Quando
temos muitos afazeres e lazeres por dias ou meses seguidos, não percebemos o
tempo passar, e dizemos comumente: “Como o tempo voa!” ou “Como
o ano passou rápido!”
Preparem-se
cidadãos brasileiros, pois, nas redes sociais já estão a propagar que o ano de 2014 não vai existir. Bem, não é
nenhuma previsão catastrófica que se quer aqui anunciar. Trata-se de um ano
inusitado, pela quantidade enorme de eventos programados. Ano de muitos
feriados e pontos facultativos em que pouco se trabalhará e muito se folgará.
Como
todos sabem, no Brasil, tudo só começa a funcionar depois do carnaval, mas só
por pouco tempo, pois logo vem a Semana Santa. Só que depois da Páscoa, além do
São João, vem a Copa do Mundo, que vai tomar todo o mês de junho e um pedaço de
julho. Depois da refrega da Copa, com ou sem manifestações por Hospitais padrão
FIFA, o país poderia começar a funcionar, mas aí vem o fuzuê pré-eleitoral, com
as barulhentas e modorrentas campanhas para Presidente da República,
Governador, Deputados Federais e Estaduais. Depois das eleições, vem o período
de comemorações dos eleitos e as contestações de ilicitudes nos pleitos
desembocando no STE. Com pouco mais de trinta dias estaremos novamente nas
comemorações Natalinas, e o ano evaporou-se.
Sabendo
que a mistura fantástica de “política” e futebol são a carne e o sangue do
brasileiro, já se pode imaginar que nada de sério se produzirá no país do
carnaval nesse ano que se aproxima. É de se esperar que dados fictícios de
crescimento do país sejam expostos na imprensa, para acalmar o mercado. Com
certeza, 2014 será o ano da ociosidade, e a ressaca de todo o mega-espetáculo ficará
para 2015. E seja o que “Deus” quiser!
E
se o Brasil for Campeão do Mundo? Claro que o PT e a Dilma faturarão para si o
resultado. Caso isso aconteça, a multidão vestida com as cores nacionais não
vai dar a mínima bola para, taxa de crescimento abaixo de zero, desvio de
dinheiro público, estouro da bolha, crise de petróleo, subida do dólar,
inflação, etc. Os fanáticos por futebol não vão tremer diante de manchetes
jornalísticas arrasadoras, tipo: “Os
gastos com a Copa do Mundo no Brasil foram maiores que a soma do que foi
aplicado nas três últimas edições (no Japão, Coreia, Alemanha e África do Sul)”.
Já pensou o presidente da FIFA queixando-se ao ministro dos esportes, sobre o
exagero no superfaturamento nas obras executadas nos estádios?
Caso
o Brasil venha perder a Copa, talvez surja o tal do “pacto democrático” em
torno da volta de Lulla, para evitar perigos maiores.
A
razão está a me dizer que a Alemanha ganhará fácil essa Copa. E se assim acontecer,
vamos passar o resto do ano sofrendo do “Transtorno
Pós-Traumático” ― uma espécie de reedição do que aconteceu na copa de 1950
contra o Uruguai, aqui mesmo no Maracanã.
Como
há soluções mágicas para tudo no governo do PT, quem sabe se algo como uma “Bolsa anti-stress” ― a cargo do
ministro da saúde, não irá amenizar o sofrimento e trazer um pouco de paz, aos
torcedores fanáticos, no final de um ano em que nada de importante se
construirá ou se executará na república das bananas, que ainda vive dos feitos
do mito – Pelé - grande ídolo do futebol de eras passadas?
P.S.:
É bom ter em mente que se o Brasil for
Hexacampeão do Mundo, continuará na amarga 73ª posição no ranking mundial do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
Por Levi
B. Santos