A história do homem é a história de seus desejos, suas repressões, suas transgressões e sua fome de conhecimento.
Segundo Freud, a religião cumpre três funções: “Satisfaz a vontade de saber dos homens” – “Mitiga o medo dos homens perante os perigos de vida” – “Fomenta prescrições, proibições e restrições”. Desse modo, a religião tenta domesticar a realidade paradoxal dos desejos humanos ─, motor de vontade de seu querer, e seu alimento.
A instigante Parábola do Filho Pródigo remete-nos à questão dos desejos latentes de nossa alma ambivalente. Os desejos do filho pródigo e do seu irmão mais velho ─, são antagônicos, e representam a nossa natureza paradoxal. Ambos habitam as profundezas do nosso ser. A alma humana vive essa dualidade: “entre optar por cumprir e optar por transgredir”. Os homens são pressionados pela necessidade de conquistar autonomia, e contrariamente são atingidos pelo medo ou reação de perdê-la.
O Filho mais novo da parábola é talvez a maior metáfora de nossa evolução, simbolizando o nosso desejo de transgredir uma ordem pré-estabelecida. Ao pedir ao pai a sua parte na herança, antes do tempo, ele tenta romper com a instância do “superego”, em outras palavras, imagina poder viver sem a cobrança paterna (superego) no âmbito do inconsciente. Na sua fuga, mais tarde, esse filho se sentirá “nu”; já não poderá ver-se vestido com as roupas que cobriram o primeiro homem transgressor. Mas ele como bom descendente de Adão decidiu, para o bem ou para o mal, que provar da árvore é sair de casa.
A quimera de que lá fora poderia viver individualmente sem a instância reguladora do superego, caiu por terra. Abdicar da repressão dos desejos, destruindo a autoridade do pai ou do superego não trouxe para o filho pródigo a felicidade sonhada. A permissividade sem freios não lhe trouxe o paraíso perdido do bom selvagem. No entanto, ele não foi pusilânime nem cínico, e, ao reconhecer na esteira do vazio do lugar do pai a sua falta, arrepende-se e planeja a sua volta ao antigo lar, não mais como filho, e sim como um dos empregados de seu pai.
A figura do superego é abrandada para que o desejo venha sobreviver sem o seu excesso representado pela perversão dos sentidos. O pai recebe o filho perdido com festas, trajando-o com a melhor túnica ─ em psicanálise isso significa o abrandamento do superego, inscrevendo no psiquismo do filho mais novo o amor sem a violência do assédio e sem a força cega inconsciente que intimida. A harmonia entre o superego e os desejos mais profundos do filho pródigo é enfim restituída ou reestruturada O arrependimento do filho vem ao encontro do desejo ilimitado de um Pai movido pela certeza de que um dia o encontraria ─ e isso em psicanálise se denomina um apaziguamento entre o ego e o superego, diante das poderosas forças instintivas do Id.
Se na figura do filho mais novo da parábola que saiu para ganhar e perdeu tudo, aflorou em si o sentimento de arrependimento, na figura do filho mais velho aparece a força do ressentimento, que nada mais é que o avesso do arrependimento. O ressentido não se arrepende, antes acusa ou queixa-se de um que lhe é superior, como causa dos seus males. O filho mais velho é dominado pela cobrança indireta de um bem que foi cedido a ele por submissão ou covardia. O ressentido é aquele que diz: “Só quando ele me perder é que vai me dar valor!”. “Eu mereço, e me sinto injustiçado em não ser reconhecido”.
O filho mais velho da parábola é aquele obediente, todo certinho, que se deixou anular completamente; nunca demonstrou para o pai que estava consumido por desejos intensamente poderosos, antes preferiu reprimi-los. O filho mais velho é aquele ressentido que abdicou dos prazeres e das conquistas a que teria direito, e dos quais por medo ou orgulho abriu mão. Ele é aquele que se apresenta como o sujeito que estabeleceu uma relação de dependência infantil com um outro supostamente poderoso a quem caberia protegê-lo e premiar seus esforços, reconhecendo seu valor. Expressa, também, a recusa do sujeito em sair da dependência, pois prefere ser um eterno protegido, a sair para o embate da vida.
Os desejos do ser humano representados pela dualidade entre o ficar e o sair “da casa dos pais” terão sempre a dúvida como uma pedra no meio do caminho. Todos nós enfrentamos esse conflito interno, esta ameaça entre duas vontades primordiais.
Extinguir o transgressor arrependido é o mesmo que aniquilar o obediente ressentido ─ é roubar-lhe a possibilidade de discernir que tanto pode ser perverso na desobediência como na obediência.
Mas se um dia, o mar entre esses dois afetos se abrir, atravessaremos para um outro jardim, onde tudo será novamente proibido para ser transgredido.
Por Levi B. Santos
Guarabira, 04 de fevereiro de 2009
FONTES: ........1.O Ego e os Mecanismos de Defesa – Anna Freud (Editora Civilização Brasileira)
..................2. A Alma Imoral – Nilton Bonder (Editora Rocco)
..................3. Ressentimento – Maria Rita kehl (Editora Casa do Psicólogo)
..................4. Freud Pensa a Educação (Editora Segmento)
..................5. Parábola do Filho Pródigo (Evangelho de Lucas 15: 11 – 32)
19 comentários:
Prezado Levi:
Muito boa e oportuna essa correlação entre as instâncias psíquicas e a parábola bíblica do Filho Pródigo. De fato, a vivência dessa “dualidade”; melhor dizendo, a “forma” como o homem escolhe vivê-la é que o tornará um ser saudável ou um ser neurótico. Creio que o seu texto deixa essa verdade transparecer com muita clareza. Aproveito a oportunidade que ele enseja para lembrar outra importante verdade.
Jung que, como sabemos, seguiu um caminho diferente de Freud (ele foi um dos “filhos pródigos” da Psicanálise) conceituou que, em algum momento da vida, todo ser humano faz uma “pausa para balanço”. É a chamada “idade do lobo”, “o momento do encontro com o si mesmo”, a grande “reflexão existencial” – momento extremamente delicado da vida humana. A decisão que resultar desse momento será crucial para o restante da vida.
Em se tratando de fé ou religião, Jung aponta duas possibilidades (parece que as dualidades são mesmo inevitáveis em Psicanálise).
A primeira delas, se “escolhida” pelo sujeito, resultará num desastre para a sua vida: consiste na rejeição pura e simples de tudo o que se cria ou se acreditava crer durante a infância e adolescência. Neste caso, o homem, ingenuamente, passa para o extremo oposto, NEGANDO o seu passado e, sem perceber, REPRIMINDO-O. O resultado disso, cedo ou tarde, além novo tipo de neurose, será a apostasia.
A segunda, mais saudável, ocorre quando o sujeito, ao invés de negar a sua formação religiosa passada, apenas a reposiciona e a enxerga com “outros olhos”, estabelecendo novos paradigmas sobre o seu novo estado em relação a ela, enxergando-a com mais maturidade – o que, segundo Jung, além de ser uma atitude corajosa (uma vez que o indivíduo confrontou e aceitou parte considerável de sua “sombra”), é também muito mais HONESTA, pois ele não estará negando e reprimindo aquilo que sempre foi e, conscientemente ou não, sempre será.
Um abraço fraterno do amigo de sempre
Tony Ayres
05.02.2010
Belissima postagem, digna do Mestre Levi, só cabe á mim elogiar este texto esclarecedor.
Obrigado pelo aprendizado que nos oferece.
Abraços fraternais.
Levi, bela aula de psicanálise aplicada; para mim, que venho estudando o tema, seu texto foi um prato cheio.
E o comentário do Tony também. Fica algumas questões:
podemos realmente equilibrar de modo saudável o ego e o superego?
Será mesmo que a rejeição de tudo que o indivíduo acreditava pode ser um fator de neurose?
Se uma pessoa manifestou durante anos uma fé e vem a renunciá-la por causa da fé cristã, renegando assim o seu passado espiritual, isso poderia transformar-se em neurose?
abraços
Levi, meu mestre Bronzeado!
Que Saudades já tenho de comentar por aqui!
Mas vamos ao texto:
Realmente...as minhas dúvidas são as mesmas do Edu "Capitão", será possível equilibrar essas duas facetas que, querendo ou não, existem no ser?
Ao que me parece,por observar o comportamento de algumas pessoas que estão mais próximas, elas de fato tentam anular este lado "prestes a rebelar-se", mas em contra partida, "algo" em seu interior lhes diz que o correto é literalmente..."engolir o sapo".
Não seria isso uma necessidade meramente humana...ou seja: Conviver com dilemas internos?!
Adorei o texto...faz-nos "PENSAR", e isso é muito importante para todos aqueles que nos últimos anos vêm quebrando paradigmas..uns após os outros.
Temos de fato um mediador desses carácteres...que quando ouve alguém dizer: "Este teu filho!"...simplesmente responde: "Este teu irmão!"
Obrigado Levi por nos brindar com essa pérola que é teu escrito.
Abraços!
Edson Moura Santos
Estimado amigo Tony
Suas apreensões têm fundamento.
Freud confirmou em sua obra sobre “O Aparelho Psíquico” (volume XXIII – página 171 da edição standard brasileira – Imago Editora) - que o nosso longo período de infância, durante o qual o ser humano em crescimento vive na dependência dos pais, deixa atrás de si um precipitado que recebeu o nome de “superego”. Na medida que esse “superego” se diferencia do “ego” ou se lhe opõe, constitui uma terceira força que o ego tem de levar em conta.
O bom seria que não tivéssemos um superego extremamente rígido, nem tampouco permissivo. Não adianta querer renegar todo o nosso passado, se o nosso superego é constituído em sua essência do material colhido dos eventos e experiências de nossa tenra infância, no relacionamento com nossos pais, mestres, tios, avós, pastores e outras autoridades.
Para se viver em uma tênue paz interior, não há outra saída que essa: satisfazer simultaneamente e de maneira equilibrada às exigências do “Id”, do “superego” e da realidade que se nos apresenta em nosso caminhar.
Apareça sempre com seus comentários lúcidos e apaziguadores.
Bem aventurados os pacificadores... (rsrsrsrs)
Abçs
Levi B. Santos
Eu, assim como tantas outras pessoas já experimentei tanto ser um "trangressor arrependido" quanto um "obediente ressentido". Aliás, era nesta última condição em que eu me encontrava ultimamente.
Hoje decidi que vale mais a pena eu me arrepender por algo que eu fiz do que me lamentar por alguma coisa que eu poderia ter vivenciado.
O filho mais velho é a figura odiosa do legalista, do cara que passou a vida num esforço incomensurável para anular-se e... conseguiu, infelizmente...
Forte abraço.
Eduardo, meu caríssimo pensador
Uma parte de sua pergunta, penso eu, foi exposta no comentário que fiz ao Tony.
O Ego se esforça pela consecução do prazer, e busca evitar o desprazer.
Essa é a tarefa do ego: "descobrir o método mas favorável e menos perigoso para obter satisfação”.
Deixar a gaiola, produz satisfação em mim e em você, porém isto tem um preço:
Somos mais felizes que os de dentro da gaiola?
O superego não está morto, meu amigo, ele pode colocar novas necessidades dentro do seu espaço, e o que aflora na nossa consciência é apenas o efeito ou as conseqüências da atuação dessa instância ( demoníaca ou divina; destruidora ou restauradora).
E quais são os efeitos da negação dessa instância?
São:
Mal estar, ansiedade, agressividade, indiferença, e em maior grau, as “Neuroses”.
Tentarei analisar o que você escreveu nesse trecho:
“Se uma pessoa manifestou durante anos uma fé e vem a renunciá-la por causa da fé cristã, renegando assim o seu passado espiritual, isso poderia transformar-se em neurose?”
Tudo que você escreveu, no meu entender, são racionalizações que traduzindo psicanaliticamente, são produtos do Ego, e estão, metaforicamente, explícitos no texto que postei:
O filho mais novo da parábola renuncia o seu direito filial de uma maneira consciente, pois inconscientemente o superego está lá no cantinho do seu mais profundo abismo.
Entrar em guerra com o superego produz um vazio tremendo, e é claro, mais tarde, se não houver um armistício, resultará em neurose.
Sentimos a volta desse filho pródigo em cada um de nós lá no nosso mais íntimo recanto. E quando esse filho (metáfora) é recebido em festa pelo pai (Deus), nos debulhamos em recordações prazerosas, em poesias e lágrimas.
Concordo com você: não podemos viver eternamente repetindo atos de nosso imaturo passado religioso. Porém, não podemos negar que ele como um “olho regulador” está incorporado no nosso mais profundo ser. Às vezes, sentimos apenas o seu efeito, representado pelas lágrimas que saem dos nossos olhos, como aquelas que foram produzidas em nós, ao lermos o poético ensaio que fizeste em homenagem a tua querida mãe.
Abçs, e desculpe-me se não satisfiz aos desejos do seu ego
(rsrsrsrs)
Levi B.Santos
Edson, meu amigo
No seu comentário, você escreveu um termo, que é justamente a função primordial do superego: “Mediador”.
Parece-me que a resposta que dei para o Eduardo, se encaixa naquilo que você pretendia. Ou não?
P.S.: Dei uma passada pelo seu novo recanto poético “ Produto do Amor”. Gostei, e vou ficar acompanhando-o com carinho.
Um forte abraço do Nurediano,
Levi B.Santos
Caro amigo Isaias
Você foi brilhante, cara!!!
Resumiu em quatro linhas toda a história metafórica que fiz a respeito dos dois filhos da parábola:
"Hoje decidi que vale mais a pena eu me arrepender por algo que eu fiz do que me lamentar por alguma coisa que eu poderia ter vivenciado."
Mil vezes o arrependimento, que me faz voltar para começar de novo, que o ressentimento que me faz culpar o outro pelos meus próprios fracassos.
Junto-me a você.
Graças a Ti meu Deus(superego), pelo meu arrependimento de cada dia.
Um abraço fraternal,
Levi B. Santos
Mestre Levi
Pelo visto estou muito atrasado para comentar (até o meu sócio já comentou!).
Significativo texto e Significativos comentários dos C.P.F.G também.
Em minha opinião, o homem em quanto viver, carregará esse estigma da eterna dúvida, que o levará a viver sempre lutando ou aceitando as “dualidades” existenciais.
Fé e dúvida, legalidade e imoralidade, repressão e transgressão, arrependimento por ter feito, ressentimento por não fazer, e até mesmo entre eternidade e a não existência depois da morte, são algumas das “dualidades” do existir do ser que vive e que faz, que se contrabalanceado serão o nosso equilíbrio mais saudável.
Todos nós somos ou temos os dois filhos vivendo e lutando em nós – mesmo o mais legalista dos legalistas por ser legalista luta ou lutará contra a vontade da transgressão, e, pior, quando se mais é extremamente reprimido, mais os desejos de transgressão serão fortes dentro de si, pois as proibições – ao contrario do que se imagina – aflora os desejos mais ocultos e avassaladores do ser.
Mas em contrapartida, o mais profundo dos transgressores em suas transgressões, poderá destruir-se a si mesmo, pois toda liberdade é limitada, e quando rompemos esses limites, começamos a entrar no caminho da alta destruição.
Por isso que Sartre vai dizer ou vai demonstrar em seu romance conceitual de seu profundo livro “a idade da razão” que, saber viver e conviver em si e relacionar com o outro, com o mundo e até Deus, caminhando entre esses dois pólos, tendo o equilíbrio como parte essencial da existência é a verdadeira idade da razão!
Só somos ou podemos ser transgressores arrependidos se houver em nós um obediente ressentido, e vice-versa, um sustenta ou sustentará o outro, apesar de serem opostos eles coexistem e sobrevivem em nós, um por causa do outro e para o outro.
O pastor britânico William Golding em seu brilhante livro “O Senhor das moscas” que entrou para o panteão dos clássicos da literatura moderna, combatendo a tese de que o homem é simplesmente um mero produto do meio, narra uma historia fictícia de um avião com crianças e adolescentes que caíram em uma ilha deserta.
Sem sociedade, sem leis e regras, elas têm a chance de começarem uma nova sociedade, mas o que ocorreu foi uma carnificina, mostrando com isto que, o homem não é somente um produto do meio, mas já nasce com o mal e bondade enraizada nele, ou como diz você Levi, com os desejos de transgressão e repressão, que não são apenas herdados do meio em que se vive, mas esta intrinsecamente na natureza do homem.
Abraços
Levi.
Você tem razão estamos falando ao mesmo tempo de psicanálise no mais profundo sentido da palavra no tocante ao evangelho.
As suas descrições sobre o ego e o superego, estão em sintonia com o artigo que escrevi que aliais você enriqueceu com o seu belo comentário.
"O desejo de liberdade reprimido é recalcado para o inconsciente, e nessa dimensão a obediência camufla a revolta, pois a liberdade é sagrada, todo o poder que se interpõe contra o desejo de transcender pode sujeitar-se a obediência pela coerção ou medo, mas não consegue remover a ira recalcada, que vai crescendo e no tempo oportuno certamente será ventilada".
Esse foi um dos parágrafos do texto que escrevi, mas você conseguiu ir além com maestria expor o teor da parábola associando aos conceitos de Freud!
Só me resta continuar lendo os seus textos para enriquecer a minha cultura psicanalítica! Rsss.
Uma verdadeira aula de psicanálise!
Obrigado pelo texto e um grande abraço.
Levi eu tinha falado lá na casa do Márcio que eu gosto de ler mais seus comentários nos blog da confraria do que seus textos propriamente dito. Pois você sempre tem uma interpretação do ponto de vista da psicanálise, coisa que eu sei pouco. E esse texto esta no estilo dos seus comentários que eu acho que você não deveria perder nem um, e guardar par o futuro pra servir para algum post ou compêndio de analise de post sobre esse seu ponto de analisar as coisas
-- OFF POST --
Prezado Levi
Antes tarde do que nunca adicionei o seu "Ensaios & Prosas" à minha lista de blogs. É mais uma forma de fortalecermos a nossa Confraria.
Forte abraço.
-- OFF POST --
Levi, duas coisas que você falou me fizeram pensar...
"Deixar a gaiola, produz satisfação em mim e em você, porém isto tem um preço:
Somos mais felizes que os de dentro da gaiola?"
e "O superego não está morto..."
Só essas duas frases dariam várias e várias linhas de reflexões e comentários.
Quero lhe sugerir escrever um texto abordando somente essas duas questões:
1 - Sair da gaiola não elimina o superego.
2 - Ficar protegido na gaiola não traz mais felicidade ao ego do que sair dela e quebrar os paradigmas da segurança?
Caro Marcio (os últimos serão os primeiros - rsrsrs)
"Fé e dúvida, legalidade e imoralidade, repressão e transgressão, arrependimento por ter feito, ressentimento por não fazer, e até mesmo entre eternidade e a não existência depois da morte, são algumas das “dualidades” do existir do ser que vive e que faz, que se contrabalanceado serão o nosso equilíbrio mais saudável".
Não há o que contestar sobre o trecho que você escreveu acima.
Acho que você entendeu muito bem o meu objetivo de, partindo da parábola dos dois filhos, fazer uma incursão sobre esses dois afetos paradoxais, com os quais lidamos diariamente:
"ARREPENDIMENTO E RESSENTIMENTO"
Um grande abraço.
Levi B. Santos
Caro J. Lima
Já tinha lido três versões da parábola do Filho Pródigo à luz da psicanálise.
Fiz essa versão para realçar esses dois sentimentos antagônicos muito conhecido de nós: "Arrependimento e Ressentimento".
Você meu caro, através de sua versão deu um banho de aprofundamento psicanalítico. Um ensaio realmente antológico, que a blogosfera cristã só tem a agradecer.
Temos muito o que aprender com as parábolas de Cristo, desde que a levemos para dentro de nós, e não para julgar o outro.
Um forte abraço,
Levi B. Santos
Gresder
Acho que poderia aceitar o seu conselho(um compêndio das análises postadas).
Agora tem um porém: aqui onde resido não existe editoras.
Será que a Jeová Nissi que você tão bem conhece, toparia uma parceria para publicar os ensaios de fundo psicanalítico? (rsrsrs)
O prefácio ficaria a cargo da C.F.G. (rsrsrs)
Caro confraterno Eduardo
Agradeço pela sugestão, aliás, muito pertinente.
Irei me debruçar sobre o tema, mas, para embasar-me melhor, gostaria que você me repondesse a essas duas perguntas?
1.Você saiu da gaiola, de livre e espontânea vontade, ou foi posto para fora dela?
2.Ou a gaiola foi quem lhe deixou órfão? (rsrsrs)
Um forte abraço,
Levi B. Santos
Levi:
Vivi muito bem dentro da gaiola, feliz da vida, pensando sinceramente que ali era o melhor lugar de um cristão estar.
Mas havia algumas questões que não batiam bem aqui na minha cabeça questionadora!
Por fim, algumas crenças por demais obscuras e castradoras da vida, acabaram me fazendo ir para fora, apesar de tecnicamente, ainda estar "dentro" pois sou membro de uma igreja batista!!!
Paradoxos...
Mas sempre estamos correndo o risco de construírmos novas gaiolas não é?
E será possível viver sem nenhuma gaiola?? rsss
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