Após o longo período de “descanso” (para não dizer o contrário) proporcionado pelo feriadão que
culminou com o dia de Finado, pensei, e logo desisti de fazer uma
relação das melhores e risíveis frases da nossa presidenta em
“exercício”.
Propositadamente, coloquei aqui as palavras descanso
e exercício
entre aspas. Quanto a primeira palavra frisada, devo dizer que meu
descanso foi por água abaixo, pois passei a maior parte do tempo
(com noites mal dormidas), quebrando a cabeça com o famigerado e mal
elaborado site eSocial
que custou a bagatela de seis milhões e seiscentos mil reais aos
nossos já confiscados bolsos. O site governamental, largamente
propagado durante o ano de 2014 que pretendia com o sistema
“SIMPLES”, “descomplicar”
a arrecadação de impostos dos sofredores contribuintes da classe
média, gorou, como se diz na gíria nordestina, quando uma
bombinha junina falha. Vivendo uma época de tanto desvio de dinheiro
público, fiquei a pensar com os meus botões sobre o desperdício de
tanta grana, principalmente depois do anúncio, em cadeia de rádio e
televisão, feito pelas (des)autoridades de nossa frágil
republiqueta, dando conta de que o site alinhavado pelo governo era
INEFICIENTE ou IMPRESTÁVEL. O (des)governo chegou ao ponto crítico
de não aparecer na TV para se desculpar, com a bandeira nacional
estampada no fundo da tela, como comumente ocorre em casos de
desastres naturais e serviços mal prestados à nação. Quanto ao
segundo termo grifado ―
exercício
―,
coisa
que
não é mais novidade, se
deve ao fato de a embarcação da Terra de Santa Cruz se encontrar à
deriva, ou sem comandante há
vários meses.
Mas
o nosso hino nacional, tão inocentemente cantado pelas crianças,
fala de um mãe gentil e de uma pátria amada. Perdoem-me o acesso de
riso que tive agora: é que diante de tantos desencontros, balbúrdias
e falta de seriedade por parte dos que deviam zelar pela coisa
pública, me pus a imaginar que parte do refrão do hino do Ypiranga
poderia, diante do descalabro reinante em nossas instituições, ser
muito bem substituído, por “...dos filhos deste solo és mãe
hostil, pátria desalmada, Brasil”.
Na Pátria Educadora,
incessantemente propagandeada nos meios de comunicação,
quando uma autoridade fala de improviso, os mais impensáveis
silogismos acabam se tornando regra. A expressão “Homo
sapiens” (ser humano) sem medo do ridículo de ferir a
língua portuguesa, é considerada de cunho machista pelos educadores
no Poder. A criadora do slogan “Pátria Educadora”, em um arroubo
de idealismo igualitário deu “exemplo” de que não é
preconceituosa, quando em um dos seus célebres discursos criou a
expressão “mulher sapiens”
[Vide
link].
Na Pátria Educadora, quem estuda
História sabe muito bem que cenas hilariantes como as que estamos
assistindo atualmente no grande Teatro dos Poderes da República são
apenas um repeteco ou eco da longa comédia iniciada nos tempos de
Dom João VI. Tem se tornado até comum entre nós, o dito:
“Ah, isso faz parte do nosso DNA cultural”.
“Só se conhece uma pessoa
de verdade, no exercício do Poder” ─
disse certa vez, William Shakespeare. Naturalmente, o
dramaturgo inglês (1564 ─
1616) queria evidenciar que nas esferas de poder de uma nação não
havia quem resistisse ao fascínio de lutar renhidamente pelos
melhores papéis na grande Comédia dos Poderes em torno do trono
imperial.
O livro “1808”
de Laurentino Gomes (lançado em 2007) traz um retrato fiel da
época em que nossos principais atores vindos do além- mar deram
início a trágica comédia, que hoje, com ingredientes mais
picantes, estamos a revivenciar. Naquele tempo, Carlota Joaquina
(que fazia o diabo, mandando e desmandando), de temperamento
irascível e extremamente complicada a ponto de não se relacionar
normalmente com os outros do seu vasto reino, era temida por seus
súditos que, mesmo a contragosto, a saudavam com um “Deus Salve
a Rainha!”.
P.S.:
CLIQUE AQUI para ouvir o comentário de Mirian Leitão na Rádio CBN, sobre a Trapalhada do Governo que violou, por incompetência, o direito de folga do contribuinte durante o feriadão de Finado, deixando-o por horas a fio de frente para uma telinha de computador a esperar o funcionamento de um programa esdrúxulo e inoperante que torrou nada mais nada menos que R$ 6.600,00 dos nossos suados impostos. ISSO É UMA VERGONHA!!!
Por
Levi B. Santos
2 comentários:
Duzentos anos se passaram de D. Joao pra ca e esse Pais continua mediocre, corrupto e cheio de governantes incopetentes mamando o dinheiro do contribuinte. Lembrando o que disse certa vez um escritor latino acerca do continente, eis que continuamos um mendigo sentado sobre um barril de ouro. Terra rica com uma classe politica muito pobre de visao, de inteligencia e de criatividade produtiva, embora criativos pra roubar...
Caro RODRIGO
Eis aí um “belo” motivo para os investidores estrangeiros fugirem do inferno que se transformou a nossa devassada república .
A incompetência das autoridades beira o ridículo, diante de um descalabro como esse em que o governo passa mais de seis meses gastando um enorme soma de dinheiro para gerar um programa de arrecadação de impostos, que IMPLODE com o acesso de apenas 15% do total de empregadores de domésticas.
O pior é que tivemos de aguentar piadas de mal gosto da corja de imbecis do eSocial e da Receita Federal, dizendo que os empregadores de domésticas, por não terem o que fazer, podiam muito bem ficar a frente da tela do computador, com os olhos fixos, por horas a fio, num reles aviso: “Aguarde um instante" .
Quanto a Chefe maior da tribo de selvagens que mama nas tetas da “MÃE GENTIL”, sem nada de sério produzir, sequer deu as caras na TV para dizer onde foi parar tanto dinheiro.
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