Centenas
de refugiados são barrados em estação ferroviária na Hungria
Há
cerca de cinco
anos, a chanceler alemã, Ângela Merkel,
fazia um duro discurso em seu país, quando se discutia sobre os
imigrantes muçulmanos que não estavam se adaptando à sociedade
germânica. A sua fala, como um tufão violento, varreu o mundo.
Disse ela, naquela ocasião: “A
tentativa da Alemanha de criar uma sociedade multicultural
fracassou!”. Talvez, a
afirmação da primeira
mandatária tenha sido para
agradar ao partido democrata
cristão (CDU) que, em
momento crítico, exercia
intensa pressão por uma posição mais dura contra os imigrantes.
Da
União Europeia, especialmente os Alemães já vinham demonstrando
insatisfação com a não
assimilação dos imigrantes
aos ditames da cultura
alemã. Tanto é, que
solicitaram
das autoridades que “delineassem
políticas severas de combate à tentativa de matar a cultura alemã.
[…] No país que
foi palco de umas das maiores demonstrações de desrespeito às
culturas diferentes (aqui falamos do Holocausto), as declarações da
primeira ministra soaram como xenófobas” (vide
link)
Naquela
época (agosto de 2010), o renomado economista alemão, Thilo
Sarrazim, ministro
das finanças de Berlim, já redigia artigos detalhando as
consequências da Islamização da Alemanha e do resto da Europa.
(Vide
Link)
O
atual presidente da Hungria (porta de entrada dos imigrantes), Viktor
Orbán, disse recentemente: “O
que está em jogo é a Europa, o estilo de vida dos cidadãos
europeus, valores europeus, a sobrevivência ou desaparecimento das
nações européias e, mais precisamente, sua transformação a ponto
de não a reconhecermos. Hoje, a questão não é meramente em que
espécie de Europa nós gostaríamos de viver e sim tudo o que
entendemos como Europa irá sequer existir”. (Vide
Link)
Setores da imprensa mundial acham
que a Europa está colhendo o que plantou. A RBA (Rede Brasil Atual)
em um artigo publicado em seu site há oito dias, de modo sucinto,
explica por que a Europa, de certa forma é responsável pela maior
crise humanitária que se abate sobre o mundo:
“Não
tivessem ajudado a invadir, destruir, vilipendiar, países como o
Iraque, a Líbia e a Síria; não tivessem equipado com armas e
veículos, por meio de suas agências de espionagem, os terroristas
que deram origem ao Estado Islâmico, para que estes combatessem
Kadafi e
Bashar Al Assad,
não tivessem ajudado a criar o gigantesco engodo da Primavera Árabe,
prometendo paz, liberdade e prosperidade, a quem depois só se deu
fome, destruição e guerra, estupros, doenças e morte nas areias do
deserto, entre as pedras das montanhas, no profundo e escuro túmulo
das águas do Mediterrâneo, a Europa não estaria, agora, às voltas
com a maior crise humanitária deste século, só comparável, na
história recente, aos grandes deslocamentos humanos que ocorreram na
Segunda Guerra Mundial.
Depois
que os imigrantes forem distribuídos, e se incrustarem em guetos ,
ou forem – ao menos parte deles – integrados em longo e doloroso
processo, que deverá durar décadas, aos países que os acolheram, a
Europa nunca mais será a mesma.” (Vide
Link)
Quem
diria que Ângela Merkel,
depois
de ter há cinco anos vaticinado o fim do multiculturalismo, hoje,
nadando contra a maré de
medo que abala grande parte da Europa(que
já está
sendo chamada de
Eurábia) estaria
com toda a garra defendendo
a integração dos refugiados do mundo islâmico em seus domínios?
Em que pese o
protesto
da direita
alemã, ela não titubeou ao
afirmar que a grande massa
de imigrantes mudará o país.
Os
Sírios, já apelidaram
a mandatária alemã de
“mamãe Merkel”.
Por
ora, os refugiados, em
solo alemão, inundam as
redes sociais com mensagens de amor à
chanceler.
Só não sei o que acontecerá depois da euforia inicial. (Vide
Link)
Por
Levi B. Santos
Um comentário:
De fato, o intervencionismo para tirar proveito econômico de outros povos contribuiu para a vinda de imigrantes nos séculos XX e XXI sendo que o problema atual se agrava com a guerra na Síria gerada pelo EI. Este não teria se fortalecido sem o fim do regime de Saddam. George W. Bush foi bem imprudente ao atacar aquele país em 2003, coisa que seu pai, em 1991, recusou fazer quando limitou a ação militar apenas para libertar o Kwait e impor um controle sobre p Iraque. Particularmente, não sou contra missões militares de paz, mas sou contra o colonialismo e as guerras de ataque como a de 2003. Agora o mundo sofre as consequência de uma loucura dos USA e Reino Unido. Só nos resta uma ação a fazer que é o amor e talvez o problema exija nova intervenção terrestre dessa vez para livrar Iraque e Síria do terror.
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