Estará completando 40 anos, no
próximo dia 8 de junho, a foto de uma garotinha vietnamita de 9 anos de idade que
circulou por todo o mundo e ficou reconhecida como símbolo dos horrores de uma
guerra insana travada pelos “cristãos” americanos contra “comunistas” no Vietnam.
O fotógrafo Nick Ut captou o exato
momento em que Phan Thi Kim Phuc, fugia das chamas de uma bomba
de Napalm jogada pelos americanos em seu povoado.
Alguns, que já foram presidentes dos EUA ainda acham que a guerra foi justa, para evitar a propagação do comunismo naquela região. Os EUA chegaram a manter cerca de 550 mil militares no Vietnam, e saíram de lá derrotados, quando o governo de Saigon (Vietnam do Sul) se rendeu aos vietcongs
Alguns, que já foram presidentes dos EUA ainda acham que a guerra foi justa, para evitar a propagação do comunismo naquela região. Os EUA chegaram a manter cerca de 550 mil militares no Vietnam, e saíram de lá derrotados, quando o governo de Saigon (Vietnam do Sul) se rendeu aos vietcongs
Depois de vários enxertos de pele e
cirurgias, Phuc foi finalmente
autorizada a deixar o hospital, 13 meses após o bombardeio. Ela tinha visto
foto de Ut, que até então tinha ganhado o Prêmio Pulitzer, mas ainda não
sabia do alcance e poder da imagem.
"Fico muito feliz em saber que ajudei Kim", disse Ut, que ainda é fotógrafo da Associated Press. "Eu a chamo de
minha filha", brinca.
"A maioria das pessoas conhece minha foto, mas sabe
pouco sobre minha história", diz Phuc.
“Fico agradecida por poder aceitar essa foto como um presente. Com ela, eu posso usá-la
para a paz."
Não
há como deixar de sentir um frio na espinha, ao rever o vídeo da destruição
de vidas em defesa de uma ideologia.
A
garota de 9 anos de idade fugindo nua com o corpo todo queimado, ficou como
marco do instinto de destruição de uma nação que, ainda hoje, se arvora como a
mais poderosa do planeta em defesa de princípios que nada tem a ver com a religião
que diz professar — o cristianismo.
P.S.: Phan Thi
kim Phuc e seu esposo Bui
Huy Toan se conheceram em Cuba
para onde Phuc foi enviada em 1986 para ser cuidada por médicos cubanos.
Os dois, hoje, residem no Canadá.
Guarabira, 01 de Junho de 2012
10 comentários:
Sem dúvida Levi, esta é uma das imagens mais chocantes não só daquele conflito da Guerra Fria como ilustra os horrores vividos no século XX.
Não considero os USA piores do que a ex-URSS ou do que o nazi-fascismo. Porém, certamente que é impossível alguém com um pingo de reflexão endeusar a ideologia norte-americana como se os ianques tivessem sido a salvação do mundo no século passado.
A atuação dos Estados Unidos foi importante na 2ª Guerra? Sem dúvida, pois do contrário o mundo hoje poderia ser nazista. Contudo, como que os norte-americanos foram intransigentes e defensores de interesses capitalistas nesse tempo todo?! Na América Latina, ainda financiaram os regimes militares autoritários como foi o golpe de 64 no Brasil que espero nunca mais se repetir.
Sem dúvida, Levi, que a nudez da criança queimada na foto expõe com clareza toda a brutalidade de uma guerra. Expõe a nossa insensibilidade para com as populações civis. Expõe a sobreposição de interesses econômicos e políticos sobre as comunidades. Expõe a falsidade daqueles que se declaravam "polícia do mundo", "guardiães do bem", "cristãos", "nação escolhida por Deus", etc.
Não há santos numa guerra e creio que o mundo não se pacificará reagindo belicamente aos conflitos. Ainda que os americanos tenham evitado o domínio do comunismo soviético ou do nazismo alemão, eles não foram capazes de extrair do mundo as causas da violência.
Na última guerra que os USA se meteram, penso que as consequências econômicas agravaram-se de uma tal maneira que hoje ameaça uma hegemonia que tem durado desde a época da 1ª Guerra Mundial. A insanidade de Bush, ao invadir o Iraque, fez com que uma barbaridade de dinheiro fosse gasta com armamentos e pagamentos de pensões às famílias dos soldados mortos e aos combatentes feridos. Foram a meu ver derrotados no Oriente Médio já que os iraquianos, povo de raízes profundas, não se deixaram assimilar pelo ocidentalismo norte-americanos.
Com os norte-americanos hoje enfraquecidos, resta indagarmos como poderá serão os rumos da política internacional futuramente? Espera-se que novos países venham a integrar o Conselho de Segurança da ONU como membros permanentes, inclusive o Brasil. E, diante das incertezas do amanhã, mantenho minhas expectativas de que um melhor diálogo possa evitar futuros conflitos globais ou regionais.
Oremos pela paz!
Abraços.
Poxa Levi,
Sabe que já me deparei com esta imagem por inúmeras vezes, mas nunca me interessei por sua história?
Agradeço por sua sensibilidade e contribuição ao postá-la!
Abraços.
Levi que cena chocante!
Não havia visto ainda o vídeo apesar de conhecer a história e ter visto a foto.
Não dá pra se referir também a tatas pessoas que morrem covardemente pela injustiça social...
valeu meu caro
É isso aí, Rodrigo
Não se invade um país para melhorá-lo. Se invade para satisfazer os próprios instintos de destruição presentes no homem dominador que se considera melhor do que o seu semelhante (o diferente, o de cultura "inferior").
Essa imagem me deixava profundamente deprimido quando eu era adolescente. O olhar de terror da menina, queimada, era terrível demais para um menino sensível como eu era.Depois soube que era da guerra do vietnã. Depois assisti aos filmes sobre a guerra. Apocalipse Now me deixou também chocado.
Este mês, na revista Piauí, fotos não menos tocantes do fotógrafo Horst Faas me trouxe outra vez o terror da guerra. Um em especial, mostra um soldado vietnamita ferido agonizando, sendo amparado por um outro com um olhar frio, distante, parecia que não estava ali...
sobre essa foto ele disse:
"Ela não retrata nenhum fato relevante. É apenas um soldado morrendo nos braços de outro. Eu a fiz com um olhar cristão, vendo uma Maria amparando o filho morimbundo"
Olhar esse que faltou para a maior nação cristã do mundo.
Doni e Gilberto.
Essa, sem sombra de dúvida, foi a foto mais vista e comentada entre todas as guerras, de uns cinquenta anos para cá.
O vídeo, como disse o Gilberto é demasiadamente chocante.
Acho que não há cena mais brutal entre todas as imagens recentes de guerra que já tive o desprazer de ver.
Levi, o Eduardo militar diria o seguinte: existem guerras justificáveis. Foi justo se derrotar o Terceiro Reich; o império comunista, ditatorial e opressor de seus próprios cidadãos, precisa também ser contido.
Mas o que não nunca será justificável, é a guerra produzir cenas como esta que o fotógrafo Nick Ut eternizou.
Talvez não exista muita coerência no meu comentário, mas o que vou fazer, o mundo não é coerente.
EDU
As queimaduras de primeiro, segundo e terceiros graus que tomaram todo o corpo da menina provocam fortíssimas dores.
Mas veja a que ponto chega o desespero da menina queimada, na filmagem de Ut, que também deve ter ficado marcado pela cena de horror:
Depois de correr desabaladamente, a menina pára, olha para o seu corpo com a pele se largando, como não se estivesse sentindo nenhuma dor, ou não entendendo nada.
A impressão que tenho é que numa situação daquela o estado de choque chega a ser tamanho, que extingue momentaneamente a sensação de dor.
Fiquei pensando também no sangue frio da pessoa que filmou todo o desenrolar do acontecimento.
É verdade, Levi, ela estava mesmo em estado de choque. Um quadro terrível que nos faz até ponderar se a humanidade um dia chegará a ser um "projeto relevante" e não, uma "paixão inútil".
não pude conter as lagrimas...senti o sofrimento daquelas crianças em meu coração...e ainda tem gente que acredita no EUA...não posso aceitar que os EUA são os maiores e piores terroristas da conteporaneidade.
att. giselio marques / alagoa grande-pb
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