São muitos caminhos, são muitos contextos
Quanto mais eles são, mais inacessível a minha escolha.
O mundo tornou-se repleto de complexidades.
Pois tudo que sei, que aprendi, e que acredito
São filmes revelados pelos óculos antigos.
Ideais pensados, abruptamente, entram em colapso.
Embaçado pelo enorme fardo de informações.
Aquilo que me pareceu de extrema importância,
Os novos óculos não mais o reconhece.
Esse legado de herança que invade os meus sonhos,
São sonhos que se nutrem do meu passado opaco.
Tateando ainda procuro o que imagino me faltar
Nas rachaduras me infiltro, mas só encontro o que fui.
Por Levi B. Santos
Guarabira, 25 de maio de 2011
3 comentários:
é...
tatearemos todos nós com novos óculos e depois novos novos óculos e depois novíssimos óculos e novíssimos novíssimos óculos e ainda assim, nada enxergaremos com nitidez.
o que vemos é o que já construímos e ainda assim, não nos conformamos que esse arcabouço dê conta de todas as realidades por exatamente sermos incapazes de ver o que nós mesmos construímos...
solução? ficar com o que nos acalanta no coração e continuarmos tateando nos caminhos da razão.(mas sempre com lentes multifocais)
EDU
O problema é que os óculos novíssimos são excessivamente racionais, ou muito potentes no olhar para fora.
Mas, as suas lentes ficam a nos dever quando tentamos esquadrinhar os nossos fantasmas interiores.
Você encontrou uma boa saída: "a lente multifocal", para o caminhar equilibrado. (rsrs)
Também gostei das lentes multifocais. Caíram bem.
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