Para
ofuscar as recentes manifestações populares contra a corrupção, as licitações
fraudulentas, e a impunidade na base do Governo, muito se tem falado sobre referendo e plebiscito nas últimas semanas, coisa que o falecido Chavez
(ídolo do PT) da Venezuela extraía de sua cachola
com maestria, toda vez que se via em maus lençóis.
Roberto
Pompeu Toledo, que escreve quinzenalmente na última
página da revista VEJA, dirigindo-se a maioria dos cidadãos brasileiros (entre
eles, os do “Bolsa Família”) expôs de uma maneira bem simples ou inteligível o
que seria o tal do plebiscito que a
falange chavista do PT, de má fé, planejava usá-la para desviar o foco dos
protestos, a favor da reeleição de sua protegida e apadrinhada do, até o momento, desaparecido Lula.
“Plebiscitos se fazem com enunciados
simples que envolvem no máximo rudimentares cálculos matemáticos” ― disparou o ensaísta
da Veja logo no início do seu artigo. Para explicar o que seria o tal de
plebiscito, ele se valeu de uma espécie de consulta à população sobre os gastos
recentes de uma famosa cliente com seu cabeleireiro.
Vamos lá:
“Em nove oportunidades, uma cliente pagou 400 reais ao profissional que lhe fez o penteado e a maquiagem.
Na décima, pelo mesmo serviço foram-lhes propostos 3.125 reais. A cliente deve concordar com a
proposta? SIM ou NÃO?”
Para não me alongar, transcrevendo todo artigo de Pompeu Toledo, na Veja
desta semana, irei direto ao que motivou o satírico ensaísta, a contar essa
historieta de um plebiscito sobre os gastos da cara cliente com o seu
cabeleireiro (rsrs):
“Daí não ser à toa que esteja posta, aí em cima, a história dos
preços do cabeleireiro. A história é REAL. A cliente em questão é a presidente Dilma Rousseff, e os preços foram apurados pela reportagem da Folha de São Paulo. Em nove ocasiões, desde o início do mandato de Dilma, a Presidência pagou 400 reais pela preparação de seu visual
antes das aparições na televisão. Na décima, em dezembro do ano passado,
foi-lhe apresentada uma conta de 3.125 reais. O governo disse Sim ou Não? Advinhe o leitor. Advinhou: disse SIM. E continuou dizendo sim
nas duas vezes seguintes, a última das quais na semana passada, quando pagou os
mesmos 3.125 reais. Ora, direis, leitor, é uma mera conta do cabeleireiro. Se a
conta do cabeleireiro, tão simples de calcular, é administrada desse jeito,
imagine-se a da transposição do São Francisco.”
Dois dias atrás (dia 29), Zé Dirceu, em seu blog, pôs uma nota convocando a bancada do seu famigerado
partido em prol da realização de um plebiscito sobre a reforma política com o
intuito de beneficiar a reeleição de Dilma e sua trupe.
Que o povo esteja de olhos bem abertos, para mais tarde, quando for
reprisada a tese de um plebiscito à La Chavez, lembrar-se desse exemplo, matematicamente
bem simples, sobre as transações da Presidenta e o seu sortudo cabeleireiro.
Por Levi B. Santos
Guarabira, 01 de
julho de 2013
Site da Imagem: http://blogdoparrini.blogspot.com.br/
4 comentários:
Talvez não venha a ser um plebiscito a lá Venezuela, mas, ao que tudo indica, o Planalto está se afastando do foco dos reais anseios populares. Esses temas foram sugeridos pelo governo, os quais não preenchem os anseios da população brasileira:
- Financiamento de campanha: onde o eleitor terá de decidir se será público, privado ou misto;
- Sistema eleitoral para definir o tipo de voto: proporcional, como é hoje, distrital ou misto;
- Manutenção ou não das coligações partidárias;
- Fim da suplência no Senado;
- Fim do voto secreto dos parlamentares.
Isso foi o que o governo entregou hoje ao Congresso Nacional e acho que as ideias não correspondem aos anseios do nosso povo por transparência, exceto em relação ao fim do voto secreto dos parlamentares. Do mais, a mentalidade pouco politizada do eleitor, infelizmente mal informado, não saberá decidir adequadamente acerca do financiamento de campanha porque as pessoas pensarão que o escasso dinheiro público não deve ser destinado para propaganda eleitoral. As suplências no Senado deverão acabar porque o brasileiro não gosta de cargos assim como as coligações. Já o tipo de voto, falta à maioria do colégio de eleitores capacidade técnica para entender do que se trata.
Enfim, estamos diante de mais uma atitude de desespero do governo Dilma e que só trará mais desgastes, sem falar na grana que o país deve gastar para consultar sobre coisas que nem foram alvos principais dos protestos. E, acertadamente, bem criticou o tucano Álvaro Dias:
"É uma temeridade, porque nós não teremos tempo suficiente para esclarecer a população brasileira. Ela irá para um plebiscito sem noção exata da importância dessas indagações. O produto final estará comprometido pela ausência do grande debate e do esclarecimento"
Caro Rodrigão
Esse plebiscito tirado do saco da gang petista, é puro GOLPE.
Os milhares de manifestantes que saíram às ruas não pediram, em momento algum, esse expediente eleitoreiro, usado e abusado pelo deus do PT ― o falecido Chavez, que se pudesse estaria se revirando de alegria em seu túmulo.
O que a cansada e vilipendiada nação brasileira deseja é o fim do desperdício do dinheiro público, e a fiscalização séria dos gastos dos marajás que vêem como coisa normal pagar 3.125 reais a um cabeleireiro para fazer a maquiagem da presidenta, num verdadeiro acinte a inteligência do cidadão brasileiro.
Para se ter eficiência,
transparência, honestidade e vergonha na cara não é necessário fazer consulta à população.
Caro, Levi,
Respondi aos comentários que também replicou em meu blogue. Obrigado pela participação também lá. Concordo com esta conclusão:
"Para se ter eficiência, transparência, honestidade e vergonha na cara não é necessário fazer consulta à população."
Sobre o plebiscito ser golpe, segundo a OAB, a Constituição Federal de 1988 não pode ser posta em risco pela eventual formação de maiorias ocasionais:
"A Constituição da República deve ser preservada; sua higidez deve ser mantida", afirmou o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados, Dr. Marcus Vinicius Furtado.
No entendimento firmado pela entidade, no que concerne ao encaminhamento do plebiscito, é preciso levar em consideração dois pontos fundamentais:
1- O artigo 16 da Constituição Federal não pode ser alterado. Só podem vigorar para as eleições do ano seguinte aquelas normas que entrarem em vigor pelo menos um ano antes da sua realização, dentro do conhecido princípio da anualidade eleitoral para se evitar que o casuísmo político eleitoral não modifique as regras do jogo, garantindo-se a estabilidade política do País.
2- Como o plebiscito vincula o Congresso, a consulta não poderia conter perguntas que alterem a Constituição Federal porque a Carta Magna só pode ser alterada por meio de um procedimento previsto na própria Constituição, que é a Proposta de Emenda à Constituição. Logo, segundo a OAB, a Constituição não pode ser alterada através de uma pergunta plebiscitária, que é vinculativa.
Os conselheiros federais da OAB, na sessão do Pleno da entidade ocorrida na última segunda-feira (01/07), manifestaram, por aplausos, a aprovação da forma com que o tema reforma política tem sido conduzido pelo presidente da OAB Nacional, Marcus Vinicius Furtado.
Entendo que, se for feito o plebiscito, o Congresso terá que aprovar uma PEC para dar validade à consulta sendo possível que, pelo apertado prazo, uma mudança de regras só passe mesmo a valer a partir das eleições de 2016.
Levi, o famigerado plesbicito, pelo menos, foi enterrado.
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