13 fevereiro 2021

PÓS-PANDEMIA ─ A Mais Nova Utopia no Reino de Momo




A expressão “as coisas vão melhorar depois da pandemia!” , de tanto ser usada e abusada, já virou clichê entre nós. Vivo fosse, Jung diria que na atualidade mais um arquétipo teria sido introduzido no inconsciente coletivo, o ARQUÉTIPO do FIM da PANDEMIA de CORONAVÍRUS, uma espécie de sucedâneo do arquétipo do Fim do Mundo ou Batalha Final do Armagedon de que falou o apóstolo João no último livro do Novo Testamento Bíblico o APOCALIPSE.

As principais armas que temos para enfrentar o Covid-19 (vírus, que agora dá dribles e mais dribles nos cientistas formuladores de vacinas), são o uso de máscara, o não aglomerar-se e o distanciamento social. Como obedecer a esse simples trio preventivo, se a massa e a elite alienada já começaram, com todo gás, a campanha presidencial de 2022?

Campanha que é campanha pra valer, nesse nosso mundo de idolatria e fanatismo, não pode prescindir dos abraços, dos beijos, dos apertos de mãos e do rosto liso sem as máscaras que atrapalham o tempo todo, impedindo os louvores, os brados “patrióticos” da insensatez, além dos afagos mais íntimos face a face.

Há 12 dias, a comemoração da eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado foi um verdadeiro festival de aglomerações, de abraços, de apertos de mãos, conversas ao pé do ouvido. Parecia mais as torcidas inflamadas comemorando o desfile de suas agremiações no Sambódromo do Rio.

Por falar em carnaval, dizem que esse ano não haverá comemorações nos três dias dedicados a Momo.



Verdadeiro ou Falso?.



Na realidade, o carnaval mudou apenas de local, as avenidas e os sambódromos foram trocados pelas praias lotadas, pelas festanças secretas em condomínios e quintais de casa, sem falar nas bem vigiadas aglomerações promovidas pelos políticos à caça de votos.

E o Covid-19, que não tem nada de bobo, se infiltra na UTOPIA Carnavalesca para atacar com seus mais variados passes de samba, agora denominados ‘VARIANTES’ (ou novas cepas).

Não vamos tapar o sol com a peneira, mas todo mundo sabe que há em nossa pátria tupiniquim uma elite política radical ridicularizando, o tempo todo, o uso de máscaras, incentivando as aglomerações e o desprezo pelo distanciamento social.

Não esperava que poderosos e idolatrados guias de nossa pátria mãe gentil, que deveriam ser os primeiros a dar exemplo de sensatez fossem, indiretamente, tão solícitos em associar-se ao devastador Covid-19, naquilo que o vírus mais necessita para difundir seu mortal veneno.


Por Levi B. Santos.

Guarabira, 13 de fevereiro de 2021


P.S.:

A propósito, já que estamos a falar de PANDEMIA, MEDIDAS PREVENTIVAS, UTOPIA, CARNAVAL,“VARIANTES” e APOCALIPSE ─, espero que não se assustem ao acessarem o LINK abaixo:

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/02/11/variante-varrera-o-mundo-e-trabalho-contra-covid-levara-10-anos-diz-cientista

02 fevereiro 2021

O CENTRÃO ─ SEMPRE a SERVIÇO da PÁTRIA AMADA

 


Tomando como base a oração do “...é dando que se recebe”, atribuída a São Francisco de Assis, o CENTRÃO (grupo de parlamentares que unem o útil ao agradável) está sempre pronto a salvar a Pátria Amada quando esta corre perigo.


Breves Considerações Históricas


A palavra CENTRÃO, nos anos 80, era uma gíria criada para designar o centro de São Paulo. “Perambulei, um dia desses, pelo centrão, à cata de um Bar que me disseram maravilhas” ─ escreveu Nirlando Beirão no texto “Poesias de Ruas” em 5 de julho de 1986. (acervo.estadão.com.br)


Foi em 1987 que o termo CENTRÃO entrou na política para nunca mais sair. O aumento do mandato de Sarney de 4 para 5 anos foi um dos primeiros feitos desse bloco político, a troco de nomeações para cargos públicos no Legislativo. De lá para cá, o Centrão foi quem sempre deu as cartas, atuando com audácia nos Governos de FHC, Lulla, Dilma e Michel Temer, especialmente, nos episódios denominados Mensalão e Petrolão. Mais eis que veio o Mito (2018), apregoando o fim da velha política do toma lá dá cá. Disse, enfático, o atual presidente no finzinho de 2017: Quem quiser vai ter que nos apoiar sem ganhar cargos em troca!”


Ontem (dia 01 de fevereiro de 2021) o CENTRÃO ganha mais uma, desta feita, de forma prévia, clara e escancarada. “Tenho a intenção de ‘influir’ na disputa pelo comando da Câmara” ─ já anunciava o presidente, no dia 28 (quatro dias antes da eleição para presidente da Câmara), aos jornalistas da ‘jovempan’, seu canal preferido.


Bolsonaro ficará refém do pior da Política, e Conta será cara para o país” ─ declarou, Cleveland Prates, hoje, ao site “economia.uol.com.br”.


Não esqueçam que devemos um galo a Esculápio!” (Sócrates - 470 a.C)


Por Levi B. Santos

Guarabira, 02 de fevereiro de 2021