Se
eu morresse, e não morresse de mim
Morreria
do que eu não sou.
Posso
eu, morrer só de mim?
Quando
em mim morre o que não sou?
Se
eu morrer como eu quero morrer
Minha
morte será a tua dor.
Se
eu morrer, como é teu querer,
Não
morri, para te vivo estou.
Se
então na verdade eu morrer,
Noutra
vida serei sempre assim,
Pois
eu morro de todo o meu ser
E
já não posso mentir para mim.
Como
eu quero na verdade morrer,
Esta
morte é mentira p’ra ti.
Pois
não morro como queres ver,
Minha
morte não podes sentir.
Se
na vida eu representei,
Desta
morte eu não posso calar.
Pois
em mim morre tudo que sei,
Já
não posso mais representar.
Morto.
Fica o que pensam de mim.
Minha
essência tornou-se finita.
Exauriu-se
chegando ao fim,
Só
deixando aqui esta escrita
Na
verdade aqui tem dois mortos:
Um
que fica e outro que vai.
É
um falso ficando para os outros
E
um real, que comigo se esvai.
Por Levi B. Santos
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