Pesquisa
recentemente realizada para Presidente dos EUA (as eleições ocorrerão no
próximo dia 06), dá conta de que os católicos (46%) pendem para o lado de Obama,
e os protestantes (50%) apóiam o candidato mormon, Romney. Junte-se Obama
+ Romney
+ o Furacão
Sandy + Fundamentalismo religioso e se terá um quadro profético imaginário
semelhante às narrativas apocalípticas descritas na Bíblia. Como não poderia
deixar de acontecer, o país de berço gospel
crê que os acontecimentos do momento são recados “divinos” para os seus
afiliados.
A
superstição, como sempre, no meio fundamentalista, é responsável por um caldo
de poderoso veneno, ao juntar eleições com catástrofes para as mais estapafúrdias previsões.
Prova disso é que o Estado Americano de OHIO está sendo considerado como os "olhos" e a "boca" de Deus ― quem ganhar lá, leva.
A revista
Veja
desta semana diz que o vencedor em OHIO tem 100% de chances de ser o novo presidente. É que, nas últimas 29 eleições presidenciais, Ohio acertou no
vitorioso em 27. E aí, para dourar a
pílula, entram: estatística, matemática, superstição e o dedo de Deus.
Em
suas campanhas, cada um dos candidatos está se comportando de maneira fidedigna
ao seu Deus. Depois da devastação provocada pelo furacão Sandy, Obama
recebeu e atendeu ao recado “divino” no sentido de parar com o ritmo frenético
de sua campanha, pois mantê-la a todo vapor seria uma mostra de insensibilidade
ante à tragédia que destruiu lares e provocou cerca de 100 mortes. Quanto a Mitt
Romney, seus profetas receberam, também, um insight divino: manter a
agenda no ritmo esfuziante, com um detalhe: trocar urgentemente os seus
comícios por campanhas de arrecadação de mantimentos para as famílias atingidas
pelo furacão.
Na
próxima terça-feira (dia 06), é que saberemos qual o "deus" que faturou mais
alto.
Não
será novidade nenhuma se os dois candidatos, Obama e Romney,
em analogia ao Apocalipse de João, profetizarem para os eleitores de Nova
Iorque e de Nova Jersey que eles verão surgir dos locais onde tudo foi
devastado, uma Nova Jerusalém.
Por enquanto, os dois candidatos dizem que suas palavras são fiéis e verdadeiras.
“...Próximo
está o tempo” (Apocalipse 22: 10)
Por
Levi B. Santos
7 comentários:
Muito bom o seu texto, só não aprovo sua visão de fundamentalismo(a qual se confunde com neo-pentecostalismo e misticismo).Para mim fundamentalismo é ser um cristão coerente com a palavra, ser bíblico, e não é ser ignorante. Todavia, entendi a reflexão. Valeu!!
Dizem que o Obama está tirando melhor proveito do furacão. Mas depois que o candidato ao governo do Rio de Janeiro Garotinho se auto denominou "escolhido" "O Davi" de Deus em eleições passadas qualquer insight profético seja lá onde for será fichinha rssrs...
Caro Felipe Lopes
Seja bem vindo ao nosso recanto.
Entendi a sua colocação quanto ao termo fundamentalismo, que de certa forma exprime uma conotação negativa. (rsrs)
No caso aqui da campanha dos dois candidatos a presidência dos EUA, eu quis evidenciar, de forma humorada, a que ponto chega o ser humano, que na busca doentia pelo poder político, usa e abusa dos conceitos religiosos, ligando-os aos fenômenos da natureza, no caso - o furacão Sandy ―, para tirar proveito em favor de seus próprios interesses megalomaníacos.
Mariani
Eu cheguei a ler de internautas, nas rede sociais, que Obama usou ferramenta de manipulação do tempo a fim de causar a tempestade, para depois surgir como o Messias enviado para salvar os norte-americanos.
É demais para nossa paciência... (rsrs)
Levi, Romney fez a melhor estratégia para ganhar votos com o Sandy(recolher donativos) mas o deus do Obama falou mais alto...rsss
Penso que o furacão ajudou Obama pela maneira como ele, um Democrata, lidou com a tempestade doferentemente do Republicano George W. Bush quando Nova Orleans foi destruída. Já as dificuldades econômicas dos USA foram responsáveis pelo bom desempenho da oposição. Não descato a variável fundamentalista em determinados estados norte-americanos, mas tenho pra mim que os eleitores do Bible Belt seriam muito menos sugestionáveis do que os brasileiros frequentadores de determinadas igrejas daqui. Pois, apesar de tudo, trata-se de cidadãos mais instruídos ainda que mais alienados em outros aspectos da vida política.
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