Ontem
(20), dia da Consciência Negra, o ministro Toffoli trouxe ao pleno do STF o
“escritor negro que nunca esqueceu a sua classe” ― Lima Barreto
─, autor do risível “O Homem Que Sabia Javanês”.
No
conto, o personagem Castelo criado por Lima Barreto “era um
diplomata que chefiava um consulado, mas não sabia a língua exótica
que um dia se propôs ensinar”. Em conversa com seu amigo Castro
numa Confeitaria exibia orgulhoso as peças que pregava no
seu ambiente de trabalho...
Bem,
vou parar por aqui. Deixo a cargo do leitor, a leitura ou (releitura)
da fenomenal obra desse venerado escritor. E que venham boas gargalhadas.
O
voto de Toffoli, que não disse coisa com coisa por mais de quatro
horas (no caso COAF), com certeza, será lembrado pelas futuras
gerações como um dos maiores fiascos da História do STF.
Mas
foi o indefectível Luís Roberto Barroso que, já saindo do
plenário, após o truncado julgamento, sapecou a frase que evocou
Lima Barreto:
“Tem
que trazer um professor de Javanês!!!”
Ainda
bem que Barroso, um apreciador da boa literatura, chamou-nos a
atenção para o memorável conto de nosso corajoso escritor negro -
Lima Barreto - na noite do Dia da Consciência Negra.
Por
Levi B. Santos
Guarabira,
21 de novembro de 2019
Site
da Imagem do Topo:
http://cbtij.org.br/1987-o-homem-que-sabia-javanes-direcao-e-concepcao-eduardo-wotzik/