfrentava resistência dos fariseus à nova seita que surgia:o culto a um ressuscitado.

mas partindo somente do texto, acredito que jesus está dizendo: "até agora vocês mantiveram o povo dentro do limite apenas da letra da lei, da meritocrácia, e o Reino que eu proponho é para os mendigos, os párias, os esquecidos pela religião e pelo sistema opressor que a religião da elite judaica tinha se transformado."

e a crítica principal de jesus era exatamente essa terceira opção que você propõe, afinal, ele compara fariseus a sepulcros caiados, belos por fora e podre por dentro, ou seja, a máscara da perfeição religiosa era o alvo principal de jesus.

bem, fico daqui esperando as suas devidas correções...rssss

Helio disse...

Entrei por acaso nessa pagina e achei muito interessante o questionamento.
Apenas como curioso, comentaria que, na minha opinião, o "negar a si mesmo" é algo como o ser humano (decaido da Origem, como alguém diz no texto)deixar a sua vontade -- que geralmente é invertida -- e voltar-se à vontade Universal, Original, Verdadeira, anterior à queda.
Tanto assim que na oração mais usual cristã, o Pai Nosso, diz-se "seja feita a sua vontade" ( e não a minha, do ser humano, da sociedade, que possivelmente está/é invertida -- basta ver a destruição que a atual humanindade faz consigo própria, com a sociedade.
Ab
Hélio

Levi B. Santos disse...

EDUARDO

Oportuna e inteligente a sua abordagem teológica e espiritual, confirmando inequivocamente o que a psicanálise define à respeito do "negar a si mesmo", dito por Cristo.

P.S.: Estou pressentindo que daqui a pouco a nossa amiga Guiomar, vai aparecer para negar veementemente que Jesus tenha feito tal exercício: o de "negar a si mesmo"(rsss)

Levi B. Santos disse...

HÉLIO

Primeiramente quero agradecer a sua visita e a sua observação sobre o tema postado.

Você assim escreveu em seu comentário:

"...na minha opinião, o "negar a si mesmo" é algo como o ser humano (decaido da Origem, como alguém diz no texto)deixar a sua vontade -- que geralmente é invertida -- e voltar-se à vontade Universal, Original, Verdadeira, anterior à queda".

Como você vê a realização do exercício de "Negar a Si Mesmo" pelo próprio Cristo?

Abraços,

Levi B. Santos

Levi B. Santos disse...

EDUARDO

Uma vez que você traduziu o "Negar a si mesmo" como o mesmo que "reconhecer que o nosso eu interior está coberto pela máscara social? -

Gostaria de ver a sua elucidação teológica-espiritual sobre como fica a situação de Cristo, pois pelo que aprendemos na nossa madre igreja, Jesus não possuía máscara social? (rsss)

J.Lima disse...

Bom meus amigos.
Aká estou... rsss

O mestre Levi mexeu com minha veia psico-teológica. Deixe me tentar fazer um comentário colocando um pouco de filosofia nesse caldo grosso de reflexão psicanalítica! Hahahhaahaha

Ao ler essa sua reflexão realmente ficou feliz em poder ler esse texto numa óptica que não tinha antes.

Há muito tempo eu não aceitava a interpretação tradicional da negação a si mesmo, como um mandamento de alguém tão sublime como Jesus.

O negar a si mesmo da ortodoxia cristã, é uma fuga, é a expressão niilista de negar o presente (vida) em busca de outra (céu). Tem sua nascente na filosofia platônica, de que o mundo dos sentidos estão em oposição ao mundo ideal (metafísico).

(escrevi um artigo não se você leu com o tema: “a influência de Platão na teologia de Paulo. “Obs: aprendi com o Gresder e o Marcio esse mal habito de fazer propaganda no blog do amigo. Hahahahahahahahah).

Agora essa sua interpretação é digna do mestre que você é:

“3. Esse “Negar a si mesmo” diz respeito ao reconhecimento do nosso lado SOMBRA que, inconscientemente, projetamos no outro? Nesse caso, o “não negar a si mesmo”, seria o mesmo que não admitir o fato de que o comportamento “estranho” do outro, reflete o nosso eu interior coberto pela máscara social?”

Para mim, essa seria a interpretação que condiz com todo o contexto biográfico de cristo relatado nos evangelhos.

Sinceramente essa interpretação apazigua a fúria dos chamados cavaleiros do anticristo: “Freud, Nietsche e Marx”.

Os três têm em comum justamente a fúria pelas seguintes razões:

Para Freud: A fuga do homem está que ele não entende o seu psiquismo inconsciente, por isso ignora que seus atos conscientes são impulsos inconscientes.

Para Nietsche: A fuga está em que toda a moral foi construída na gramática, não existe um sujeito “eu” muito menos um verbo de ação “penso”, logo, corpo-alma ou espírito como pedagogia cristã, é uma construção errônea, o que existe é a vontade de potência e a negação dessa vontade como imposição do “rebanho”, para a manutenção da sobrevivência.

Para Marx: A fuga do homem está em que ele não tem consciência de que ele é dominado por uma força de classes, existe uma força dominante na organização da sociedade é que o ambiente social em que o homem vive, inconscientemente vai determinar a sua forma de agir e reagir na sociedade. Logo o modelo social em que o cidadão emerge, de certa forma determina a sua maneira de viver.

Continua....

J.Lima disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
J.Lima disse...

Levi, todos os três tem um ponto em comum:

“Atacam a estrutura da superioridade do homem em relação a natureza”. Essa epistemologia cristã tem origem no mito do gênesis, que faz não só uma dicotomia entre homem e natureza, mas coloca o homem acima dela”.
Veja que ao colocar o homem como superior a natureza (meio ambiente externo), houve reflexo, causando outra separação: “o homem interior (alma-espirito), superior as carne (corpo, sensações). Então o “negar a si mesmo”, ganhou uma “projeção inconsciente”, da primeira separação.

Ao instituir a primeira, a segunda pulsa como uma necessidade inconsciente da primeira. (faz sentido? rsss).

Ai sim percebemos, que o “negar a si mesmo”, tem inconsciente justamente a gênese teológica de que o metafísico (alma-espirito-sentimentos), são superiores ao corpo. Dai negar a si mesmo seria suprimir os desejos. Na teologia de Paulo (espírito x carne) para alcançar o céu. Em Platão negar o mundo fenomenal (sensível, desejos, corpo) para alcançar o noumenal (ideal, espiritual, metafísico). No espiritismo alcançar o carma, no budismo alcançar o nirvana, no hinduísmo imergir no Brahmam.

Negar a si mesmo na sua interpretação psicanalítica vai contribuir para minhas reflexões. Essa interpretação explica o porquê às falhas dos outros me incomodam tanto! Hhahahahahahah.

Negar a si mesmo realmente é olhar para o que incomoda no outro e saber que são reflexões do nosso olhar no espelho, só conseguimos nos ver através do filtro no outro. Tudo isso com base no juízo pré-estabelecido pela sociedade, que colocou uma máscara modelo, e todos devem se encaixar nela. Ignorando que cada rosto tem formato diferente, portanto qualquer modelo universal é relativizado pela dimensão do rosto de cada um.

(Você me deu um flash de inspiração vou me aprofundar nesse comentário-texto e fazer dele um texto. Rsssss)

Valeu
Abraço a todos os amigos confrades.

Anônimo disse...

Mestre LEVI,

Eu achei maravilhoso este artigo!

E sinceramente...estou a "digerir" minuciosamente cada fragmento aqui escrito, para fazer-me entender melhor este dito de Jesus "negar a si mesmo"..

Eu penso, que negar a nós mesmos...seria, olharmos para nós e olharmos para o próximo - nesta separação de olhares - percebermos que se formos egocêntricos nada acrescentaremos ao mundo...vamos viver uma vida de solidão..e perceberemos também, que se olharmos demais para o próximo, sendo altruístas ao máximo, então deixaremos de viver para viver em função ao outro.

Ou seja, negar a nós mesmos..seria, sairmos do campo EU e anamlisarmos TUDO o que está ao nosso redor...

Se estivermos que agir de forma errada, é recuar...

Se tivermos que deixar de amar nós mesmos, para amar o outro em excesso, é balancear..

Se contemplarmos de mais a nossa beleza...vamos sermos indiferentes...ou se contemplarmos só a beleza do próximo, vamos sermos depressivos, com auto-estima baixíssima...enfim, perderemos o FOCO da vida..que é VIVER e VIVER!

Negar a si, é negar tudo aquilo que nos impede de dar um passo adiante.

Eu tentei rsss..

Beijos querido!

Eduardo Medeiros disse...

putz, depois desse comentário do JL que eu só entendi pela metade kkkkkkkkkkkkkk vou dizer mais o quê, Levi????????

levi, sua pergunta

"Uma vez que você traduziu o "Negar a si mesmo" como o mesmo que "reconhecer que o nosso eu interior está coberto pela máscara social? -

Gostaria de ver a sua elucidação teológica-espiritual sobre como fica a situação de Cristo, pois pelo que aprendemos na nossa madre igreja, Jesus não possuía máscara social? (rsss)"

taí uma bela questão..

continuando na minha linha reflexiva teológica, poderíamos dizer que a mesma máscara que Jesus via no ensino dos fariseus ele também possuía(não podemos esquecer que jesus foi um judeu,iniciado na torá aos 12 anos como todo bom judeuzinho e tinha em si com certeza desde a juventude o modo de lê-la e aplicá-la dos fariseus).

mais aí está a singularidade de Jesus. ele percebe-se também com tal máscara farisáica dentro de si, tem uma "revelação" de que aquele não é o espírito da torá e parte para a sua missão messiânica de trazer à luz não somente a letra da torá, mas seu espírito, fazendo assim primeiramente uma faxina em seus próprios conceitos e máscaras interiores para então denunciar a máscara dos fariseus.

caracoles, Levi, fui escrevendo conforme ia saindo...taí a minha tese sobre a questão kkkkkkkkkkkk

por favor, novas correções!!!!

J.Lima disse...

O Eduardo?
O que é isso se você entendeu pela metade como ficarão as cabecinhas do Gresder e do Marcio os dois caçulinhas na reflexão? Hahahahahahah. (demoro a comentar e quando comento ainda fico zuando os meninos)
Mas tudo bem se não entendeu realmente ou está zuando não sei contudo me coloco a disposição para explicar se alguém não entendeu ok? rsssss
Olha tentei fazer uma retrospectiva do pensamento teológico, no mito do Genesis.
Agora acredito Edu que você fez uma interpretação que eu como professor de teologia não consegui fazer que foi esse exímio comentário:
"mas partindo somente do texto, acredito que Jesus está dizendo: "até agora vocês mantiveram o povo dentro do limite apenas da letra da lei, da meritocrácia, e o Reino que eu proponho é para os mendigos, os párias, os esquecidos pela religião e pelo sistema opressor que a religião da elite judaica tinha se transformado." (Comentário Eduardo)
Essa hermenêutica está dentro dos padrões histórico e cultural, que até mesmo os mais ortodoxos não podem deixar de aceitar essa realidade. Na minha opinião você autenticou a teoria do mestre Levi com maestria!
Parabéns.

Marcio Alves disse...

LEVI

Na minha opinião, tanto o JOTA como o DUZINHO, estão tentando “salvar” Jesus e a sua posteriori compreensão fundamentalista de perder a vida aqui e agora, para ganhar outra lá e depois, fazendo assim, uma re-leitura re-significadora das palavras de Jesus, que é muito útil por ser uma contextualização, mas que a meu ver, não condiz com o paraiso historicamente interpretado e ensinado pela igreja.

Apesar de todo esforço e ginastica intelectual atual para dar uma nova cara e roupagem para as palavras de Jesus, escapando assim das criticas tão vementes e verdadeiras dos “cavalheiros do anti-cristo”, o que tem peso maior de autenticidade é sim, a historica e tradicional interpretação, embora não seja valida e humana para nossos dias de hoje, que mais se aproxima dos ditos de Jesus, pela razão obvia e logica de que ser historica e tradicional.

(Toma essa JOTA. Rsrsrsrsrsr)

obs: não entendo uma coisa JOTA...qual o sentido de você continuar indo e pregando na igreja, se você é praticamente um ateu da fé e religiosidade cristã????

Será pela gloria de ser visto e ouvido pela multidão???

(huummmmmmmmmm!!!!!! Descupa ai se dei uma direta de esquerda no seu estomago. Kkkkkkkkkkkk)

Marcio Alves disse...

Outrossim.........não podemos esquecer que não foi somente Paulo a ser influenciado pela metafisica de Platão, mas Jesus também.....ou vai dizer que não foi, heim JOTA e DUZINHO??????

Levi B. Santos disse...

MARCIO

Você falou, falou, e esqueceu de comentar o meu texto, sobre a expressão: "Negar a si mesmo".

Responda-me: porque você preferiu se deter nos comentários?

É, Freud explica... (rsrss)

Aqui pra nós: pode dizer o que não gostou, o que não concordou. Estamos em casa (rssss)

J.Lima disse...

Marcio menino!
Olha ai querendo apavorar é?
Hahahahahah.
(Levi me permita dar umas palmadas nesse menino levado?)

Bom quanto a sua acusação em forma de pergunta, que na realidade foi mais uma afirmação.... Repondo:

Não atuo na esfera de "verdade ou mentira", dentro dos preceitos da epistemologia ocidental. Para Min, Jesus continua sendo o mesmo, visto que a sua dimensão de verdade é na minha modesta opinião MITOLÓGICA.

Então não preciso me afastar das pessoas que crêem nele da forma tradicional, pois nas mensagens que prego não entro nessa bobagem de DOUTRINAS CONFESSIONAIS e sim em VERDADES EXISTENCIAIS que se concretizam no CORPO-TEMPO- ESPAÇO- HISTÓRIA.

Portanto toda mensagem que de significado a vida, e a preserve como o bem maior, e toda reflexão que parte da existência como base ontológica, é hermenêutica válida.

Você meu querido Marcio, critica muito a religião, mas ao desprezar as verdades que delas são ventiladas como arquétipos do inconsciente humano, torna-se um ORTODOXO DO LIBERALISMO. Ou seja outra forma de ortodoxia, tem o mesmo DNA dos ortodoxos fundamentalistas, visto que a marca de ambas é o “ pré conceito para aceitar as verdades do outro, visto que o outro olha duma óptica diferente da minha”!(não estou bravo não viu, é só na escrita! Hahhahaahahah).

Toda verdade é verdade, seja dos ortodoxos, fundamentalistas ou liberais. Todas as religiões tem verdades e nenhuma tem “a verdade”, por isso convivo muito bem com as verdades de todas elas, mas não convivo bem com nenhuma que apresente “a verdade”.

Prefiro Jesus, e o adoro como Deus, pelo fato dele ter se colocado como “a verdade” que está na frente do caminho e atrás da vida. Pois no caminho toda verdade pode ser relativizada, e nenhuma delas vale mais do que a vida, pois a única verdade que vale mais do que a vida é aquela que leva quem crê viver por ela, e nela encontrar sentido para direcionar toda a sua existência.

Se tiver mais alguma pergunta terei o imenso prazer de o responder ok? (sinto muito ter que lhe dar essas palmadas, acredite doeu mais em min do que em você!
Hahhahahaahhh)
Abraço.

J.Lima disse...

Levi?
Você que é psicanalista eu apenas leio um pouco...

Qual seria o recalque do menino Marcio... Veja que ele não comentou o artigo, mas preferiu contestar Eu e o Eduardo...

Seria uma projeção inconsciente das pessoas que ele muito admira e quer ser quando crescer...

hummmmmmmmmmmmmmmm
Sei não, veja, eu e o Eduardo somos os mais próximos da idade dele no futuro...

Ou seja, ele ainda vai percorrer o nosso caminho, contudo os que estão mais próximos na idade são justamente Eu e o Eduardo....

Mestre Levi, que análise você faria, FREUD OU JUNG?
Hahahhahahahahahah

Quero arriscar mesmo não sendo psicanalista, isso é ADMIRAÇÃO RECALCADA ele olha para o Edu e para min, e no seu inconsciente pulsa o desejo de chegar em nosso nível...

Como ainda falta muito, então ele ventila uma espécie de "fúria", que na realidade esconde uma grande admiração? Hahhahahaahahahahahahah
Essa foi uma de direita no estomago em Marcio?

Levi B. Santos disse...

Prezado professor e amigo J. Lima

Suas fenomenais inserções vão ficar nos anais da Confraria. Elas vieram aprofundar de forma extraordinária o tema que trouxe à tona: “O Negar a si mesmo”.

“Na minha opinião, tanto o JOTA como o DUZINHO, estão tentando “salvar” Jesus” — disse Marcio.

Ora J. Lima, depois do Marcio ter escrito o período acima, fica claro que ele ficou impossibilitado de responder as perguntas que eu efetuei sobre o “Negar a si mesmo” do Nazareno do qual ele se defende. (rsrss)

Nele (Cristo) eu vejo a chave do desejo. Esse desejo é o Verbo que se fez palavra para ir ao encontro do desejo do outro.
Jesus com suas palavras desculpabiliza o homem de seus desejos recalcados e canibais.

“O imprevisível, o inédito, é talvez esse Reino do qual Jesus fala, e do qual certamente faz parte todo nosso ser, onde imerge a porção inconsciente de cada um” — disse a psicanalista da Escola Lacaniana, Françoise Dolto, em seu estupendo livro: “A Fé à Luz da Psicanálise”

Abraços,

Marcio Alves disse...

LEVI

Desculpe por não ter comentado o seu texto, mas é que o JOTA chamou o GRESDER e eu para briga, agora vai ter que agüentar. Kkkkkkkkkkkkkk

Outra coisa, como os comentários abordam o texto, ao comentar os comentários, estou de certa forma, comentando o texto. Rsrsrsrsrsrsrs


JOTA

Primeiramente você não respondeu meus dois comentários feitos, onde levanto objeções as suas interpretações do que Jesus quis dizer sobre “negar a si mesmo”.

Segundo, você foi no mínimo covarde, pois ao ver que não tinha argumentos a altura da minha critica, atacou o autor e não as idéias do autor. (no caso eu) kkkkkkkkkkkkkk

Isso me leva ao terceiro ponto mais critico de minha analise:
Você se preocupou demais defender sua imagem, de tal maneira que se esqueceu do nosso debate, pois eu escrevi um comentário inteiro sobre o assunto, e só no final eu coloquei uma pequena observação sobre sua motivação de continuar vivendo uma vida inautêntica de religioso, por causa do STATUS QUOR que a religião confere aos indivíduos, principalmente lideres e pregadores como você – a menos que você esteja como muito pastor por ai...que por não ter competência e capacidade de arrumar um trabalho e ralar para valer, se vale da comodidade e facilidade de ganhar dinheiro “fazendo a obra de gezuis”. hahahahahahahhaahahha

Vixiiiiiiii arrebentei geral. Kkkkkkkkkkkkkkkk

Desculpa ai JOTA seu coloquei o dedo na sua ferida. Hahahahahahahahahha

Abraços e volta logo pra confraria que lá é o seu lugar.

guiomar barba disse...

Levi,

Fui observar o texto em versões diferentes, mas não me acrescentaram nada. No entano, vejo uma lógica em entender que Jesus se referia realmente a tudo que era carnal no sentido pecaminoso. Veja quais são as obras da carne, segundo Gálatas 5.19-26. Não são pecados que atingem somente aos que os cultivam, mas ao seu póroximo, e em em potencial.

Abraço amigo.

Levi B. Santos disse...

GUIOMAR


Pelo seu último comentário, deduzi que você ficou com essa primeira opção, estou certo ou errado?:

1.O “Negar a si mesmo” (dito por Cristo) seria o mesmo que reprimir os desejos profundos e intrínsecos de nossa natureza em benefício de algo maior?

A resposta SIM a esse quesito implica em uma pergunta:

Jesus reprimia os seus "desejos carnais"?

J.Lima disse...

Marcio.
olha eu atuo sim na igreja, mas diga-se de passagem não é igreja templo, mas no templo me dedico as pessoas. A Eklesia,talvez você não saiba, mas o GRESDER sabe que eu sequer sou bem visto na igreja, justamente por manter minhas convicções. Na realidade sou colocado de lado, os grandes eventos da igreja meu nome é citado mas sempre é cortado. Entende, então, estou na igreja por causa das pessoas, dentro dela eu posso contribuir para aliviar o fardo pesado que muitos levam!

Olha tenho formação de MESTRE EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO, talvez por isso consiga dialogar com outras vertentes da existência humana.

Marcio não posso jogar a água do banho junto com a criança, o que vou ganhar me alienando das pessoas, só porque pensam diferente de min.

Jesus não concordava e repreendia o farisaísmo, contudo ao ser convidado ia almoçar na casa dos fariseus. Isso não fazia de Jesus um interesseiro, ou hipócrita, pelo contrário, enobrecia ele, pois as diferenças não podem afastar as pessoas.

Quanto ao trabalho, não vivo da igreja, não sou assalariado, trabalho numa escola TEOLÓGICA INTERDENOMINACIONAL,tem uma abertura maior na reflexão teológica e ganho um salário suado, sou diretor pedagógico, mas trabalho desde a parte de escritório, escrever livros didáticos, e até na faxina quando precisa.

Na realidade Marcio, houve uma época na minha vida que somente tive a oportunidade de estudar na área de TEOLOGIA, então aproveitei o momento e fiz MESTRADO EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO.

Realmente hoje muita coisa mudou, não acredito em muitas coisas que acreditava, contudo consigo amar as pessoas que pensam diferente de mim, ou crêem no que eu não mais creio.

Esse ano vou fazer CIÊNCIAS SOCIAIS na UNIVERSIDADE METODISTA, e sinceramente depois de terminar pretendo fazer um mestrado numa das áreas de CIÊNCIAS SOCIAIS e realizar o meu sonho de ser um PROFESSOR UNIVERSITÁRIO. RSSSS.

Não me julgue, acredite, reconheço que sou instável, minha fé oscila, mas teimo em continuar crendo!

Ainda acredito no evangelho, para mim não há outra filosofia de vida que ofereça uma ética mais acurada do que a mensagem de cristo.

Vou ler as suas questões ok? e depois volto a comentar.

J.Lima disse...

Marcio outra coisa acho que você se equivocou ao me chamar de "pregador", não sei em que termos você definiu essa palavra, mas não sou pregador, ministro palestras para jovens, atuo na área do ensino, minha pedagogia é bem didática. Não sou pregador desses que andam de cidade em cidade pregando em eventos não ok? (nunca sequer foi em comboriú rssss se fosse iria para as praias.Hahahah).

Levi B. Santos disse...

MARCIO


“...só no final eu coloquei uma pequena observação sobre sua motivação de continuar vivendo uma vida inautêntica de religioso, por causa do STATUS QUOR que a religião confere aos indivíduos, principalmente lideres e pregadores como você” ( Márcio)

Não tenho nenhuma dúvida de que o conhecimento ou saber confere “poder” a quem o tem. Pode até ser que o fato do indivíduo conhecer a dinâmica do saber em relação ao que não tem, num primeiro momento, confira-lhe uma sensação de Status.

Eu perguntaria: “De que valeria o empenho do saber se se assegurasse que fosse apenas para sobrepujar e oprimir o outro?

Apesar de vivermos numa sociedade (aqui eu incluo a igreja) que convencionou o SABER como um poder SOBERANO, para dominar o outro, não podemos negar que CRISTO inverteu essa ótica. Cristo foi tido como louco, quando usou o seu saber para ser SERVO e não SOBERANO.

Que Reino é esse que aquele que tem o poder do conhecimento se debruça para lavar os pés dos seus seguidores, como fez Cristo?
Nenhum “Rei” ou dono do SABER, fez isso antes. Cristo nunca usou o poder da sabedoria para sujeitar o outro.

Entendo que o J. Lima ao fazer essa citação; “Olha tenho formação de MESTRE EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO, talvez por isso consiga dialogar com outras vertentes da existência humana”, — ele, simplesmente quis dizer que o prazer maior pela consecução do conhecimento não seria o de ser usado como benefício NARCISISTA, mas em prol do outro, em prol de sua inclusão no mundo do saber, e não como arma para mostrar e denunciar a sua exclusão.

Eu te entendo Márcio, porque já passei por essa fase, fase essa, que eu sei que é imprescindível para o nosso CRESCER. Quando eu falo crescer, digo no sentido de mergulho nesse abismo tremendo que é o enigmático e obscuro oceano denominado – INCONSCIENTE.

Um forte abraço, mano

Guiomar Barba disse...

Levi, rsrs

Se os desejos da minha carne houvessem sido apenas reprimidos, te garanto que eu jamais estaria abraçando a fé em Jesus. Sou livre!
Digo como meu filho de 17 anos, recém completados: Não deixo de fazer nada por medo ou que eu não tenha convicção que só me trará prejuízo. Não acredito em um Deus castrador. Creio em um Deus que quando me aconselha a não fazer algo, é porque sabe que as consequências não me serão benéficas, ainda que tenha um colorido tentador. Faço tudo que gosto e posso e me sinto bem.

Quanto a Jesus, eu não lí que Ele desejasse nada pecaminoso...

Beijo.

Levi B. Santos disse...

GUIOMAR

"Quanto a Jesus, eu não lí que Ele desejasse nada pecaminoso..." (Guiomar)


"Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência."
(Tiago 1,14)

Segundo Tiago, ser tentado é ser atraido e engodado pela própria concupiscência.

A atitude que nos faz negar que Cristo foi tentado (vontade de pecar), tira dele toda a ambivalência e ambiguidade que caracterizam o humano.

Todo espírito que diz que Jesus, veio em carne é de Deus (I João 4:2)

É grande o mistério que impede o crente de entender isso.(rsrss)

J.Lima disse...

Levi seu comentário:

“Entendo que o J. Lima ao fazer essa citação; “Olha tenho formação de MESTRE EM CIÊNCIAS DA RELIGIÃO, talvez por isso consiga dialogar com outras vertentes da existência humana”, — ele, simplesmente quis dizer que o prazer maior pela consecução do conhecimento não seria o de ser usado como benefício NARCISISTA, mas em prol do outro, em prol de sua inclusão no mundo do saber, e não como arma para mostrar e denunciar a sua exclusão”.

Você tem razão, realmente há duas formas de fazer alguma coisa quando está no meio do sistema religioso:

0 1º É se revoltar e sair e tentar transmitir o conhecimento a parte do povo, longe dos que poderia lhe ouvir.

Essa atitude tem o ponto negativo que é “ao ser ouvido já ter nas entrelinhas o pré-conceito de quem o ouve.

Isso porque, vai contra o argumento de quem fala, vai contra o argumento de quem o ouve. E se quem ouve já sabe disso, devido a pessoa estar de "fora", mesmo querendo o bem de quem ouve, eles se perguntam:
“se quer o meu bem porque se afastou de min?”

O 2º É se ficar no sistema mesmo estando fora dele no tocante as ideologias, nesse caso, pelos que podem me ouvir, ouvem com maior crédito, afinal estou com eles, e tento trazer uma mensagem mais libertadora, fazendo uma simbiose entre a teologia e outras ciências.
Claro que há conflitos, mas é necessário sabedoria, pense comigo se não é verdade:

“Quando as pessoas o aceitam, o envolvimento emocional de aceitação desbloqueia o processo cognitivo, as pessoas o ouvem não pelo que você fala, mas por aceitar quem fala ao passo que quando vou falar para alguém e a pessoa me rejeita, ela não consegue ouvir o que falo antes de ouvir a fala a pessoa ouve quem fala” (essa síntese expressa se não estou enganado a teoria foi de Pichon Riviere).

Não critico quem sai, mas também entendo quem fica todas as pessoas que são importantes na minha vida fazem parte do sistema, e sequer tem consciência de como funciona a estrutura da religião em suas dimensões psico-social.

Se estou no circulo religioso estou por causa das pessoas, e como disse antes, creio realmente que o evangelho é a mensagem mais contextualizada para o homem moderno, para isso bastar re-ler os evangelhos com a lente do terceiro milênio, fazendo sempre uma leitura existencial, que é a única que realmente vai valer no fim das contas.

J.Lima disse...

Marcio, quanto a sua magnânima afirmação:

“Outrossim...não podemos esquecer que não foi somente Paulo a ser influenciado pela metafísica de Platão, mas Jesus também...ou vai dizer que não foi, heim JOTA e DUZINHO??????”.

"O que isso tem a ver?".
Meu Deus como você é fraquinho em teologia hein?

Querido antes de Sócrates e Platão, a teologia judaica é METAFÍSICA, Deus se manifesta no antigo testamento como o “Deus dos céus”! Ai ai ai (Quer estudar na escola onde dou aulas, as matriculas estão abertas Hahahahahahha.

Você esquece-se da tradição milenar judaica, que remonta desde os tempos de Abraão, de pai para filho, os judeus inseminam a sua fé nos seus descendentes através da tradição oral e escrita!

Agora eu lhe pergunto o Doutor em religiões? Onde você leu nos escritos de gregos de Platão ou Aristóteles um deles chamar:
“o arché”, ou “logos”, “principio” etc de PAI! Na filosofia grega não há um Deus Criador, tão pouco com personalidade!

Veja que Cristo trabalha com as duas dimensões: “PAI”, (Mt 6), é uma face da revelação inexistente na filosofia grega em qualquer tempo, depois ele continua “NOSSO”, isso fala da coletividade, da unidade da humanidade, fala da IRMANDADE.

Numa interpretação psicanalítica eu diria que o termo “NOSSO”, na oração de Jesus fala da humanidade recebendo o conforto da aceitação em contraposição ao SENSO DE DESAMPARO que vive toda humanidade, ao mesmo tempo em que conclama todos aqueles que aceitarem a revelação de DEUS COMO PAI, a viverem em HARMONIA, pois o PAI é NOSSO, de todos.

Mais uma vez ele desconstrói a premissa GREGA de que a SABEDORIA eleva os homens uns acima dos outros, estabelecendo classes. Na filosofia GREGA, a sabedoria faz a separação das classes.

Na metafísica de Jesus, o amor do PAI, nivela todos os homens como irmãos. O Pai está nos “CÉUS”, mas é “NOSSO”, na terra, ou seja mais uma vez a metafísica platônica se evapora!

Depois ele continua: “SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME”, lembre se que a palavra SANTIFICADO, não pode ser desconectada do NOME, ou seja, se no Antigo testamento ele chama um povo para representar o seu NOME, no novo o NOME dele ganha rosto O FILHO NA ENCARNAÇÃO.

Veja que ao falar para santificar o nome do PAI, o próprio PAI traz o seu nome para a TERRA, para o meio dos homens.

Ai meu querido aluno, toda a METAFÍSICA socrático-platônico-aristotélica se desfaz, entendeu... Hhahahahahhahh.

Se quiser estudar agora vai ter que fazer matricula...

Estou acostumado a destruir os sofismas de alunos rebeldes...

Marcio Alves disse...

JOTA

Sinceramente eu acredito EM você e não NO que você fala.

Diante do que você disse, tenho duas possíveis conclusões:
1-Você esta se auto-enganando, ao mentir para si mesmo de que sua motivação de continuar na igreja seja para beneficio dos outros e não seu.

2-Você está mentindo propositadamente para “salvar” sua imagem do egoísmo que se usa as pessoas para satisfação própria (que é de todo ser humano), passando uma imagem de altruísta desinteressado na sua própria gloria.

Resumindo:
Não acredito em você ou qualquer outro que ajude as pessoas por amor unicamente a elas, pois todo ser humano é egoísta e interesseiro, visando primeiro o seu próprio bem estar.

Na verdade toda preocupação com o outro é a preocupação com nós mesmos, com nossa imagem e reputação.

Acredite JOTA, não entrei na questão da critica pessoal contra você de propósito, mas simplesmente porque você me provocou, pois na verdade, esta critica minha, não é bem uma critica, mas antes uma constatação universal do amor humano que sempre é primeiramente egoísta, não existindo amor 100 % desinteressado, pois no mínimo do mínimo, se fizermos alguma coisa para quem realmente nós amamos, ainda sim, vamos estar fazendo, porque NÓS amamos.

Outra coisa, não se preocupe com seus amigos que estão vivendo dentro do sistema religioso, pois se forem realmente seus amigos, irão continuar sendo seus amigos – falo por experiência própria.

Mais uma ultima coisa ainda; porque querer mudar as crenças ortodoxas das pessoas?? Porque querer mudar um sistema por outro??

Se elas estão bem assim, oras JOTA, que elas continuem assim....a não ser que você tenha motivações escondidas no fundo do porão de sua “alma” desconhecidas ou ignoradas por você. Rsrsrsrsrsrsrsrs

Abraços

Obs: Não precisa ficar envergonhado ou triste, você mais do que ninguém deveria saber das “sombras” que carregamos. Kkkkkkkkkkkkkkkk

Marcio Alves disse...

JOTA

Depois eu comento o seu comentário do meu comentário sobre os comentários da postagem do LEVI.

agora tenho que me arrumar para ir ao trabalho.

Valeu...abraços

J.Lima disse...

Olha Marcio.

Vou fazer o último comentário sobre esse tema, visto que não tenho nenhuma intenção de convencer você nem ninguém das minhas decisões.

(segundo é que não quero des-respeitar o blog do amigo que está servindo de um debate que não leva a lugar nenhum).

Vou repetir talvez você não tenha lido: ‘EU NÃ SOU ASSALARIADO DA IGREJA” e se ganhasse não teria nada de errado, afinal quem trabalha é digno do seu salário! (o psicólogo cobra o seu tempo para ouvir, o tempo do pastor não tem validade?)

Meu comentário foi esse:
“O Eduardo?
O que é isso se você entendeu pela metade como ficarão as cabecinhas do Gresder e do Marcio os dois caçulinhas na reflexão? Hahahahahahah. (demoro a comentar e quando comento ainda fico zuando os meninos)”.

Eu chamei você e o Gresder de “os dois caçulinhas na reflexão?”, mais a frente eu falo da idade, você e o Gresder são mais novos do que Eu, Eduardo e Levi. Foi uma brincadeira que em nenhum momento julgou o seu caráter concorda?

Já você diz:
“Outra coisa é que você Resumindo:
Não acredito em você ou qualquer outro que ajude as pessoas por amor unicamente a elas, pois todo ser humano é egoísta e interesseiro, visando primeiro o seu próprio bem estar”.

Nesse comentário está um julgamento sobre as INTENÇÕES, algo totalmente subjetivo, ninguém tem capacidade para fazer tal julgamento sem incorrer no erro de injustiça. Mesmo que advogue como base uma UNIVERSALIDADE DA CONDIÇÃO HUMANA.

Sendo assim comentários como esse deve ser feito num TEXTO, e jamais direcionado a uma pessoa como um argumento de defesa.

O meu erro e que me arrependo é de ter feito o comentário inicial, isso sim foi um erro! Rsssss.
CONTINUA...

J.Lima disse...

CONTINUA...

Agora quanto a seu comentário:

“Mais uma ultima coisa ainda; porque querer mudar as crenças ortodoxas das pessoas?? Porque querer mudar um sistema por outro??
Se elas estão bem assim, oras JOTA, que elas continuem assim....a não ser que você tenha motivações escondidas no fundo do porão de sua “alma” desconhecidas ou ignoradas por você”.

Com base no que você pode afirmar que as pessoas estão bem?
Como você sabe disso se não convive com elas? Que principio é esse?

Por estar no meio delas eu posso dizer como estão ou não quem não convive, só pode teorizar, mas eu as ouço.

Elas me procuram quando um absoluto da teologia é confrontado com o movimento relativo da vida!
Sou eu que tenho que aconselhar uma pessoa que tem o seu carro roubado quando estava na igreja orando! Ai ela me pergunta o porquê do Salmo 91 “Tu não serás atingido”! Não se cumpriu, “os anjos do senhor acampam ao redor dos que o temem”!

Elas me procuram quando são ensinadas que o dízimo repreende o devorador, e elas ficam perdem o emprego, quando fica doente e lêem que “nenhuma enfermidade haverá no meio de vos”. Etc...

Você fala como alguém que descobriu que tudo isso é falácia e saiu... Eu falo como alguém que descobriu que tudo isso é falácia, mas ouso ficar não porque acredito, mas porque construí grande parte da minha vida ao lado dessas pessoas!

Não significa que compactue com as “doutrinas de nenhum ministério”. Mas são nos ministérios, na igreja que o povo estão!

Não estou censurando quem sai tão pouco julgando as MOTIVAÇÕES INCONSCIENTES de quem fica... Agora uma coisa quem fica precisa, senão tem que sair... É de SABEDORIA E TOLERÂNCIA...

Por isso tenho pessoas que não gosta das minhas reflexões, mas gostam de min, não me ouve pelo que falo, mas pela forma com que as trato.

Mesmo “intelectualmente” estando “acima” delas, não faço questão de menosprezá-las devido ao conhecimento. Conhecimento que aliais se não se concretizar em bondade, não tem valor nenhum.

Peço perdão pelo comentário que fiz, não foi minha intenção denegrir você, mas gostaria de encerrar esse assunto, para min ele se descambou para JUIZO DE INTENÇÕES, e sinceramente não quero entrar nessa areia movediça de juízo:

“NÃO JULGUEIS PARA QUE NÃO SEJAIS JULGADOS, POIS COM O MESMO JUIZO QUE JULGARDES SEÃO JULGADOS” (JESUS).

Não me considero muito bom de juízo. (Hahahahahahahahahahah).
Abraço.

Levi B. Santos disse...

Marcio e J. Lima


Estou assistindo o diálogo de vocês, e o estou considerando deveras produtivo, e, de certa forma, tem tudo a ver com o tema “Negar a si mesmo”.

“Negar a si mesmo” é também reconhecer que existe uma “boa inveja”, que é aquela que deve ser levada para o campo da criatividade. É quando dizemos um para o outro: “obrigado por você existir e por eu ter podido te invejar, pois só assim, pude me encontrar e realizar”.

A gratidão defensiva e até certo ponto neurótica, é aquela que para sermos bonzinhos e certinhos, dizemos para o outro: “obrigado por ter recebido isso ou aquilo de você, sem ter sentido nenhuma inveja”.

Defendo esta posição na qual a INVEJA é um arquétipo estruturante de nossa personalidade, e torna-se destrutiva, quando não a entendemos.

A “inveja criativa” levada para o campo das ciências, é aquela que diz para a gente: “Ele faz assim, e eu vou tentar fazer ainda melhor!”.

Sem isso não pode haver progresso em todos os campos, principalmente o do SABER.

No livro de Gênesis, a serpente representa a criatividade psíquica profunda, aquela que impeliu o homem e a mulher para através da cobiça e da inveja retomar a busca do seu desenvolvimento, elaborando a síntese entre os seus lados ou pólos opostos “bem e Mal”.

Comer da árvore do Bem e do Mal significa, arquetipicamente, a aquisição da capacidade de organização psíquica para entendermos que a relação com o outro deve ser trilhada pelo caminhos do arquétipo da alteridade.

Abçs

Eduardo Medeiros disse...

bicho, esses comentários estão existencialmente fodásticos...JL, você é o cara. o levi é o cara-cara. o marcinho é um sem cara...kkkkkkkkkk

jL e marcinho, é bem provável que jesus jamais tenha ouvido falar em platão...ou seja...pois é...sem saber de platão ele foi além de platão...

o que o marcinho não consegue entender é essa capacidade de não mais sermos ortodoxos teologicamente falando e ainda assim continuarmos dentro da igreja.

o JL devido a todo trabalho que ele faz com as pessoas, coisa que eu também muito já fiz mas hoje não faço mais, e eu por ter a liberdade de não mas ser afetado pela religiosidade mal orientada e pela doutrina ultrapassada mas também por gostar de muitos que ali estão.

tenho muitos amigos na igreja. não quero "salvá-los" quero apenas ter a amizade sincera deles. eles sabem como eu penso e eu sei como eles pensam e no final do culto todo mundo vai tomar cerveja ou coca-cola junto.

JL, teus comentários e os comentários do levi desta postagem já estão todos devidamente salvos em meu arquivo para posteriores leituras e feituras de textos a partir deles.

claro, vocês acham que eu sou bobo...?? kkkkkkkkkk

como disse levi, meu amigo do peito marcinho tá na fase em que tem que estar. logo, logo ele deixa de falar de religião e de deus e vai falar de outra coisa como um bom ateu ou agnóstico inteligentes e não ortodoxos fazem ou vai chegar ao nível de compreesão da fé, da religião e de deus que nós temos...

chupa essa manga marcinhooooooooooo te amo garoto!!!

Eduardo Medeiros disse...

levi, perfeito sua colocação sobre a inveja.

quanto à sua pergunta à nossa amiga amada gui, eu também compreendo como é difícil um crente entender as lutas e desejos que jesus por ser homem como nós também teve.

a ideia que os crentes fazem de jesus é de um homem perfeito, um arquétipico da santidade almejada por eles mas nunca alcançada.

aí se constróem os entendimentos que adoecem alguns: "jesus nunca transou com um mulher mas ele era santo, santo, santo, já eu, pequei, fiz o que era mal diante de deus..." e começa todo os processos psíquicos de culpa por não conseguir ser o que o seu mestre foi.

outros insistem que mesmo sabendo que pecam devem pecar não querendo ter pecado...pior, muitos dos tais "pecados" são apenas crimes contra a moral cristã.

olha, levi, não sei até onde essa atitude é saudável. o que você acha disso?

Guiomar Barba disse...

Levi,
Na verdade eu usei a palavra errada. Dizer que Jesus nunca foi tentado, seria estúpido.

O que eu queria mesmo dizer é que Ele não reprimia os desejos da carne e sim sabia escolher o que lhe traria proveito ou não.

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Amigo Levi!

Graça e paz! Muito bom seu texto!

Para responder a indagação proposta, eu evitaria escolher uma das opções, mas consideraria um pouco de cada, de modo que passo a comentar cada uma delas:


1.O “Negar a si mesmo” (dito por Cristo) seria o mesmo que reprimir os desejos profundos e intrínsecos de nossa natureza em benefício de algo maior?

Resposta: Não necessariamente reprimir os desejos, mas a maneira errada de realizá-los. Mas contextualmente o "negar a si mesmo" está relacionado ao discípulo "tomar sua cruz". Aí, se entendermos que o dito não seja original de Jesus, mas sim uma elaboração posterior à sua crucificação pela Igreja primitiva perseguida, o negar a si mesmo corresponderia a uma existência pautada na de Jesus onde o discípulo arriscaria a sua vida pela causa de Jesus e pelo Evangelho. E então, para sacrificar a vida pelo Evangelho (um bem maior), o discípulo deveria ser capaz de negar a certos desejos que impedissem a realização de tal obra, inclusive o desejo de prolongar sua existência física neste mundo, digamos assim. Porém, acho que quando pregadores eclesiásticos usam a passagem para defenderem a renúncia a valores seculares (como se Cristo não tivesse sido um caa bem secular), ou ainda fazer disto um argumento pró-celibato dos padres, penso que aí já seria doutrina extra-bíblica.


2. Esse “Negar a si mesmo” significa simplesmente dizer NÃO ou um BASTA a esse encantamento narcísico, a essa bela imagem que fazemos de nós?

Gostei deste aprofundamento, mano! Seria uma nova leitura do dito atribuído a Jesus visto que não posso tomar a minha crus e seguir a Jesus sem que também mate o meu egocentrismo, sem resolver-me interiormente em relação ao desejo de que tudo deva girar ao redor da minha pessoa.


3. Esse “Negar a si mesmo” diz respeito ao reconhecimento do nosso lado SOMBRA que, inconscientemente, projetamos no outro? Nesse caso, o “não negar a si mesmo”, seria o mesmo que não admitir o fato de que o comportamento “estranho” do outro, reflete o nosso eu interior coberto pela máscara social?
OBS: Para melhor entendimento, essa terceira opção poderia ser resumida da seguinte forma: Será que esse “negar a si mesmo” não seria o reconhecer que o nosso eu interior está coberto pela máscara social?

Boa indagação! E acho que complementa em detalhe as anteriores, inclusive a noção primitiva e que se aproxime de uma exegese do texto bíblico. POis não posso tomar a cruz e seguir a Jesus sem antes reconhecer que uso uma máscara social para adequar-me ao meio onde vivo. Pois o comportamento de Jesus foi evidentemente estranho para a sociedade em que Ele vivia. Jesus não se conformou com o estilo de vida hipócrita e falso dos homens. Ele não negociou sua fé e sua consciência. Então ele se expôs ao ridículo, tornou-se maldição, um "ferido de Deus" e foi oprimido. E ninguém consegue enfrentar o que é vergonhoso sem antes tirar as máscaras.

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Em tempo!

O dito do Evangelho atribuído a Jesus ainda não está fechado em si mesmo, visto que tudo no mundo está em construção. Sendo assim, considero muito interessantes e edificantes as novas reflexões feitas pelo Levi e as pessoas que comentaram. Logo, apesar de ter respondido acima, não quero jamais ter uma resposta pronta e acabada.


J.LIMA: "O negar a si mesmo da ortodoxia cristã, é uma fuga, é a expressão niilista de negar o presente (vida) em busca de outra (céu). Tem sua nascente na filosofia platônica, de que o mundo dos sentidos estão em oposição ao mundo ideal (metafísico)."

Valeu, mano! Teu comentário ajuda a desconstruir algumas ideias que até os dias de hoje muitos crentes ainda fazem acerta do tal verso do Evangelho. Pois de fato a Igreja acabou seguindo esta linha apoiando-se na filosofia grega, mas acho válido que se tente uma exegese sob o ponto de vista judaico.

Tem-se em Ben Sirac (Eclesiástico 11.18-19) a seguinte citação que relembra aparábola do fazendeiro rico e insensato (Lucas 12.16-20):

"Há quem se enriqueça à força de atenção e de economia, mas eis qual será o seu salário: Quando disser: 'Encotnrei repouso, agora vou comer de meus próprios bens', ele não sabe quanto tempo vai passar, deixará os bens a outros e morrerá".

Contudo, não consigo no momento estabelecer um paralelo do suposto dito de Jesus com as Escrituras hebraicas, o que se torna um indício de que a passagem tenha sido um acréscimo feito do ponto de vista da Igreja primitiva perseguida. Mas não é nada que chegue a ser derradeiramente conclusivo.

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Em tempo 2!

"Como você vê a realização do exercício de "Negar a Si Mesmo" pelo próprio Cristo?"

Outra questão interessante levantada pelo Levi!

Independentemente do dito evangélico ser original de Jesus ou um acréscimo posterior à sua morte feito pela Igreja primitiva perseguida, vejo que ele praticou mesmo este exercício.

Curiosamente Jesus não foi um asceta como eram os seguidores da seita de Qumran. Mostram os Evangelhos que o Senhor frequentava as festas, quebrou paradigmas tocando nos leprosos, não se importava em contrariar as tradições dos ansiãos e até as criticava quando conflitavam com seu entendimento da Torá, aceitou as mulheres, publicanos, meretrizes, crianças e inverteu vários valores da época a ponto de se expor publicamente. Por conta disto, foi duramente criticado por não se amoldar ao comportamento social e o fato de ter tirado as máscaras mexia com aqueles que encobriam os rostos com comportamentos falsos de uma vida moral ou religiosa.

Se pegarmos a passagem bíblica aplicada a Jesus, deve-se considerar quew Ele não deu a vida por si mesmo. Ele fez isto para Deus e para nós. Ele não podia seguir a si, então seguiu Deus. Seguiu o Pai. nâo teve medo de agir conforme a comrpeensão que teve do Pai e da Torah, ainda que sua conduta contrariasse ou chocasse a sociedade nos seus dias. E perturbou tanto que pagou o mesmo preço dos profetas e de João Batista que o antecederam.

De certo modo, o que penso vem de encontro ao Eduaro quando ele escreveu:

"(...) poderíamos dizer que a mesma máscara que Jesus via no ensino dos fariseus ele também possuía(não podemos esquecer que jesus foi um judeu,iniciado na torá aos 12 anos como todo bom judeuzinho e tinha em si com certeza desde a juventude o modo de lê-la e aplicá-la dos fariseus). mais aí está a singularidade de Jesus. ele percebe-se também com tal máscara farisáica dentro de si, tem uma "revelação" de que aquele não é o espírito da torá e parte para a sua missão messiânica de trazer à luz não somente a letra da torá, mas seu espírito, fazendo assim primeiramente uma faxina em seus próprios conceitos e máscaras interiores para então denunciar a máscara dos fariseus."

Boa reflexão e que vem de encontro à tese de que Jesus possa ter sido um fariseu ou pelo menos filho de fariseu, conforme cheguei a debater recentemente num artigo seu de abril de 2011. Jesus bebe da teologia farisaica, mas se posiciona radicalmente contra certos comportamnetos deste grupo. Ver meus comentários em:

http://levibronze.blogspot.com/2011/04/agonia-final-de-dois-amigos-reflexao.html