Tomando como base a oração do “...é dando que se recebe”, atribuída a São Francisco de Assis, o CENTRÃO (grupo de parlamentares que unem o útil ao agradável) está sempre pronto a salvar a Pátria Amada quando esta corre perigo.
Breves Considerações Históricas
A palavra CENTRÃO, nos anos 80, era uma gíria criada para designar o centro de São Paulo. “Perambulei, um dia desses, pelo centrão, à cata de um Bar que me disseram maravilhas” ─ escreveu Nirlando Beirão no texto “Poesias de Ruas” em 5 de julho de 1986. (acervo.estadão.com.br)
Foi em 1987 que o termo CENTRÃO entrou na política para nunca mais sair. O aumento do mandato de Sarney de 4 para 5 anos foi um dos primeiros feitos desse bloco político, a troco de nomeações para cargos públicos no Legislativo. De lá para cá, o Centrão foi quem sempre deu as cartas, atuando com audácia nos Governos de FHC, Lulla, Dilma e Michel Temer, especialmente, nos episódios denominados Mensalão e Petrolão. Mais eis que veio o Mito (2018), apregoando o fim da velha política do toma lá dá cá. Disse, enfático, o atual presidente no finzinho de 2017: “Quem quiser vai ter que nos apoiar sem ganhar cargos em troca!”
Ontem (dia 01 de fevereiro de 2021) o CENTRÃO ganha mais uma, desta feita, de forma prévia, clara e escancarada. “Tenho a intenção de ‘influir’ na disputa pelo comando da Câmara” ─ já anunciava o presidente, no dia 28 (quatro dias antes da eleição para presidente da Câmara), aos jornalistas da ‘jovempan’, seu canal preferido.
“Bolsonaro ficará refém do pior da Política, e Conta será cara para o país” ─ declarou, Cleveland Prates, hoje, ao site “economia.uol.com.br”.
“Não esqueçam que devemos um galo a Esculápio!” (Sócrates - 470 a.C)
Por Levi B. Santos
Guarabira, 02 de fevereiro de 2021
2 comentários:
Hoje em dia o discurso da "nova política" encontra-se bem desgastado e assim deve continuar em 2022. O que vimos em 2018, talvez só se repita em uns 20 ou 30 anos e até lá será o centrão quem deverá dar as cartas, aprovando e mamando. Em 2026, como não deverá haver reeleição para o "mito", então acredito que virá mais um nome da "velha política". Nada novo debaixo do sol...
Que pena não haver uma terceira via, hein Rodrigão?
A democracia (se é que um dia existiu) nunca foi tão desdentada, depois da militarização de nossas instituições.
Estamos de mãos atadas, diante de um populismo retrógado e negacionista, que usa Fake News e auxílio emergencial, para obter apoio eleitoral - tudo isso, em meio a um dos maiores genocídios da História (possivelmente se chegará aos 500 mil mortos no final de 2021).
A que ponto chegamos, caro amigo!
Abçs,
Levi
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