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....................Se és assim tão duro p´ra chorar,
....................Tens uma arte divina de expressão,
...................Que alivia a alma em seu deserto,
....................Quando os olhos não atendem ao coração.
....................Há um instrumento ali, de ti bem perto:
....................Entoa nele, então uma canção.
....................Caminharás! Disto estou bem certo,
....................Na voz pungente do teu violão.
...................No silêncio das noites mal dormidas,
...................Puxa as tensas cordas, tira uma canção.
...................A melodia eclodirá em “Tom Menor”,
...................Chorará por ti, o sonoro violão.
...................Mesmo sem poço de lágrimas no deserto,
...................Tens as mãos, e tens teu coração,
...................E nesta divina arte de tocar,
...................Os teus reclames desaparecerão.
.........................Mas quem sabe, se das cordas retirares,
.........................Mesmo triste, uma perfeita melodia,
.........................Então um raio de alegria nascerá,
.........................Augurando para ti um novo dia.
.........................Acordarás bem melhor das tuas dores,
..........................Pois aquilo que no teu peito ardia
......................... Transformou-se em força e esperança,
..........................Expulsando a aflição que te invadia.
..........................Se os temores quiserem te assustar,
..........................E a ansiedade quiser te dominar,
..........................Toma o instrumento, exerce o teu dom,
..........................E um novo hino principias a tocar.
..........................E nesta noite, já então refeito,
..........................Tua voz fraquinha, o silêncio quebrará,
..........................E em harmonia dupla com o violão,
..........................Espargirás a PAZ por todo o teu lar.
.................................(Versos dedicados a um amigo violonista)
.................................Guarabira, l2 de Abril de 2008
2 comentários:
Como vilonista amador que sou, não
poderia deixar de apreciar esta sua
poesia, sobre o pinho!
Uma belíssima ode ao sofrimento do violonista que se vale do seu pinho para escapar das mágoas e tragédias da vida. Bravo!
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